Em grande forma nas ruas e nos ovais, Rossi surge como favorito e escapa de pelotão embolado em Detroit

Alexander Rossi tem sido o piloto mais eficiente da Indy nos ovais e nas ruas, dois estilos de corrida completamente diferentes. Em Detroit, teve um desempenho surreal no TL2 e se descolou de um pelotão bem apertado. Assim, chega na rodada dupla como homem a ser batido

Alexander Rossi é um dos grandes favoritos ao título da Indy em 2019. Agressivo, rápido e mais consciente na atual temporada, o americano é do tipo completo e mostra isso ao ser o nome do momento da categoria em dois tipos de pista completamente diferentes: nas ruas e nos ovais.
 
Para se ter uma ideia da fase de Rossi, foi o #27 o destaque das últimas duas edições das 500 Milhas de Indianápolis, pelo menos no aspecto de ultrapassagens e combatividade. Além disso, foi Alex também que levou a melhor em Pocono em 2018, chegando também em terceiro no Texas.
 
Na rua, em condições completamente opostas, mais resultados muito positivos. Rossi dominou completamente as últimas duas edições do GP de Long Beach, andou muito bem em São Petersburgo, em Toronto e na própria Detroit, onde jogou fora pontos importantes por um erro bobo. Não parece ser o caso em 2019, Alex aprendeu e ganhou maturidade.
Alexander Rossi teve um primeiro dia de brilho (Foto: IndyCar)

Ainda na ressaca da Indy 500, apenas cinco dias após a maior prova do automobilismo mundial, os pilotos voltaram à ação nas ruas de Detroit para os treinos livres e duas coisas foram constatadas: a primeira é que o pelotão está apertado e Honda e Chevrolet estão próximas. A segunda é que Rossi está descolado do pelotão.

 
"Considerando que muitos não usaram bem os pneus macios, não sei bem quão relevantes são nossos tempos. No geral, a equipe foi muito bem aqui ano passado, os quatro carros estavam bem. De qualquer forma, é um lugar em que somos fortes, vamos ver", disse um extremamente cauteloso Rossi.
 
Em meio ao equilíbrio dos demais, o americano da Andretti enfiou mais de 0s5 em Josef Newgarden, um de seus grandes rivais na busca pelo título e segundo colocado do TL2 – consequentemente, segundo melhor tempo do dia. Um domínio nada comum para a Indy e que indica, sim, Rossi como grande favorito à pole.
Josef Newgarden é um grande candidato ao título (Foto: IndyCar)
A questão para o #27 parece ser consistência. Se conseguir segurar o ritmo e confirmar o favoritismo com a pole, Rossi tem chances imensas de já faturar a primeira corrida da rodada dupla e, talvez, brigar para fazer o mesmo na segunda prova, no domingo. É difícil, mas não impossível e, se tratando de uma etapa com pontuação com peso de Indy 500, pode mexer nos rumos da disputa pelo título.
 
Para Newgarden, a missão é seguir tendo uma maratona de corridas tranquila, sem levar o atraso que o tirou da briga pelo título em 2018. Em Detroit, Josef parece bem mais forte que em 2018.
 
"Acho que tivemos um começo decente, mas não foi 100%. Acho que estamos um pouco atrás com os pneus macios, a Andretti parece muito forte. A Ganassi parece forte. De qualquer jeito, vejo a gente no bolo do top-6. Ainda temos trabalho a fazer, mas, até aqui, não está tão ruim", comentou Newgarden.
Simon Pagenaud lidera o campeonato (Foto: IndyCar)
O líder do campeonato, porém, parece um pouco atrás dos rivais diretos. Mesmo com um carro que parece bom, Simon Pagenaud terminou o dia da pior forma possível: tocando no muro. Nada grave, mas o francês não aproveitou tudo que o carro tinha a oferecer e fechou mal um maio que foi praticamente perfeito com pole e vitória na Indy 500 e triunfo no GP de Indianápolis.
 
"Detroit é bem mais físico, mas você já está acostumado a andar perto do muro. Aqui, é muito acelera e breca, uma mudança enorme de Indianápolis. Acho que fizemos um bom trabalho hoje, estou feliz com o carro, com o ritmo. Mas vai ser um final de semana complicado por vários motivos, tem degradação de pneus, todos estão muito próximos, então é brigar por um top-5 na classificação e trabalhar bem na estratégia", afirmou Pagenaud.
 
Abaixo dos rivais diretos na briga pelo título na Indy 500, Scott Dixon busca a recuperação em Detroit. E saiu da sexta-feira apontando alguns probleminhas em uma pista que gosta tanto.
 
"Tivemos um probleminha com o acelerador que nos segurou um pouco, mas é um circuito muito complicado, você precisa ser agressivo, mas cuidar de pneus também. Adoro vir para cá, é um desafio tremendo fazer duas provas logo depois da indy 500. Estamos prontos para buscar uma boa posição de largada", falou Dixon.
Scott Dixon liderou o TL1 (Foto: IndyCar)
Bem longe da briga pelo título e, possivelmente, pela vitória nas ruas da Belle Isle, Tony Kanaan e Matheus Leist passaram os dois treinos livres na parte final da tabela e terão grandes desafios para passarem de fase nas classificações.
 
"Começamos o dia com um carro que eu não gostei e não fiz boas voltas, então peguei o carro do Tony e isso ajudou durante a tarde, mas ainda não estamos no lugar que queríamos. Temos como melhorar para amanhã, mas vamos nos reunir e ver o que dá para fazer na classificação", disse Leist.
 
"Foi um dia produtivo. Testamos diferentes acertos para entender do que precisamos para amanhã", comentou Tony.
 
Mesmo em um ambiente completamente distinto do IMS, Detroit tem peso na classificação de Indy 500, com basicamente uma pontuação dobrada contando que tem duas provas. Assim, o sábado terá, mais que a definição do grid, a primeira prova.

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