Dirigentes descartam perda de prestígio, celebram venda recorde e pedem vitória de “piloto que ame” Indianápolis

Ao GRANDE PRÊMIO, os dois principais dirigentes da edição 100 da 500 Milhas de Indianápolis, Mark Miles e Doug Boles, fizeram uma avaliação positiva do evento histórico deste fim de semana, descartaram uma eventual perda de prestígio da prova e disseram que esperam por vitória de piloto que “ama e entende” o Speedway

Todo o planejamento, esforço e trabalho para o que se vê neste 29 de maio de 2016 em Indianápolis começou ainda no ano passado. Os preparativos para a edição 100 foram cuidadosamente feitos quando a prova de 2015 acabou. De lá para cá, o Speedway ganhou novas instalações, arquibancadas maiores e setores diferentes. Tudo para atender a contento o que a história dessa corrida merece. Foram comercializados no total 350 mil entradas, além de um enorme conjunto de produtos para o merchandising. É simplesmente a maior venda da Indy 500 em mais de 100 anos. Diante desses números e dos fãs que não param de entrar no superoval, os executivos da categoria e do tradicional circuito não poderiam estar mais satisfeitos.
 
Nem mesmo o fato de a edição centenária não ter atraído mais que 33 inscritos e nem nomes de peso do automobilismo mundial tirou o interesse pela corrida. A venda recorde e uma classificação emocionante são provas de que a Indy caminhou na direção correta com a organização para a corrida histórica.
 
“Não diria que foi uma decepção, porque nós entendemos toda situação que envolve essa prova. Mas ficamos muito felizes com a promoção e o alcance que tivemos em um trabalho que começou ainda no ano passado”, afirmou Mark Miles, diretor-executivo da categoria norte-americana ao GRANDE PRÊMIO.
 
O dirigente também reforçou que a Indy 500 não perdeu prestígio só por não ter tido mais inscritos. “Não acho que teremos em um futuro mais de 33 carros, para ser honesto”, falou, explicando a razão em seguida. “Acho que a situação econômica também impede que tenhamos mais carros. Além disso, não temos muitos motores disponíveis para outros carros porque também só temos duas fabricantes atualmente no campeonato. Mas, por outro lado, nós conseguimos atrair público com formato da classificação, e isso é importante.”
 
Mesmo sem a ‘bolha’ – as tentativas de conseguir o tempo para entrar no grid –, o fã da Indy pode desfrutar de uma disputa tão ou mais emocionante da pole-position.  “Nós nos afastamos do Bump, que sempre foi uma fase importante e histórica do nosso evento. É verdade que todos gostavam de acompanhar a briga para ver quem conseguia a chance de entrar na corrida. Porém, agora damos ênfase àquilo que realmente importa, que é a disputa da pole”, disse Miles.
A pole de James Hinchcliffe e os ingressos esgotados animaram os organizadores (Foto: IndyCar)
“Ou seja, a disputa dos carros mais rápidos do grid. E todos viram como foi emocionante até o fim. E eu, pessoalmente, gostei muito deste formato, acho que foi um grande acerto”, emendou.
 
Quem compartilhou a opinião foi o presidente da pista de Indianápolis, Doug Boles. Também ao GRANDE PRÊMIO, o executivo fez um balanço positivo da organização e promoção da prova. “Até agora tudo tem sido ótimo. Recebemos o apoio de todos os lados, equipes, pilotos, direção da Indy, da cidade de Indianápolis, do estado de Indiana e do país como um todo. Os fãs de todo lugar do mundo também mostraram o quanto essa prova é importante. Vendemos todos os ingressos pela primeira vez na história, então a avaliação é bastante positiva de tudo isso. Agora é garantir que tudo dê certo até o fim do domingo”, reforçou Doug.
 
“Colocamos a disposição novos lugares, novas arquibancadas e novos setores. Tudo isso ajudou a aumentar a procura pelos ingressos, e foi sensacional. Nós tivemos também um grande fim de semana de disputa da pole. A história contada por James Hinchcliffe emocionou o mundo e a expectativa é ter uma grande corrida neste domingo”, acrescentou.
 
“Por tudo isso não acho que a corrida tenha perdido prestígio. Muito pelo contrário. Entendo a frustração de quem esperava ver mais carros tentando entrar na corrida, mas a disputa do Fast 9 e do Pole Day foi fantástica”, falou.
 
E com um cenário pronto para narrar uma grande história, Doug não tem preferência pelo vencedor. Mas acha que será “alguém que realmente ama e entende” Indianápolis. “Acho que esse lugar é mágico. Mesmo que o fã ou o piloto que esteja acostumado com a F1 e tudo mais, vem aqui e consegue entender esse lugar, a história e se encantam com tudo isso”, contou. 
 
“E os fãs de Indianápolis sabem quando o piloto respeita e ama isso aqui, por isso que não é tão necessário ver um norte-americano vencer a prova. Basta ser alguém que realmente entenda essa pista.  Por esta razão Tony Kanaan, Helio Castroneves, Juan Pablo Montoya são tão populares por aqui. Para nós, é absolutamente fantástico”, encerrou.
 
A Indy 500 #100 tem largada às 13h (de Brasília).
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