Canapino diz que “faria as coisas diferentes” e sonha com retorno à Indy 500

Agustín Canapino refletiu sobre as quase duas temporadas na Indy e reconheceu que adotaria outra postura na categoria norte-americana

Agustín Canapino fez uma reflexão sobre sua passagem pela Indy e admitiu que teria uma outra abordagem na categoria norte-americana. Após uma série de polêmicas durante a temporada 2024, o argentino viu seu contrato ser encerrado com a Juncos, retornando ao país natal para continuar a carreira, mas ainda sonha com um retorno à Indianápolis.

Com poucas corridas de monoposto na carreira, realizadas durante o período de base, Canapino foi escolhido pela Juncos para disputar a temporada de 2023. O início foi surpreendente, andando próximo ao companheiro, Callum Ilott, britânico que foi vice-campeão da Fórmula 2 e membro da academia de pilotos da Ferrari.

Em 2024, Canapino vinha deixando boas impressões na pista, andando relativamente perto de Romain Grosjean, novo companheiro de equipe, mas a chave parece ter virado após o GP de Detroit, quando entrou em meio a uma enorme polêmica. Torcedores de Canapino invadiram as redes sociais de Théo Pourchaire com discurso de ódio, depois do francês ter batido no argentino na corrida. Então parceria técnica e comercial da Juncos, a McLaren não gostou de ter visto o piloto desdenhar das reclamações do, então, representante do #6, bem como achou que a Juncos não teve uma medida enérgica para condenar o ocorrido. Por isso, encerraram unilateralmente a parceria.

Na sequência, a Juncos afastou Canapino do GP de Road America — o que, soube posteriormente, que foi uma tentativa para contratar Nolan Siegel para o #78, visando o dinheiro que seria injetado na estrutura. O esforço naufragou após a McLaren colocar no norte-americano no #6, dispensando justamente Pourchaire. Na época, a reação de Canapino ante o asfastamento foi muito explosiva, apesar do silêncio público. No autódromo da cidade de Elkhart Lake, deixou as dependências da Juncos e maneira intempestiva, voando para sua casa em Indianápolis, onde ficou por dias incomunicável.

Agustín Canapino com membros da Juncos em Indianápolis (Foto: Indycar)

As partes se acertaram — o que, soube o GRANDE PRÊMIO, foi visto como um “milagre” pelo entorno do piloto —, Canapino seguiu até a parada dos Jogos Olímpicos, mas os resultados não foram mais os mesmos. Com isso, a Juncos optou por colocar Conor Daly no lugar, visto que haveriam muitos ovais até o final da temporada e o time precisava fazer o #78 terminar dentro do Leaders Circle, o que rende um bônus de US$ 1 milhão [cerca de R$ 5,7 milhões] para os 22 melhores carros da temporada — algo que deu certo.

“Tenho muitas coisas boas para analisar pelo ano e meio que estive na Indy. Se pudesse repetir a história, faria as coisas de outra maneira, com outro enfoque”, disse Canapino ao argentino Campeones.

“Gostaria muito de voltar a disputar as 500 Milhas de Indianápolis, o único que aspiro nesse momento. Muitas coisas precisam acontecer para eu voltar a correr em temporada integral. Hoje é muito difícil, porque, antes do Canapino, há outros pilotos com mais experiência e capacidade para as exigências do campeonato. Mas espero ter uma terceira chance na Indy 500“, completou.

Essa nova chance na Indy poderia ser na própria Juncos. Canapino declarou que possui uma boa relação com os dirigentes da equipe, algo que já foi mencionado pelo próprio Ricardo Juncos, que também vê chance de levar o conterrâneo novamente para Indianápolis.

“Voltaria a trabalhar com Ricardo [Juncos]. Ele e Brad [Hollinger] fizeram muito por mim, estou muito agradecido com eles pela oportunidade que me deram e terminamos bem a relação. Deixamos a porta aberta para nos reunimos no futuro”, encerrou Canapino.

Indy volta agora somente em 2025, no dia 2 de março, com o GP de São Petersburgo, nas ruas da cidade da Flórida.

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