Ricciardo cogita Indy, mas duvida se vai sentir borboletas na barriga: “Provável que não”

A Fórmula 1 já é passado para Daniel Ricciardo, que foi sacado da RB e substituído por Liam Lawson já para o GP dos Estados Unidos. O australiano de 35 anos atualmente está pensando em formas de dar continuidade à carreira longe dos holofotes da maior categoria do mundo e afirmou que considera a Indy como opção. No entanto, o experiente piloto ainda não sabe se a vontade dele será satisfeita ao pilotar em outro campeonato. 

Ricciardo destacou que já passou por um período similar quando deixou a McLaren em 2022 e ficou sem vaga no grid para o ano seguinte. No entanto, no final das contas, o australiano voltou à F1 no meio da temporada para substituir o demitido Nyck de Vries na AlphaTauri e não precisou chegar a uma solução para “saciar a vontade” de correr. 

Pensando nos anos de Fórmula 1, que começaram em 2011 e renderam-lhe oito vitórias e 32 pódios em 257 largadas, Ricciardo não está confiante de que estará satisfeito ao correr em outra categoria depois de já ter vivenciado “os mais altos dos picos” da carreira. 

“A Indy ainda me assusta. Pensei nessa possibilidade porque já tinha considerado isso alguns anos atrás, quando soube que não iria começar a temporada de 2023. Sei que ainda sou um competidor e ainda tenho uma chama em mim. Talvez essa vontade seja saciada fazendo outra coisa, não sei. Veremos”, afirmou.

“É difícil. Até falando em estar no esporte e lutar pelo 10º lugar de vez em quando. Talvez seja o mesmo em outra categoria, e com todo respeito – sou fã da Nascar e de muitas outras formas de automobilismo – mas como estive lá e experimentei os mais altos dos picos, será que vou conseguir me sentir realizado fazendo outra coisa?”, questionou. 

“Não há garantia de que serei incrível fazendo outra coisa. Isso realmente vai satisfazer minha vontade e me dar o que quero? Não sei. Eu provavelmente diria mais não do que sim”, adicionou. 

Fora das pistas, Ricciardo também enxerga outras oportunidades que podem surgir e destacou as amizades que fez no mundo da Fórmula 1. Quando ficou sem vaga em 2023, o piloto assinou como reserva da Red Bull e se manteve ativo no paddock durante os fins de semana de corrida. Com isso, o australiano disse que essa questão “não assusta”.

“Fora das corridas, sim. Como já experimentei um pouco disso, não tenho medo de não entrar no paddock. Adorei e é ótimo, mas felizmente também fiz amizades com outros atletas ao longo dos anos que estiveram em posição semelhante. Acho que há muito o que fazer, muitas oportunidades. Não é nada que me assuste”, concluiu. 

A Fórmula 1 agora só volta entre os dias 18 e 20 de outubro para o GP dos Estados Unidos, em Austin. 

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