Collet cita pneus como maior diferença entre correr na Europa e EUA: “Ando nos 99%”

Na primeira temporada nos Estados Unidos, Caio Collet falou ao GRANDE PRÊMIO sobre a diferença dos pneus em comparação com a Fórmula 3. Brasileiro é terceiro colocado

Caio Collet vive um 2024 de fortes mudanças na carreira. Após muito tempo guiando na Europa, com três temporadas pela Fórmula 3, o piloto brasileiro recalculou a rota de sua trajetória e se mudou para os Estados Unidos, disputando a temporada da Indy NXT, principal categoria de suporte da Indy, pela HMD Motorsports.

Em entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO, Collet falou sobre a importância do teste realizado em Indianápolis, em outubro de 2023, que foi um divisor de águas para a decisão de Caio e abertura de portas na categoria. Collet foi campeão da F4 Francesa em 2018 e passou por campeonatos como Fórmula Renault Eurocup e a Fórmula 3.

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“Com certeza é um mundo um pouco diferente da Europa. Não deixa de ser automobilismo, mas acho que a maneira que as pessoas trabalham, a maneira que você se aproxima de um final de semana é diferente da Europa. E, como você disse, ano passado foi superimportante. A gente teve a oportunidade de testar e, por mais que tenha sido só um teste, a equipe ficou muito contente e fez com que abrissem as portas para que eu disputasse a temporada aqui nos Estados Unidos. Foi um dos testes mais importantes da minha carreira, se não o mais importante até hoje e graças a Deus deu tudo certo”, comentou Caio.

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Caio Collet (Foto: IndyCar)

Collet também destacou que a diferença de pneus é o maior impacto entre Fórmula 3 e Indy NXT. Para o piloto brasileiro, o jeito com que a borracha dos compostos da Firestone, utilizados nos Estados Unidos, favorece um estilo com que os pilotos economizem menos e tentem andar no máximo do potencial do carro.

“A maior diferença é o pneu. Você pega o Pirelli, que é o pneu das temporadas que fiz na F3, principalmente quando falamos de classificação onde você só tem uma ou talvez duas voltas por set de pneu, as equipes buscam trabalhar muito mais em warm up, desenvolvimento de pneus, entender como funciona para ir bem. Durante as corridas, é preciso salvar um pouco os pneus e andar nos 90%, 95%. Já aqui nos Estados Unidos os compostos são um pouco mais duros e, para ser bem honesto, nas corridas que eu fiz até hoje, ando sempre nos 98%, 99%, sem precisar salvar o pneu. Fisicamente é um pouco mais exigente, além da dinâmica do final de semana ser um pouco diferente também. Diferente da F3, por ter só uma corrida, você precisa se classificar super bem”, concluiu.

Indy retorna já neste fim de semana com a etapa de Portland, no Oregon, marcada para o próximo domingo (25), com cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.

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