Ao estilo F1, Honda decepciona na definição do grid do GP do Alabama e fica mais de 0s6 atrás do pole

O treino classificatório no Alabama mostrou uma distância enorme entre as Penske e as equipes da Honda. A Andretti, que parecia ter bom ritmo nos treinos livres, só não foi um fiasco completo pelo quinto lugar de Ryan Hunter-Reay no grid

 

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Fernando Alonso certamente vai chegar ao Alabama um pouquinho mais desconfiado do potencial da Honda na Indy. Depois de um início de temporada muito forte e de alguns sinais positivos nos treinos livres, os japoneses fracassaram na classificação, ficando mais de 0s6 atrás do pole Will Power em um domínio inconteste da Penske – e da Chevrolet.

Power, da parte dele, não tem do que reclamar. A sensação do australiano é de que a Penske aparou arestas para o Alabama. "Primeiro, é um ótimo carro e time. A Penske definitivamente trabalhou bem neste fim de semana. Eu foquei bastante e me certifiquei de que estou me preocupando com as coisas certas. Me senti com um carro melhor mesmo com pneus usados. Acho que esse andava sendo nosso problema. É um ótimo resultado", falou.

 
A Andretti, equipe de Alonso na Indy 500, especialmente através do herdeiro Marco, teve um desempenho catastrófico na sessão que definiu o grid. Líder do TL2, o piloto não conseguiu sequer passar da primeira fase da classificação, eliminado junto com os companheiros Takuma Sato – velho conhecido do espanhol nos tempos de F1 – e Alexander Rossi, outro que passou pela categoria máxima dos monopostos.

"Eu estava um pouco perdido, mas com a margem que eu tinha de manhã, não tem nenhuma desculpa. Eu não poderia ter sido eliminado de cara. Não sei bem o que dizer, essa é uma daquelas que doem muito, ainda que tenha sido por tão pouco em relação ao quinto colocado. Preciso largar bem como fiz ano passado se quiser algo", disse um decepcionado Marco.

 

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A primeira chama da esperança para a Andretti, para a Honda e para Alonso foi o desempenho de Ryan Hunter-Reay. Tudo bem que o americano não ficou nem perto dos três carros da Penske que lideraram a classificação, mas ao menos foi ao Fast Six, colocando o #28 em quinto.

 
Scott Dixon, que vem sendo brilhante em 2017, novamente foi o melhor da Honda, mas o fato de ter ficado mais de 0s6 acima do tempo registrado por Power, considerando seu histórico de piloto que tira tudo do carro, é muito preocupante.
Apareceu um pouco mais da realidade do grid em Barber (Foto: IndyCar)

"Tivemos dificuldades em controlar o carro. As condições aqui são duras aqui e acho que foi o melhor que pudemos fazer na classificação. Estou feliz com isso. As Penske foram fortes desde ontem, e acredito que estamos em boa posição de largada", disse o tetracampeão, que nunca venceu em Barber, apesar de ter ido ao pódio seis vezes.

A afirmação de Dixon pode ensejar uma alegria, mas evidencia que há uma certa insatisfação com o máximo que dava para fazer no sábado do Alabama ser o quarto lugar e um tanto quanto distante das Penske. Alonso viajou ao estado norte-americano no sábado de manhã, quando as Andretti comemoravam um dia à frente do resto. Mas o bicampeão da F1 chega ao Alabama, que aconteceu na noite deste sábado, com uma realidade trocada. 
Tudo leva a crer que chegou a hora e a vez da Chevrolet e da Penske ganharem uma corrida em 2017. 
Helio Castroneves (Foto: IndyCar)
Enquanto isso, Castroneves pôde comemorar um bom resultado. Foi melhor na classificação que nos treinos livres. Se a questão é uma briga interna na Penske, ele perdeu para Powe no sábado, mas bateu Josef Newgarden e Simon Pagenaud. E, acreditem, a questão é uma disputa interna da Penske. Helio deixou isso claro. 
 

"Foi um ótimo trabalho em equipe. O pessoal da Chevrolet fez um trabalho fenomenal, nosso carro foi melhorando o tempo todo. Will Power também foi fantástico, ele definitivamente tem alguma coisa com essa pista. Ele foi até o fim dando volta rápida atrás de volta rápida. Agora é esperar amanhã. Tomara que o clima esteja mais agradável, todo mundo vai render mais. Largar na primeira fila é muito bom, espero conseguir bater meus companheiros", afirmou. 

Já para Tony Kanaan, o dia não foi tão memorável. Não foi também o pior dos mundos, até porque o campeão de 2004 andou mais à frente do que mostrava nos treinos livres. O décimo lugar não é o que de pior poderia acontecer, de fato, mas volta a mostrar a dificuldade do piloto do carro #10 de andar próximo a Dixon.

 
"O #10 era bem rápido no começo da classificação, mas não deu para fazer uma boa volta na segunda parte para irmos ao Fast Six. Estávamos tendo dificuldade com a aderência, mas definitivamente estamos progredindo e nos movendo na direção certa", disse Tony. 

A corrida larga às 16h15 (de Brasília).

 

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