Classificação cheia de zebras em São Petersburgo confirma grid embolado e uma ‘nova Indy’ com kits universais

Após treinos livres embolados, a classificação em São Petersburgo foi bizarra. Com três novatos no Fast Six, a impressão que ficou é de que a categoria mudou tudo com os kits universais e de que todas as equipes e pilotos estão partindo quase que do zero

google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”;
google_ad_slot = “5708856992”;
google_ad_width = 336;
google_ad_height = 280;

A Indy está caminhando para ter uma de suas temporadas mais loucas. Com kits universais, o grid está embolado como poucas vezes se viu. Apenas no segundo dia oficial de categoria em 2018, São Petersburgo já deixou os fãs sem entender muita coisa. Aliás, parece ser essa a mensagem deixada pela Indy até agora: não há lógica nos resultados e assim será por um bom tempo.

 
É claro que uma mudança no ranking de forças seria natural com o fim dos kits produzidos por Honda e Chevrolet, mas o que se viu na pré-temporada em Phoenix e o que se vê até agora em St. Pete é algo sem precedentes recentes: a Indy simplesmente parece ter zerado seu ranking de forças.
 
E isso não vale apenas para as equipes, mas também para os pilotos. De um lado, a Penske não conseguiu ainda ficar na frente das demais quase que em momento algum. Do outro, a lanterna de 2017 Foyt viu Matheus Leist liderar o TL1 e se classificar em terceiro para a prova de abertura da temporada.
Robert Wickens comemora pole em São Petersburgo (Foto: IndyCar)

google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”;
google_ad_slot = “5708856992”;
google_ad_width = 336;
google_ad_height = 280;

Pelos pilotos, o melhor parâmetro até agora é comparar os resultados dos mais experientes e vitoriosos e os dos novatos, ainda que a leve chuva tenha tido sua importância na classificação de hoje. Scott Dixon e Simon Pagenaud, por exemplo, são dois dos mais consagrados do grid e seguem sofrendo bastante com o jeito arisco do novo carro, que ambos já disseram ser "totalmente diferente" do que guiavam até 2017. Enquanto isso, Robert Wickens chegou fazendo a pole, Leist sendo o terceiro e Jordan King o quarto mais veloz.

No discurso pós-classificação, porém, Dixon foi menos extremo em relação ao carro e elogiou o acerto da Ganassi, concentrando mais as críticas na parte da estratégia que tiveram na segunda fase da classificação.

"Nós achamos que ia secar a pista na classificação, então começamos com os pneus duros. A pista parecia ok nas primeiras voltas, mas a chuva veio e aí ficou muito tarde para fazer qualquer coisa. A curva 1 estava especialmente ruim com pintura nova de faixa. Vários carros escaparam lá, eu inclusive. Acho que erramos na leitura da pista. O carro segue muito rápido, mas temos de arrumar muitas coisas para brigar na frente amanhã. Mas estamos aqui para vencer, essa é a meta", comentou o neozelandês.

 
E aqui vale outro destaque. Tudo bem que zerou tudo e que muito provavelmente os resultados não seriam esses com os carros antigos, mas, especialmente Wickens e Leist são dois pilotos fantásticos. O canadense, já consagrado, tem 28 anos e uma carreira com título de World Series, vice de GP3 e muitos anos em alto nível no DTM. Sim, é candidato natural a andar na frente o ano inteiro mesmo ainda sendo um novato na Indy.
"Estou meio sem palavras. Começamos com o Grupo 1 na pista seca e tudo deu certo, estava feliz com o jeito como as coisas estavam caminhando. Eu queria um top-10, se fizesse Fast Six já seria algo incrível. Aí eu liderei a segunda fase, me surpreendi. Bom, aí eu estava no Fast Six e apenas pensei "vamos nos divertir e tentar uma estratégia para pegar a pista livre em seu melhor momento" e foi o que fizemos. O carro estava fantástico. O time fez tudo certinho. acertou com os pneus e a gente buscou a pole", disse Robert.
Matheus Leist foi uma grata surpresa em St. Pete (Foto: IndyCar)

google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”;
google_ad_slot = “5708856992”;
google_ad_width = 336;
google_ad_height = 280;

O brasileiro, por sua vez, é o caçula do grid, mas espanta pelo talento e pela maturidade mesmo com apenas 19 anos. Natural de Novo Hamburgo, Matheus tem muita personalidade e deve, em breve, ter um belíssimo currículo. Se vai brilhar por anos na Indy ou vai tentar voltar para a Europa, depende muito mais dele que de qualquer outra coisa.

