Diretor da Lights explica que indefinição quanto a futuro da Indy obrigou adiamento do novo carro

Tony George Jr. disse que as indefinições sobre o futuro da Indy fizeram com que todos os planos para as categorias menores fossem congelados por tempo indefinido. No entanto, o dirigente garantiu que o certame continua

Depois de anunciar em maio do ano passado a implantação de um novo carro a partir de 2014, a Indy Lights adiou os planos do novo modelo no início deste ano, sem dar maiores explicações. Quase um mês após a decisão, o diretor da categoria, Tony George Jr., explicou nesta terça-feira (5) que a decisão foi forçada pela própria Indy, pois a categoria principal precisa definir o próprio futuro antes de pensar em como será feita a expansão do campeonato de base.

“Há muitas coisas acontecendo aqui. Essa é uma grande decisão que precisa de compromissos de longo prazo, e eu acho que a direção da Indy ainda está decifrando onde precisamos estar”, disse o dirigente à revista inglesa ‘Autosport’. “Em qualquer momento que você cria um plano de longo prazo, todos os outros, menores, podem ser alterados de alguma forma”, declarou.

“Eu espero ter uma ideia melhor nas próximas semanas, uma vez que eles tenham tempo para olhar para todo o sistema e nós possamos desenvolver como será o nosso plano e como ele fará parte de uma estratégia maior”, acrescentou o dirigente, afirmando que o novo carro não foi cancelado, apenas adiado.

A Indy Lights segue com o carro antigo em 2013 (Foto: IndyCar/LAT USA)

Por causa dessa indefinição, algumas equipes e fabricantes interessadas em tomar parte do campeonato reclamaram da postura da direção da Indy Lights, que não os informava sobre o que estava acontecendo. Quanto a isso, George reconheceu que lidar com as preocupações de todos os envolvidos é algo em que precisa melhorar na carreira.

“Quando você não pode dar uma resposta não é algo bom para os negócios. O telefone toca, e eu tenho que lidar, nesse início da minha carreira, com preocupações de jovens pilotos ou equipes. Isso é algo que certamente preciso fazer um trabalho melhor, mas estou aprendendo”, admitiu.

No entanto, o dirigente garantiu que está fazendo o melhor pela Indy Lights e trabalhando junto com todos os envolvidos na reformulação do campeonato. “Nós vamos continuar avaliando todas as opções para a categoria. Isso vai chegar até pistas, promotores, montadoras e fornecedores de motor interessados. E tudo isso fará parte de um plano de desenvolvimento a longo prazo para a Indy Lights”, afirmou.

O americano reconheceu, ainda, que o principal problema da categoria de acesso tem sido o grid esvaziado. Em 2013, o certame vai usar o mesmo carro pelo 12º ano consecutivo. Apesar de todos os equipamentos já estarem pagos, a tendência é que o número de participantes continue em queda, como aconteceu nos últimos anos.

O diretor disse que a expectativa é de 12 carros disputando o campeonato de forma integral neste ano, com algumas inscrições a mais em algumas provas. Mesmo assim, George admitiu que esse número é baixo e 20 participantes seria o ideal para o certame.

“Acho que teremos por volta de 12 carros na maior parte do campeonato e mais alguns em Indianápolis e em outras corridas importantes. Mas eu acho que uma categoria saudável precisa de 20 carros ou mais. Especialmente nesse nível, com o orçamento necessário, e com essa economia, 20 carros deixaria todo mundo feliz. Realmente, o céu é o limite quando falamos do número de participantes”, disse.

“Se você quiser recomeçar tudo com o Road to Indy e poder criar uma direção de longo prazo para uma categoria como a Indy Lights, então acho que não há razão para não acreditarmos em termos mais de 20 carros”, completou.

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