Com tocadas opostas, Dixon e Rossi se encontram em um ponto em comum: o lado estrategista

Principais candidatos ao título da Indy em 2018, Alexander Rossi e Scott Dixon chegam em condições bem próximas à decisão em Sonoma. E, por mais que tenham tocadas bem diferentes, se parecem no lado estrategista

A temporada 2018 da Indy chega à decisão em Sonoma com praticamente apenas dois pilotos na briga pelo título. Josef Newgarden e Will Power até têm chances matemáticas, mas a verdade é que o caneco está entre Scott Dixon e Alexander Rossi.
 
Por mais que não pareçam ter nada a ver, Dixon e Rossi – hoje separados por 29 pontos – se encontram em um ponto em comum: o lado estrategista. Se Scott sempre foi reconhecido por isso, Alexander também merece ser observado de perto nesse aspecto.
 
Dixon é o típico piloto que está sempre no lugar certo e na hora certa. Na maioria das vezes, é verdade, está ali porque se colocou, fez por onde. Mesmo sem o melhor carro – bem longe disso, aliás -, liderou praticamente o campeonato todo.
Scott Dixon parece sempre conseguir administrar o consumo (Foto: IndyCar)

Scott também tem uma tocada bem diferenciada. O neozelandês é bastante pragmático, prova disso é que basicamente todas as suas vitórias acontecem em 'corridas chatas'. Equilibrado ao extremo, tem 12 top-5 em 16 corridas, algo que parece impossível de se explicar com uma Ganassi no nível em que está atualmente.

 
O veterano de 38 anos é conhecido no meio como o rei da tática. Aquele que melhor cuida dos pneus, que melhor sabe poupar combustível, que não é pego de surpresa por bandeiras amarelas. Tudo isso é verdade, mas seria injusto não exaltar também o que Rossi vem fazendo nesse sentido.
 
Vamos voltar em 2016? Ainda um novato, Rossi venceu a histórica 100ª edição da Indy 500. Ali, muitos diziam – e até com razão – que o triunfo veio por causa de Bryan Herta, que ditou a estratégia em seu ouvido por quase 40 voltas. Só que parece que Alexander aprendeu bem as lições.
Alexander Rossi foi espetacular em Gateway (Foto: IndyCar)
O GP de Gateway de duas semanas atrás foi perfeito para ilustrar uma situação que já vinha se repetindo em outras ocasiões. Rossi tirou da cartola um segundo lugar completamente improvável, em uma não menos improvável estratégia de parar uma vez a menos que seus rivais.
 
O jeito que o americano conseguiu poupar combustível e o jogo de cintura para arriscar uma tática que poderia facilmente tê-lo jogado para fora até do top-15 provaram que, da nova geração, Rossi é aquele que mais lembra Dixon nesse aspecto. Ainda que o jeito que se porte em disputas nada tenha a ver.
 
Alex é dos mais arrojados, espetaculares e ousados pilotos do grid. Se Dixon estuda e respeita muito seus adversários, Rossi não pensa duas vezes em dividir curva, em jogar o outro para fora. Muitas vezes acaba até passando do limite, mas não se omite nunca.
 
Com a dupla da Penske respirando por aparelhos, Dixon e Rossi, tão diferentes e tão semelhantes, vão brigar pelo título neste domingo em Sonoma. E o título estará em ótimas mãos, independentemente de quais.
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