Band anuncia “cancelamento unilateral” de prova da Indy em Brasília por parte de órgão do governo do DF

O Grupo Bandeirantes anunciou na tarde desta quinta-feira (29) o cancelamento "unilateral" da etapa brasileira da Indy por parte da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal

A Brasília Indy 300, que deveria abrir a temporada 2015 da categoria norte-americana no dia 8 de março, está cancelada. A organização da prova anunciou no fim da tarde desta quinta (29) em um comunicado oficial divulgado para a imprensa.
 
Segundo o Grupo Bandeirantes, a Terracap, Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal, realizou o cancelamento da prova de forma unilateral e informou ao grupo já nesta quinta.
Obras no autódromo Nelson Piquet para a chegada da Indy em Brasília (Foto: Sandro Macedo)
O grupo avisa ainda que informará nos próximos dias sobre como vai realizar a devolução dos valores pagos por quem já havia comprado ingresso.
 
O GRANDE PRÊMIO apurou que um acontecimento nesta quinta acabou por envolver o Ministério Público na questão e descobriu-se que o dinheiro antes destinado para a realização da prova teve sua direção mudada para outros fins ainda não conhecidos. O cancelamento não aconteceu por problemas relacionados às obras ou à organização, mas por questões políticas e financeiras e está relacionado à mudança de governo.

Segundo estimativas do próprio Ministério Público de Brasília, a gestão de Agnelo Queiroz (PT-DF), encerrada ao fim de 2014, deixou um rombo gigantesco nas contas do Distrito Federal de aproximadamente R$ 17 milhões mensais pelos próximos 22 anos.

A mudança da prova da Indy para Brasília foi anunciada no ano passado, depois que a categoria passou a temporada sem vir ao Brasil após o rompimento do acordo de realização com a São Paulo Indy 300. Sob a ameaça de processo por parte da Indy, o Grupo Bandeirantes se mexeu e se acertou com o governo de Brasília para levar a corrida ao Distrito Federal em 2015.

Para tal, era preciso realizar obras de grande porte para adequar o ultrapassado Autódromo Nelson Piquet. Elas tiveram início em dezembro, e deveriam ser parcialmente entregues até a data do evento deste ano. Mais espeficiamente, o novo asfalto e as exigências de segurança, como guard-rails e áreas de escape. O restante seria feito a mais longo prazo.

Contudo, sempre existiram dúvidas a respeito da realização da etapa. Uma licitação foi suspensa em novembro e depois cancelada no início de janeiro após a constatação de sobrepreço e de erros no projeto. Mesmo assim, como as obras visando a edição de 2015 eram consideradas de menor parte, foram sendo tocadas adiante. A corrida estava garantida até a mudança de rumo desta quinta.

Detentor dos direitos comerciais da Indy no Brasil, Carlo Gancia, falando ao GRANDE PRÊMIO, defendeu a Band, que “não mediu esforços para realizar a prova”. A organização da Indy aguarda mais informações por parte da da Band e das autoridades locais para se posicionar oficialmente. Por ora, apenas divulgou uma breve nota na qual fala em "grande desapontamento". A Band deve fazer um novo pronunciamento a respeito do assunto nesta sexta-feira.


O GP segue apurando e repercutindo a notícia do cancelamento.

Sem Brasília, o campeonato da Indy terá mais uma vez sua abertura com o GP de São Petersburgo, marcado para 29 de março. A única prova fora dos Estados Unidos será a de Toronto, no Canadá. 

HISTÓRIA EM PRATA E VERMELHO

Finalmente, a McLaren deu o primeiro passo para fazer a sua história acontecer em 2015 na F1. A tradicional esquadra inglesa exibiu ao mundo o MP4-30, equipado com o motor Honda, em um vídeo em que primeiro fez uma retrospectiva de seus modelos anteriores até chegar ao carro 2015. E, ao contrário do que era especulado, o novo bólido britânico vem sóbrio, na cor prata, quase um grafite, e com detalhes em vermelho. Tem linhas mais sofisticadas e refinadas e um bico acentuadamente mais baixo. 

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A NOVA BORRACHA 
A Pirelli anunciou nesta quinta-feira (28) a introdução de um novo composto supermacio para a temporada 2015 da F1. Em seu quinto ano como fornecedora no Mundial, a fabricante italiana afirmou ainda que os demais pneus para este campeonato são apenas evoluções dos usados em 2014.
 
"Os pneus deste ano são resultado de uma evolução dos pneus de 2014", disse Paul Hembery, diretor de competições da marca de Milão. "Temos apenas um pneu completamente novo: o supermacio, que tem uma nova construção e composto", completou o britânico.

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PRESUNÇÃO 
Chefe da Mercedes, Toto Wolff admitiu que não espera em 2015 uma repetição do domínio absoluto apresentado pela equipe alemã na temporada passada.
 
Em 2014, a esquadra prata soube usar bem as mudanças nas regras e destruiu a concorrência, vencendo tanto o Mundial de Pilotos quanto de Construtores. Foram 16 vitórias em 19 provas, com Lewis Hamilton campeão ao fim do ano.
 
"Será especialmente difícil superar as marcas que conseguimos no passado", disse o austríaco.

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