Enquanto o futuro brilhante não chega, o presente segue reservando surpresas positivas. O brasileiro até esperava andar bem em São Petersburgo, mas não a ponto de virar protagonista.

“Conseguir um terceiro lugar no grid em minha estreia na Indy é incrível, um sonho sendo realizado”, disse Leist. “Desde os treinos de pré-temporada, a gente sabia que a equipe Foyt está fazendo um trabalho fantástico com o novo carro, então havia uma expectativa de um grande resultado, mas a segunda fila foi espetacular. Quero agradecer a todos que me ajudaram a chegar aqui. É ótimo começar minha carreira na Indy com um resultado como este. Amanhã vamos manter o foco para seguir andando entre os primeiros e fazer desta estreia ainda mais inesquecível”, seguiu.

Jordan King foi outro piloto inesperado no Fast Six (Foto: IndyCar)

google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”;
google_ad_slot = “5708856992”;
google_ad_width = 336;
google_ad_height = 280;

Outro estreante que foi ao Fast Six foi Jordan King. O britânico, vindo da F2, acabou meio esquecido por conta das histórias de Wickens e Leist, mas fez um trabalho tão digno quanto e garantiu o quarto lugar. O problema é que o próprio King fez críticas ao seu trabalho na classificação, mesmo reconhecendo que vai largar em boa posição.

“Fico muito feliz, tudo deu certo. Tivemos verdadeiro progresso pela primeira vez. Não posso reclamar muito, mas você, como piloto, não consegue parar de querer mais quando existe o potencial de ir além", lamentou King. "Estava escorregadio na curva 1, mas a parte de trás do circuito estava bem seca. Infelizmente escapei da pista na curva 10 e abri a última volta sem muita confiança. É por isso que fico pensando que podia fazer mais. Mas não posso reclamar. Tenho um bom carro e, se fizer um bom trabalho, tudo vai se desdobrar do jeito certo", comentou.

Will Power foi quem se saiu melhor dentre os considerados favoritos. Mas o discurso do australiano foi bem mais na linha do "não faço ideia do que esperar da corrida" do que de comemoração pela primeira fila.

"Começar na primeira fila é ótimo, especialmente com as coisas que podem rolar na primeira curva. Obviamente, a pole seria melhor, mas vai ser interessante já assim. Aliás, a gente não sabe como esses carros correm. Não sei como são de vácuo, vai ser um mistério. Foi por pouco essa briga pela pole, tive um errinho que me custou um tempo. Trabalho fantástico do Wickens, primeira vez e primeira pole", falou.

Tony Kanaan também teve uma classificação decente, mas ficou a impressão de que o brasileiro podia mais com a Foyt que colocou Leist em terceiro. O que atrapalhou mesmo Tony foi ter começado mal a segunda fase da classificação. Afinal, a metade derradeira do grupo basicamente não serviu de nada com a chuva apertando. Mesmo assim, Kanaan está feliz com a equipe.
 
"Estou extremamente contente com o que a equipe fez até agora no final de semana. Viemos aqui com a intenção de colocar os dois carros no top-10 e, na verdade, fizemos até melhor: um está no top-10 e outro no top-3. Estou muito ansioso para a corrida", afirmou.
 
ENQUANTO A MERCEDES RESPIRA CALMARIA

CONCORRÊNCIA MOSTRA ARES DE PREOCUPAÇÃO

.embed-container { position: relative; padding-bottom: 56.25%; height: 0; overflow: hidden; max-width: 100%; } .embed-container iframe, .embed-container object, .embed-container embed { position: absolute; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; }

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Indy direto no seu celular!Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra, Escanteio SP e Teleguiado.