Rahal critica ‘invasão’ da “elitista” F1 nos EUA e pede que Indy vá à Europa para contra-atacar

Piloto da Fórmula Indy, Graham Rahal não economizou palavras para criticar a expansão do calendário da Fórmula 1 nos Estados Unidos. De acordo com o americano, preocupado com tal ‘invasão’, a administração de Roger Penske na categoria americana de monopostos precisa de uma postura mais agressiva para contra-atacar – mesmo que isso inclua ir à Europa.

Recentemente, a F1 anunciou que, a partir de 2023, irá correr em Las Vegas. Para a próxima temporada, serão três corridas em território americano – Miami e Austin, no Circuito das Américas, também estão inclusas no calendário. De acordo com Rahal, a principal categoria de automobilismo no mundo é “elitista” e está cada vez mais dividindo atenção com a Indy nos Estados Unidos.

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“Não é que devemos estar preocupados que eles vão nos tirar do negócio ou roubar nossa base de fãs – porque realmente penso que os dois se complementam em algumas maneiras. Mas a Indy, agora, está tomando uma postura muito, muito conservadora em relação ao marketing de novos eventos”, começou a explicar o americano. “E eu entendo o motivo. Roger Penske acabou de comprar o negócio, é caro, tudo isso. Eu entendo. Mas você tem a Fórmula 1 vindo aqui e tentando jogar no nosso mundo”, disse.

“E adivinha só? Eles têm uma abundância de dinheiro. A F1 é um esporte elitista, sempre foi, sempre vai ser. A Indy não é, ao contrário do que as pessoas acreditam. Pergunte a Felix Rosenqvist porque ele desistiu do sonho da F1 e veio para a Indy. A realidade é que a categoria é um grande lugar para as pessoas virem e correr”, continuou a dizer o piloto de 33 anos. “Se eu sou Roger Penske, a coisa que estaria fazendo agora é ligar para os melhores circuitos europeus e dizer ‘hey, vamos. Se eles estão vindo jogar na nossa casa, vamos jogar na casa deles'”, declarou.

“Nosso trabalho é mostrar não só para os Estados Unidos e o público mundial, como também para empresas americanas como a Oracle – que está colocando uma grande quantia de dinheiro na F1 – que, aqui no país – que, de muitas maneiras, fez suas empresas se tornarem no que elas são hoje -, há não somente um produto melhor de automobilismo, como também um produto que se conecta mais com as pessoas”, contou Rahal.

Ainda segundo o piloto, a Indy pode proporcionar aos fãs coisas que a Fórmula 1 não consegue – algo que deve ser explorado comercialmente, na visão do americano. Graham Rahal, por fim, pediu que Roger Penske faça uma “séria reformulação” na categoria americana de monopostos.

“Você tem um produto que as pessoas podem ver os carros, conhecer os pilotos, conseguir autógrafos, fazer questionamentos, todas essas coisas que são impossíveis na Fórmula 1. Precisamos vender melhor isso, na minha opinião”, analisou.

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“Estamos arriscando nossas vidas para irmos às pistas e dar um show. Alguns pilotos mal conseguem fazer renda para sobreviver disso. E, no Texas, por exemplo, não há ninguém nas arquibancadas. É incrivelmente frustrante, não só para o campeonato, como para os pilotos e as equipes. A categoria precisa de uma séria reformulação, e espero que Roger Penske veja isso. A F1 não vai ser tímida. Uma coisa que eles têm mais do que a Nascar e a Indy é dinheiro, e eles vão gastá-lo”, finalizou o piloto.

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