Fernando Alonso é um raro caso de piloto que consegue transitar entre mais de uma categoria de ponta do automobilismo – além dos compromissos com a Fórmula 1, o espanhol já apareceu nos grids das 500 Milhas de Indianápolis, 24 Horas de Le Mans e 24 Horas de Daytona, vencida no último fim de semana. Para Scott Dixon, pentacampeão da Indy, é um momento de mudança: talvez o espanhol seja capaz de transformar ‘crossovers’ em uma coisa normal no automobilismo.
“Eu acho que é legal. É importante para o esporte”, disse Dixon, entrevistado pela revista ‘Racer’. “Óbvio que, como piloto, você só quer estar em condições de igualdade com os melhores. Isso muda dia após dia, é uma meta que se mexe constantemente. Isso [Alonso na Indy 500] é muito benéfico para a Indy. Nós todos sabemos do grande talento que o Fernando tem, as coisas que ele conquistou e eu acho legal ver esses ‘crossovers’ que ele está fazendo, indo atrás de eventos chave. Isso normalmente não é permitido no nosso esporte”, continuou.
Scott Dixon aprova a fase atual da carreira de Fernando Alonso (Foto: IndyCar)
A aparição de pilotos em mais de um campeonato era algo normal no passado. Conforme o automobilismo se profissionalizou, com contratos mais rígidos entre pilotos e equipes, a aventura virou raridade.
“É muito difícil do ponto de vista contratual. Eu sei que na minha situação, só como o Chip [Ganassi], já é difícil. Mesmo assim, isso [Alonso] abre a mente das pessoas e talvez possa permitir que seja algo ok. É ótimo correr com o Fernando, vê-lo sair da zona de conforto. As coisas que ele conquistou até aqui foram muito legais”, encerrou.
Alonso competiu na Indy 500 de 2017, mas abandonou com problemas de motor. O espanhol volta a Indiana em 2019 pela única vitória que resta na Tríplice Coroa, que inclui também o GP de Mônaco e as 24 Horas de Le Mans.