Castroneves conta que caixa de câmbio rachou no domingo em Houston: “O carro partiria no meio”

Após os problemas que custaram a liderança do campeonato, Helio Castroneves disse que a Penske ainda não tem certeza das razões que provocaram duas quebras de câmbio no mesmo fim de semana, especialmente no domingo

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O que Helio Castroneves não encarou de problemas ao longo das 16 primeiras corridas da temporada 2013 da Indy, encarou neste fim de semana, em Houston. O piloto da Penske teve problemas no câmbio nas duas provas da rodada dupla no novo circuito texano e viu a vantagem de 49 pontos que tinha para Scott Dixon na liderança do campeonato virar uma desvantagem de 25. Embora tenham sido diferentes, as quebras ainda não estão bem esclarecidas para a escuderia.

No sábado, o brasileiro não conseguiu um bom resultado na classificação e acabou largando no fundo do grid. A tentativa de recuperação foi interrompida pela primeira quebra da etapa. No domingo, a pole foi assegurada pela posição no campeonato de equipes, mas o câmbio durou poucas voltas, já soltando fumaça, e o tirou da dianteira da prova e da tabela de pontuação.

Foi o que aconteceu no domingo que impressionou mais Castroneves e a Penske. “Tivemos certas dúvidas no primeiro dia. Mas o segundo dia… Foi uma coisa completamente atípica”, disse o piloto em entrevista ao GRANDE PRÊMIO.

Castroneves liderou a prova nas primeiras voltas, mas problemas de câmbio o tiraram da disputa (Foto: John Cote/IndyCar)

“Os mecânicos olhavam para mim e falavam: ‘Nunca vi isso’. Eles falaram que, se eu tivesse continuado andando na pista, se não tivesse quebrado o câmbio ou vazado óleo, praticamente, o carro partiria no meio, porque rachou a caixa de câmbio. É onde segura o carro. O pessoal estava realmente muito surpreso com o que aconteceu”, contou.

Castroneves apontou a pista do Reliant Park como uma das causas, mas entende que o piso acidentado não se tratou do único fator, afinal, não foram todos os carros que enfrentaram as mesmas dificuldades, apesar de ele não ter sido o único.

De fato, o traçado montado para as disputas desse fim de semana possui algumas ondulações tão temerárias quanto as da criticadíssima pista de Baltimore. Desde o início dos treinos, isso já era uma preocupação. “Deixamos o carro baixo para ver o quanto durava, se ia ter algum problema ou não, descobrimos algumas coisas e fomos nos preparando”, falou. “A gente fez de tudo para que ficasse da melhor maneira possível. Estávamos pensando em todas as possibilidades de quebra.”

Uma das hipóteses levantadas pelo time diz respeito às condições atmosféricas. “Talvez, por estar mais fresco, praticamente 20ºC a menos que no dia anterior, então isso pode ter produzido mais pressão aerodinâmica, o que fez com que, nos ‘bumps’, o carro batesse mais. Essas são as teorias, as especulações que a gente está analisando, porque a linha que eu estava fazendo era a mesma dos outros pilotos”, ressaltou Helio.

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Sobre o ritmo mais forte demonstrado pela Ganassi de Dixon nas voltas iniciais, Castroneves admitiu não ter a mesma velocidade, mas explicou que estava sendo cauteloso. “Estava bem mais conservador. Inclusive, quando senti uma vibração, comecei até a frear um pouquinho antes. Era o começo da corrida, então, não estava preocupado em andar muito rápido, mas, sim, em manter um ritmo”, relatou.

Também por isso, o piloto não esperava uma nova falha mecânica. “É o que me deixa mais surpreso, porque quando você é mais agressivo, você usa mais o equipamento, e é natural que o equipamento se danifique”, acrescentou.

A etapa decisiva da Indy acontece daqui a duas semanas, na noite do dia 19 de outubro, no oval de Fontana.

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