Ganassi defende “momento histórico” com charters na Indy. Andretti e McLaren se calam

Indy anunciou sistema de charters nessa segunda-feira (23). Ganassi, Carpenter, Foyt e Meyer Shank elogiam, enquanto demais equipes não se manifestaram

A Indy divulgou nessa segunda-feira (23) a introdução do sistema de charters para a temporada 2025 da categoria. Serão 25 franquias distribuídas para os carro das dez equipes que disputaram o campeonato desse ano. O acordo, válido até 2031, foi comemorado pela Foyt, Carpenter, Meyer Shank e Ganassi — esta última declarou que se trata de um “momento histórico” para a categoria. No entanto, Andretti, McLaren, Juncos, Dale Coyne e RLL não se manifestaram, assim como a Penske, cujo dono, Roger Penske, também é proprietário da Indy.

Com a adoção dos charters, cada uma das equipes que correu em 2024 terá de duas a três franquias para o próximo ano. Todos estes estarão garantidos para todas as 17 etapas da temporada, exceto as 500 Milhas de Indianápolis — os 33 melhores asseguram vaga no grid, independente de estar no sistema ou não. Os 22 melhores carros dentro dos charters também vão levar o bônus de cerca de US$ 1 milhão [aproximadamente R$ 5,5 milhões] do Leaders Circle. Novidade para 2025, a Prema ficou fora dessa iniciativa da Indy.

Entre as equipes que não falaram após a revelação do acordo, a grande expectativa está sob Michael Andretti e Zak Brown, CEOs da Andretti e McLaren, respectivamente. Ambos são críticos da gestão de Roger Penske, proprietário da categoria, e, até o momento, não se manifestaram. No início da temporada, quando os donos de equipes se reuniram para debater os charters, Michael vociferou contra a Indy, a ponto de sugerir para Penske a venda da categoria.

De acordo com a revista norte-americana Racer, duas equipes, que não tiveram os nomes revelados, não haviam assinado o contrato até o último final de semana. A publicação destacou que Penske ligou para estes dirigentes, que rubricaram a minuta, sendo um na sequência do outro.

Michael Andretti (Foto: IndyCar)

Ao contrário do que Andretti e Brown disseram ao longo do ano, Chip Ganassi manteve o discurso que adotou por toda temporada e destacou a assinatura de contrato. Vale lembrar que a equipe do dirigente vai diminuir de cinco para três carros para 2025, como adequação ao sistema de charters.

“Quando você olha para a era moderna da Indy, existem alguns momentos importantes. O primeiro é a reunificação [IRL e ChampCar] do esporte; o segundo foi Roger Penske ter comprado a Indy e o Indianapolis Motor Speedway; e acredito verdadeiramente que o sistema de charters será o terceiro”, declarou Ganassi.

Ed Carpenter, proprietário do time que leva seu sobrenome, deu a entender que a adoção ao sistema está correlacionada a um anúncio que fará em breve. Enquanto Mike Shank, um dos sócios da Meyer Shank, vê os charters como “peça mais importante” para os próximos anos da categoria.

“Estamos muito satisfeitos com o início dessa nova era. O processo foi duro, mas com um fim muito empolgante. O sistema de charters certamente vai fortalecer as nossas equipes à medida em que continuamos desenvolvendo nosso esporte. Tenho de agradecer a Roger e toda Indy. Temos anúncios em breve a fazer, e não sei se seriam possíveis sem a ajuda de um programa como esse. Com este desenvolvimento inovador, o novo acordo de TV com a FOX e o impulsionamento que vem sendo construído, o futuro da Indy é brilhante”, disse Carpenter.

“O acordo pelos charters, para mim, é a peça mais importante para o futuro da categoria. Sou grato por isso que todos nós estamos fazendo, e obrigado ao grupo de Roger Penske por trabalhar com os donos de equipes por fazer isso possível”, apontou Shank.

Parceira da Penske, a Foyt, por meio de seu chefe de equipe, Larry Foyt, também comentou a respeito da assinatura de todas as equipes e celebrou o acordo da Indy

“Aprecio todos os esforços feitos pela Indy e a liderança dos grupos da Penske, assim como o de todos os donos de equipe, por podermos iniciar o sistema de charters. É um desafio incrível conseguir fazer um grande número de proprietários acordar com algo, e, certamente, tiveram algumas trocas e recebimentos [de propostas], mas, no final, acredito que este é um caminho benéfico para todas as equipes e para a Indy”, encerrou.

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