Franchitti revela que tentou dar jeitinho para retomar carreira: “Achei que havia algum jeito”

O escocês contou que esperou dois dias desde que recebeu a notícia da aposentadoria pelos médicos para contar a Chip Ganassi, pois estava tentando pensar em alguma maneira de não abandonar a carreira

Ainda de muletas e agora aposentado, Dario Franchitti falou pela primeira vez publicamente, nesta quinta-feira (19), sobre o acidente em Houston, que o obrigou a deixar o esporte a motor. Ao invés de lamentar as consequências da grave batida, o escocês agradeceu a oportunidade de ser piloto nos últimos 30 anos, além do carinho recebido desde o acidente.

“Obrigado a todos, de verdade, por todas as palavras. Foi muito bom saber que há tanta gente que gosta de mim”, disse o escocês, que sofreu uma grave concussão e, por causa do risco de uma nova lesão semelhante, não poderá voltar a correr. “Eu não vou comentar sobre todos os detalhes da concussão. Mas nas últimas três semanas houve uma melhora muito grande. Eu não poderia estar aqui três semanas atrás”, declarou.

Dario Franchitti ainda de muletas (Foto: IndyCar)

O tricampeão da Indy 500 contou, ainda, que a primeira pessoa a saber que ele não poderia mais correr foi Chip Ganassi. O escocês disse que precisou de dois dias para digerir a notícia dada pelos médicos antes de chamar o dirigente e contar que não voltaria à equipe.

“A coisa mais importante para mim foi contar a Chip em primeiro lugar. Acho que foram dois dias entre o momento em que eu soube da notícia e quando eu disse a ele. Para falar a verdade, o tempo e as datas ainda estão um pouco confusos para mim, mas eu passei dois dias pensando ‘como posso superar isso?’”, disse.

“Em 2003, eu pilotei com uma fratura nas costas em uma corrida até o Dr. Terry Trammel descobrir e ficar muito bravo comigo. Eu já pilotei com algumas partes do corpo quebradas durante os anos. Então pensei: ‘Deve haver algum jeito, alguma negociação’, mas não havia”, acrescentou o piloto, revelando que ainda tentou voltar a correr de alguma maneira, algo que rapidamente foi vetado pelos médicos.

Embora a partir de agora esteja longe das pistas, isso não quer dizer que Franchitti deixou a Indy. Pelo contrário. O britânico disse que já está trabalhando com a Ganassi para encontrar alguma função para ele na equipe, onde possa usar a experiência de já ter vencido quatro títulos da categoria.

“Eu adoraria continuar na Indy, certamente com a Ganassi. Isso é algo em que estamos trabalhando. Espero que aconteça logo e eu possa realmente me envolver no trabalho com a equipe, continuar o que já estava fazendo. Isso era algo que já acontecia, eu me reunia com os engenheiros e conversávamos bastante”, disse o escocês, que também estuda se mudar para a televisão e trabalhar na transmissão da categoria.

Franchitti, por fim, foi questionado que corrida gostaria de fazer caso tivesse uma última oportunidade. O britânico ficou em dúvida entre uma primeira aventura nas 24 Horas de Le Mans ou a tentativa de um quarto título na Indy 500, mas acabou optando pela última por considerar a perseguição pelo tetracampeonato algo histórico.

“Se eu tivesse que escolher uma, para falar a verdade, as duas seriam fantásticas. Le Mans era algo que eu realmente queria fazer no futuro. Mas perseguir uma quarta vitória em Indianápolis é algo que eu não iria negar. Só de ter a chance de vencer uma quarta vez já é uma boa razão para escolhê-la. Seria uma dessas coisas difíceis, mas eu realmente gostaria de ter a chance de tentar”, encerrou.

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