Barrichello critica circuitos mistos da Indy e afirma que mudou estilo de pilotagem após 20 anos

Rubens Barrichello explicou as principais diferenças entre F1 e a Indy, contou que precisou abandonar seu estilo de pilotagem e afirmou que pistas da categoria americana seriam proibidas na Europa

Em sua primeira temporada na Indy, Rubens Barrichello admite que sente dificuldades após quase 20 anos pilotando na F1 e afirma que precisou mudar seu estilo de pilotagem para se adaptar a nova categoria, que tem suas peculiaridades e é muito diferente do estava acostumado.

"Eu estou dirigindo um carro que é 200 kg mais pesado, então meu estilo preciso e suave, que tinha em mais 19 anos na F1, não é necessário", disse o brasileiro à revista alemã ‘Auto Motor und Sport’. "Eu tenho que ser agressivo, o que vai contra o meu instinto".

Outra dificuldade que o brasileiro está enfrentando são os circuitos mistos que, diferente do que é visto na F1, têm muitos problemas. Presidente da Associação dos Pilotos da F1 (GPDA na sigla em inglês) entre 2010 até sua saída, Barrichello afirma que proibiria grande parte das pistas que são usadas na temporada da Indy.

Barrichello falou das diferenças entre a F1 e a Indy (Foto: INDYCAR/USA)

"Como o ex-presidente da GPDA, tenho que dizer que não permitiria estes circuitos na F1. Os pilotos da F1 nunca correriam lá. Eles são muito irregulares e não há um bom escoamento [para água]”, explicou. “Você tem que se acostumar com isso depois de ter vivido na F1. Se quiserem levar a Indy às pistas europeias, eu ficaria melhor".

Pela primeira vez em sua carreira, Barrichello está correndo em circuitos ovais e vem tendo um desempenho um pouco melhor do que nos mistos, para surpresa de muitos. Para ele, isso é natural porque pode usar seu estilo de pilotagem que o acompanhou na F1.

"É porque meu estilo de pilotagem preciso e suave funciona melhor nos ovais. Eu posso pilotar de acordo com meus instintos”, contou.

Outra diferença clara entre a F1 e a Indy é a tecnologia. Se a principal categoria conta com testes no túnel de vento e as equipes trabalham para melhorar até 0s1, principalmente em uma temporada tão equilibrada como em 2012, nos Estados Unidos há pouco o que fazer com relação ao acerto do carro.

"Na F1, é claro, há muitos brinquedos eletrônicos que não existem aqui. Mesmo na configuração do carro da Indy não há também muitos ajustes que você possa fazer. Você pode mexer apenas no clássico, os amortecedores, molas e barras estabilizadoras”, disse.

"Não há nada de errado com isso, apenas há menos dinheiro disponível. Aqui, você pode montar um carro com US$ 5 milhões. Na F1 você precisa mais, como [US$] 50 milhões", finalizou o brasileiro.

 

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