Entre brincadeiras e impaciência, Alonso mostra amor e conhecimento sobre Indy 500: “É bom estar de volta”

Fernando Alonso anunciou logo após a classificação do GP do Brasil (sai apenas em 17°) que estará de volta às 500 Milhas de Indianápolis em 2019. E isso forçou uma situação inusitada na entrevista que cedeu na sala da McLaren para falar sobre o anúncio: claramente incomodado com o treino ruim, demonstrou certa impaciência, mas fez questão de mostrar o quão entende e gosta da Indy

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"Sim". "Sim". As duas primeiras respostas de Fernando Alonso na entrevista coletiva que concedeu na sala da McLaren no paddock de Interlagos neste sábado (10), minutos após o anúncio oficial de que estará de volta às 500 Milhas de Indianápolis em 2019, foram tão curtas quanto sua participação no treino classificatório do GP do Brasil, horas antes.

A impaciência era justificada: não é fácil ter que "mudar a chave" e falar de algo alegre pouco depois de garantir apenas o 17° lugar no grid do sua última corrida em Interlagos na F1 – logo o palco dos seus dois títulos na categoria.

Mas, aos poucos, as respostas secas foram mudando para provas do quanto o asturiano ama e conhece a Indy. Esqueceu a leve irritação e passou a fazer brincadeiras. E se focou em falar do quanto está ansioso para andar novamente no oval mais famoso do mundo.

Fernando Alonso (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

A entrevista acompanhada pelo GRANDE PRÊMIO começou com a seguinte pergunta: "Você disse que a McLaren era a primeira opção. Haviam outras na mesa?". A resposta foi a citada acima. Fato repetido na segunda questão: "Você ficou esperando pela decisão da McLaren?".

O humor mudou quando estar na pista virou o assunto. E aí Alonso empolgou, logo após esperar respostas de Gil de Ferran, diretor esportivo da McLaren, e de Zak Brown, chefe da equipe, coçando a barba com o microfone que segurava, como se não quisesse muito estar ali.

Primeiro, falou sobre as chances que terá de testar o carro que guiará na Indy sem ter que cumprir compromissos na F1: ou seja, muito mais do que quando correu a prova em 2017.

"Obviamente ano passado foi um pouco diferente em termos de preparação e testes. Espero que ano que vem seja diferente, com mais tempo. Veja, não há nada confirmado sobre dias de testes, sobre os testes oficiais em Indianápolis. Mas espero que estejamos na pista tanto quanto qualquer outra equipe para estar mais preparados em maio", disse.

"Ao mesmo tempo temos todos os treinos, todo o trabalho de simulador, tudo o que faremos. Acho que estávamos preparados da última vez e que estaremos ainda mais em 2019", continuou.

Fernando Alonso (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

Em seguida, elogiou e muito a Indy 500 – e a categoria em si, mostrando todo o carinho que guarda pelo campeonato americano. Nesse momento, aliás, chegou a corrigir um jornalista, que havia questionado se correr com chassi Chevrolet seria algo ruim, já que a Honda teria vencido a última prova. Alonso lembrou que Will Power, o vencedor de 2018, correr com a Chevrolet. Arrancou risos pela cara que fez ao responder.

"Acho que é tudo sobre o evento por si só. É muito especial, é completamente imprevisível antes das 20 voltas finais. Todo o jogo é sobre estar em boa posição nas primeiras 180 voltas para poder competir nas últimas 20. Há muitos treinos, tem a classificação, você tem dias para acertar o set-up do carro. E tem 300 mil pessoas te assistindo no mesmo lugar, no mesmo dia", analisou.

"É algo incomparável a qualquer outra corrida do automobilismo. Estive lá em 2017 e ficou na minha mente para voltar este ano. No GP de Mônaco deste ano, assim que acabou a corrida eu liguei a Indy 500 no computador e a assisti inteira. Ano que vem terei nova oportunidade e mal posso esperar para estar em Indianápolis novamente", completou Alonso.

Fernando Alonso (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

Com a confirmação da participação nas 500 Milhas, o espanhol tem quato corridas confirmadas em 2019: a prova americana e três etapas da atual temporada do WEC (sebring, Le Mans e Spa-Francorchamps). Mas anunciou que há mais por vir.

"Farei muitas mais. Vocês saberão, passo a passo", afirmou, antes de pausa dramática – seguida de explicação sobre por que não crê que esse, por si só, seja um calendário fácil.

"Hoje anunciei a primeira. Mas além disso e das do WEC, terei muitos testes. São três corridas, mais quatro semanas de testes, já terei sete semanas ocupado. Mesmo que pareça que não são muitas corridas, há muita preparação, e estou ansioso."

E finalizou com uma frase de impacto uma coletiva curiosa: "É bom voltar para a Indy."

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