Com “mais voz” na Foyt, Kanaan destaca ano de aprendizado e vê Indy “voltando a ser o que era antes”

Tony Kanaan não teve um ano fácil com a Foyt, mas tirou algumas coisas de positivo, como o fato de ter tido bem mais voz dentro da equipe do que na Ganassi. O veterano também falou de como a Indy tem se reencontrado

Tony Kanaan teve um ano bem diferente dos últimos que viveu na Ganassi, mas com algumas semelhanças em relação ao tempo de KV, com orçamento apertado e equipe modesta. O brasileiro fez o que deu na temporada de estreia pela Foyt, terminando 2018 em 16º no campeonato. Mais do que isso, teve a experiência de poder guiar mais uma equipe ao seu estilo.
 
Kanaan explicou que, nos quatro anos que teve com a Ganassi, não tinha muita voz e acabava acatando as instruções da equipe. Agora, como nome consagrado na Foyt, acaba sendo quem indica o caminho das pedras para a equipe que tenta se reerguer.
 
"Foi uma temporada muito diferente das que eu tive na Ganassi. Foi de aprendizado. Na Ganassi, tudo funcionava e eu não precisava me meter. Na verdade, eles preferiam que fosse assim, eu tinha de cumprir ordens. Na Foyt, eu tenho mais voz, então digo que foi uma temporada melhor nisso, em poder dar mais minha opinião e ajudar a ver o que precisamos fazer", disse ao GRANDE PRÊMIO.
Tony Kanaan teve um ano de estreia com a Foyt (Foto: IndyCar)

Apesar das dificuldades grandes que a Foyt de Kanaan e Matheus Leist teve o ano todo, especialmente nos circuitos mistos, Tony destacou os novos kits aerodinâmicos da Indy como um ponto positivo da categoria em 2018.

 
"A temporada foi ótima para a Indy. A categoria está num crescimento gigantesco, a gente vê pelo número de carros crescendo para o ano que vem. E gostei do carro, do pacote diferente, mesmo sendo difícil gostar de alguma coisa quando você não tem um carro bom. Tivemos algumas corridas muito válidas, mas acho que precisamos mudar um pouco o pacote para algumas pistas. Eles já estão trabalhando para isso", explicou.
 
O brasileiro analisa com bons olhos o momento de recuperação da Indy e vê isso refletido no interesse de pilotos importantes pela categoria.
 
"A Indy está mesmo voltando a ser o que era e o público tem se interessado mais. A porta está se abrindo também para outros pilotos. Você vê um Alonso, o Rosenqvist na Ganassi. Está voltando a ser como era antes, como era quando eu comecei aqui", comentou.
 
Prestes a completar 44 anos, Kanaan segue em forma e mostrando na pista que ainda pode ir além. Não de graça, o baiano deixa claro que segue sem pensar em se aposentar das pistas.
 
"A aposentadoria ainda não passa pela minha cabeça. É algo que não pensei, mas que sei que não acontecerá pelos próximos dois anos", completou.

 

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