GUIA 2019: Dixon tenta provar que regularidade pode seguir à frente de atrevimento de Rossi

Scott Dixon conquistou seu pentacampeonato na Indy em 2018 com apenas três vitórias, mas ficando no top-5 em incríveis 13 das 17 etapas do ano - ou seja, foi campeão graças à sua regularidade. Agora, tenta se manter neste nível e tem, novamente, o estilo ousado de Alexander Rossi, vice no último ano, como seu principal antagonista

GUIA 2019
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Ninguém tem coragem nem de supor que a Penske, principalmente com Will Power e Josef Newgarden, vá ficar de fora da briga pelo título da temporada 2019 da Indy. Mas, apesar da presença de grandes pilotos e campeões na equipe de Roger Penske, há um duelo com destaque maior do que estes nomes trazem para a categoria no momento.

Eles são Scott Dixon e Alexander Rossi. O motivo é óbvio: foi a dupla que, até a última corrida de 2018, brigou pelo título com as principais chances. E, mais que isso, foi a que apresentou dois estilos antagônicos durante todo o ano. A grande história da Indy em sua temporada mais recente.

Scott Dixon (Foto: IndyCar)

Durante 2018, Dixon e Rossi apresentaram desempenhos completamente diferentes em todas as corridas – não à toa, a matéria escrita pelo GRANDE PRÊMIO sobre o título do neozelandês tem o nome "Dixon beira perfeição e garante pentacampeonato na temporada mais regular da carreira".

Ele foi exatamente isso: regular. Venceu apenas três corridas durante a campanha do penta, mas esteve por 13 vezes, dentre 17 corridas, no top-5. Além disso, fez nove pódios. Ou seja: o tempo todo esteve na frente, mesmo correndo em uma equipe de piloto único, sem um companheiro para ajudá-lo, ou sem poder variar em táticas: sempre era ele mesmo precisando fazer o trabalho sujo. E assim o fez.

Alexander Rossi (Foto: IndyCar)

Já Rossi, neste mesmo texto citado acima, aparece pela primeira vez na seguinte frase:  "(…)Enquanto via Alexander Rossi, seu principal rival, tocar em Marco Andretti logo na largada e ser forçado a fazer corrida de recuperação."

O que significa? Que o piloto da Andretti, até na hora decisiva, passou por maiores variações. Ou batia, ou arriscava demais e escapava, ou fazia a ousadia e o arrojamento darem certo e pontuava bem, recuperando o que havia perdido quando tal atrevimento acabava em infortúnio.

Rossi fez apenas um pódio a menos que Dixon e venceu as mesmas três corridas. Mas, no restante, teve falhas fatais, como o 12° lugar em Detroit, ou o 16° em Elkhart Lake. Neste segundo caso, por exemplo, o americano começou forçando Robert Wickens para fora da pista; depois, fez o mesmo com Takuma Sato, fechando em curva e tocando o japonês após sofrer ultrapassagem; por fim, ainda teve problemas com pneu e volante.

Ryan Hunter-Reay, Alexander Rossi e Scott Dixon (Foto: Indy Car)

Ou seja: a qualquer momento, as loucuras de Rossi poderiam dar errado. E deram o suficiente para que os pontos perdidos nesses casos lhe deixassem como vice, apenas 57 pontos atrás de Dixon.

Curiosamente, poucos foram os momentos em que eles estiveram próximos na pista. O duelo foi teórico, de estudo, tático. E bom para o fã da Indy, que teve a chance de ver estilos diferentes, em espaços diferentes das pistas da categoria, dando seus shows solitários. Quem gosta de regularidade, curtiu Dixon; quem prefere loucura, manteve os olhos em Rossi.

Será que este será o duelo que resumirá o ano da Indy novamente, em 2019? É impossível saber. Mas vale a pena, na abertura no próximo domingo (10), observar o que ambos começam fazendo. Pode ser o termômetro para as 16 corridas seguintes.

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