Governador do Distrito Federal considera fazer concessão do autódromo Nelson Piquet para iniciativa privada

O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) visitou o autódromo Nelson Piquet junto do presidente do Tribunal de Contas do Distrito Federal, Renato Rainha, na última semana e afirmou estar pensando em ceder administração do local para a iniciativa privada

Sem rumo certo, o autódromo de Brasília pode ficar nas mãos da iniciativa privada. Em meio a obras paradas, com boxes estraçalhados e pista basicamente inexistente, o futuro do circuito é incerto desde o cancelamento da prova da Indy que aconteceria em março.
 
O governador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e o presidente do Tribunal de Contas do Distrito Federal, Renato Rainha, visitaram o autódromo na última quinta-feira (12) para inspecionar em que ponto as obras foras paralisadas. E o mandatário da Capital Federal confirmou que está considerando ceder a administração do local para a iniciativa privada.
 
"Estamos analisando a possibilidade de fazer parcerias, de fazer uma concessão do autódromo à iniciativa privada, mas permanecendo como equipamento público", disse Rollemberg ao portal 'UOL Esporte'.
 
Júlio César Reis, diretor-técnico e de fiscalização da empresa responsável pelas obras, a Terracap, avaliou a situação. Disse que o primeiro objetivo é desligar as obras no autódromo de qualquer acordo com o Grupo Bandeirantes.
Obras no autódromo Nelson Piquet para a chegada da Indy em Brasília murcharam completamente (Foto: Sandro Macedo)
"Nosso objetivo é desvincular a reforma da questão do contrato entre a Terracap e a empresa televisiva", explicou.
 
"Daqui para a frente, tudo será novo. Queremos fazer novos pregões, assinar novos contratos e fazer tudo com transparência", afirmou o presidente da Terracap, Alexandre Navarro.
 
As obras no autódromo Nelson Piquet estão paradas desde 29 de janeiro, quando o acordo para a realizção da abertura de temporada da Indy no local foi cancelado.

ENTENDA O CASO


 
A defesa da Terracap era um documento do Ministério Público, citando 23 razões para a corrida não acontecer, indicando que o contrato entre Band e Terracap era "lesivo aos cofres públicos", "contrário aos interesses coletivos" e "maculado de diversas irregularidades", entre outas coisas.
 
A multa de mais de R$ 70 milhões por quebra de contrato deveria ser paga pelo Governo do DF, mas como irregularidades como o Termo de Compromisso firmado entre o Grupo Bandeirantes e o ex-governador Agnelo Queiroz (PT-DF) com data desconhecida e sem assinatura de testemunha e publicação no Diário Oficial do Distrito Federal, o MPDF entende que o estado se livra da multa.
 
Agnelo saiu do Governo deixando para trás uma dívida exorbitante e situações de emergência na saúde e segurança pública.
 
Após o cancelamento, a Indy chegou a procurar guarita em Goiás, testando a possibilidade de que o autódromo mais próximo ao de Brasília recebesse a corrida, mas logo foi descartada. A etapa brasileira foi mesmo cancelada.

Em comunicado, a Band afirmou que a medida partiu do atual governador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e não recebeu qualquer aviso prévio. E garantiu que irá procurar medidas para ressarcir prejuízos.

A Bandeirantes afirmou que o cancelamento partiu do atual governador Rodrigo Rollemberg e que, antes disso, nenhum aviso prévio havia sido feito. A emissora criticou também a forma como a reforma foi paralisada, deixando a pista completamente destruída. 
 
O comunicado foi finalizando agradecendo os parceiros e dizendo que a Bandeirantes vai tomar medidas cabíveis, inclusive para ressarcir seus prejuízos. 

 

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