Ex-F1, Rossi vira chave, sente mix de emoções e estranha uma coisa em Indianápolis: largar entre dois carros

Alexander Rossi parece cada vez mais adaptado ao mundo da Indy. Apesar disso e do ótimo desempenho que vem tendo no IMS, o americano deixa claro que estranha o fato de ter de largar entre dois carros, já que sairá em 11º

Ali, quietinho como quem passou pela F1 numa Marussia da vida e pouco esteve afeito aos holofotes, Alexander Rossi vem conquistando seu espaço dentro da Andretti e na Indy. Já são quatro provas no bolso, mas nada pode se comparar a Indianápolis. É a primeira experiência de quem ainda mantém um pé no ‘lado de lá’ num superoval. E até agora, o norte-americano vem se saindo muito bem.
 
Rossi chegou a liderar um treino livre e, no último instante, caiu fora do Fast Nine no primeiro dia da classificação. Aliás, foi o que mais mexeu com o piloto. “Eu adorei o formato”, disse em entrevista ao GRANDE PRÊMIO. Achei espetacular, apesar de realmente ter ficado muito puto. Eu não tinha noção de como era isso, e de fato é muito interessante, mesmo.”
 
O jovem norte-americano vinha entre os pilotos que disputariam a pole até que Mikhail Aleshin, russo da Schmidt Peterson, melhorou seu tempo na tentativa final. “É um mix de emoções em que às vezes você se dá bem, às vezes, não, e você nunca entende completamente”, afirmou, poético.
Alexander Rossi é novato na categoria e na Indy 500 (Foto: IndyCar)
A chavinha virou, como se costuma dizer. A Indy é, claro, bem diferente da F1, que dirá em Indianápolis. "Não é fácil, mas o negócio é fazer as coisas passo a passo, sem fazer coisas quando não se está confortável, principalmente quando está em um carro de corrida. É a melhor maneira de evoluir sempre", apontou.
 
A compreensão do que se passa aqui é constante. "E como um novato, você encontra um monte de gente e começa a saber mais sobre a história, o leite e como o automobilismo nasceu aqui", disse. A consciência, idem. "Eu nunca vou ter a mesma experiência que Juan (Pablo Montoya), Marco (Andretti), Ryan (Hunter-Reay) e Scott (Dixon) têm. O que me resta é aprender ao máximo até o domingo."
 
Mas o ponto que Rossi deve mais aguardar é a largada no próximo domingo. Única no mundo, tem 11 filas de três pilotos cada. E, claro, tinha de ser algo inédito com um toque especial. "A única coisa que é estranha para mim é largar no meio de dois carros. Eu não sei como funciona", e riu. Rossi é o 'sanduíche' da quarta fila do grid entre os veteranos Oriol Servià e Takuma Sato.
Alexander Rossi no IMS (Foto: IndyCar)
As quase duas semanas vivendo a edição #100 fizeram-no definir com uma palavra o que são as 500 Milhas. "Insano".
 
E por quê? "É muito difícil avaliar como o carro está olhando pela TV, mas, principalmente em ritmo de classificação, o carro não quer fazer o que se quer fazer, e você tem de acreditar no fato de que ele vai fazer. Se você fizer seu trabalho correto, ele vai fazer o que você quer", explicou.
 
E tem mais insanidade. "Insano também por tudo que envolve também fora da pista e pela audiência que alcança em diferentes pontos dos EUA e globalmente", acrescentou. 
 
"É louco demais."
 
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