Conto de fadas de Kaiser e Leist em busca do top-10: como chegam os pilotos das últimas filas da Indy 500

Matheus Leist larga em 24º, mas tem boas perspectivas com uma Foyt que focou bastante na Indy 500. Na parte final do grid, outros destaques são os improváveis Ben Hanley e Pippa Mann e o conto de fadas da Juncos e de Kyle Kaiser, agora com patrocinadores

No esquenta para a 103ª edição das 500 Milhas de Indianápolis, o GRANDE PRÊMIO vai passando por cada uma das 11 filas do grid de largada para analisar como chegam e o que podem fazer cada um dos 33 pilotos. 
 
A análise completa do grid vai ser feita em três partes, começando do fundo do grid com as cinco últimas filas, passando pelas três filas do pelotão intermediário e fechando com os pilotos que foram ao Fast Nine. 
A 11ª fila da Indy 500 (Arte: Rodrigo Berton)

Sem mais delongas, começamos já com a grande história deste pelotão e do grid inteiro. Em 33º larga Kyle Kaiser, de uma Juncos que perdeu o patrocínio às vésperas dos treinos livres e andou com um carro todo branco boa parte da primeira semana. De quebra, ainda bateu e obrigou o time a montar um esquema completamente diferente em busca do milagre com carro originalmente de misto e mecânicos da Pro 2000. 

 
Causando a histórica eliminação de Fernando Alonso, Kyle e a Juncos já fizeram muito e, com o carro agora patrocinado, devem se dar por satisfeitos se chegarem ao final da prova, quem sabe na volta do líder. Já é o grande conto de fadas da edição.
 
Em 32º parte James Hinchcliffe, certamente com objetivos bem diferentes. Após quase ser 'bumpado' pelo segundo ano consecutivo, o canadense busca reduzir os danos para se manter firme no campeonato. Deve ter um carro competitivo e uma briga por top-15 ou até top-10 não deve ser descartada.
 
Na frente de Hinch, Sage Karam foi o grande nome do Bump Day após decepcionar no primeiro dia de classificação. Em uma Dreyer & Reinbold que, por enquanto, segue apenas na Indy 500, o americano é daqueles nomes fortes para andar na frente e, quando parecer virar um candidato, bater. O desafio é acabar com a sina.
A 10ª fila da Indy 500 (Arte: Rodrigo Berton)
Pippa Mann deve ir para um caminho parecido com o de Kaiser no que diz respeito ao heroísmo da classificação para a maior prova do planeta. Em uma equipe sem nenhuma história, a Clauson-Marshall, a inglesa escapou até do Bump Day e garantiu o 30º lugar no grid. Cenário é bem parecido com o da Juncos, já valeu a pena. 
 
Felix Rosenqvist, em 29º, é o piloto de equipe grande em pior colocação no grid. Com o carro comprometido por um acidente nos treinos livres, o sueco da Ganassi parece até ter perdido um pouco da confiança. Precisa crescer na prova, mas não parece um grande candidato a azarão, não.
 
Uma posição na frente no grid está Zach Veach, que é, vejam só, o piloto de equipe grande na segunda pior colocação no grid. O americano da Andretti precisa se recuperar e deve ter equipamento para isso, já que está em um time que sabe o caminho das pedras na Indy 500. No momento, porém, é mais candidato ao muro do que, por exemplo, top-5.
Fila 9 da Indy 500 (Arte: Rodrigo Berton)
Quem fecha a nona fila é a grande zebra da classificação. Ben Hanley e a DragonSpeed vinham apanhando feio em toda e qualquer sessão da temporada até então, mas o inglês surpreendeu e, com ritmo bem bom, se garantiu sem tantos sustos no grid. Hanley segue andando atrás em simulações de corrida, mas acho que chegou a hora de deixar de subestimá-lo. Pode ser competitivo.
 
Jordan King é uma das maiores incógnitas do grid. Tem alguma experiência de Indy, quase nula em ovais, mas um bom carro da RLL nas mãos. Bem no início a temporada da F2, vai perder o GP de Mônaco, substituído por Artem Markelov, mas por um motivo bem nobre. Um top-20 ou algo do tipo já valeria a pena para ele.
 
O 25º colocado no grid é Jack Harvey, de uma Meyer Shank que está ficando cada vez mais madura e se firmando como um time capaz de brigar na parte de cima da Indy. O ritmo do inglês com vácuo parece bom e, em boa fase, Harvey pode acabar aprontando e se metendo, quem sabe, entre os dez ou 15 primeiros.
Fila 8 da Indy 500 (Arte: Rodrigo Berton)
A Foyt trabalha o tempo todo pensando na Indy 500 e isso não é segredo para ninguém. No entanto, parece que 2019 não será no nível de 2018, mas um bom resultado é, sim, bem possível. Matheus Leist sai de 24º e, num pensamento realista, pode embalar pelo brilhante quarto lugar no GP de Indianápolis e beliscar mais um top-10.
 
Santino Ferrucci está numa linha tênue entre um possível bom resultado com a sempre competitiva Dale Coyne e uma provável ida para o muro. O carro vai ser rápido, mas não dá para cravar que o americano chegue no fim, não.
 
22º, Ryan Hunter-Reay não deveria estar largando tão mal. Com a poderosa Andretti, tem a missão e até obrigação de remar de volta até, pelo menos, o top-10. Seria um candidato natural à vitória, mas vai sair de muito longe para isso. Difícil. 
Fila 7 da Indy 500 (Arte: Rodrigo Berton)
Companheiro de Karam, JR Hildebrand sempre anda bem em Indianápolis, mesmo que o final de suas participações nem sempre seja brilhante. De todo modo, é uma boa aposta para liderar umas voltas e também um bom palpite para acidentes. Regular é que ele não é.
 
Quem fecha o top-20 do grid é Charlie Kimball, único sobrevivente da Carlin, que teve os outros três pilotos – contando Alonso – bumpados. O americano corre sozinho e isso pode ser uma vantagem, com a equipe toda em volta dele. O carro não parece ruim no tráfego, a questão é se Charlie deixará de será 'Pinball'.
 
O primeiro piloto da sétima fila é Oriol Servià, daqueles que somem o ano todo e aparecem na Indy 500. E o catalão sempre anda bem em Indianápolis, viu? Pode ser uma das surpresas da edição com a Schmidt Peterson.
 

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