GUIA 2020: Indy volta de longa espera com Penske favorita e rivais reforçadas

A temporada 2020 da Indy finalmente vai começar e chega com a novidade do aeroscreen e a expectativa para ver se o equipamento vai funcionar bem. Na briga pelo título, a Penske segue favorita, mas Andretti e Ganassi se movimentaram bem no mercado e devem surgir mais fortes que em 2019

Após uma espera de mais de oito meses — sendo quase três em razão da pandemia do novo coronavírus —, a temporada 2020 da Indy enfim vai começar neste final de semana com o GP do Texas em Forth Worth, cidade próxima a Dallas. Por isso, o GRANDE PRÊMIO resgata o texto de apresentação do campeonato com devidas atualizações.

O cronograma inicial previa 17 etapas, sendo cinco em ovais, cinco em circuitos de rua e outras sete em mistos. Com a paralisação de todas as atividades da categoria e os quase três meses de atraso no início dos trabalhos, o número caiu para 14, com direito a três rodadas duplas: Iowa, Elkhart Lake e Laguna Seca.

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Agora, serão cinco provas em ovais, oito em mistos e apenas a final nas ruas de St. Pete, que era originalmente o palco da abertura da temporada lá em março. O desfecho do campeonato está previsto para outubro.

Ao todo, dez equipes já confirmaram presença na temporada toda, são elas: Penske, Ganassi, Andretti, McLaren, RLL, Dale Coyne, Carpenter, Foyt, Carlin e Meyer Shank. Outras duas, a DRR e a DragonSpeed, vão tentar realizar o máximo de provas que for possível, enquanto a Top Gun planeja fazer sua estreia na Indy 500 com RC Enerson.

Josef Newgarden vem de título em 2019 (Foto: IndyCar)

A transmissão no Brasil sofreu uma reviravolta de última hora. O Grupo Bandeirantes, casa tradicional da categoria, fechou um novo acordo e garantiu os direitos para a temporada 2020, em notícia veiculada em primeira mão pelo jornalista Américo Teixeira Jr., do GRANDE PRÊMIO. A emissora do Morumbi, assim, vai acompanhar a plataforma de streaming DAZN, que já estava confirmada para exibir a classe norte-americana.

Pensando nas corridas, o primeiro ponto que chama a atenção, naturalmente, é o uso do aeroscreen nos carros. A proteção de cockpit escolhida pela Indy foi intensamente testada durante os últimos meses e, em 2020, chega em definitivo. Ainda houve, porém, alguns problemas relacionados ao aquecimento dentro do carro e até o surgimento de goteira durante a pré-temporada. Não é, portanto, uma certeza absoluta de sucesso.

A primeira corrida com a grande novidade também tende a ser uma prova de fogo, já que os pilotos vão disputar a prova durante a noite, e vai ser a primeira oportunidade, em ritmo de corrida, de avaliar se os eventuais reflexos em razão da iluminação artificial poderão atrapalhar.

Na ordem de forças das equipes, é impossível tirar a Penske do posto de favorita, afinal, foi a campeã de 2019, teve ainda o vice e, de quebra, levou as 500 Milhas de Indianápolis.

No entanto, Ganassi e Andretti trabalharam para tentar reduzir a distância e se reforçaram no mercado: o time de Chip volta a ter um terceiro carro com Marcus Ericsson, enquanto a equipe de Michael e Mario adicionou Colton Herta, o novato sensação do ano passado, ao quinteto titular.

Scott Dixon é o comandante da Ganassi (Foto: IndyCar)

A McLaren chega de forma integral na vaga da Schmidt Peterson e parece uma boa aposta para liderar o pelotão intermediário, tendo como principais rivais a RLL, a Carpenter e a Dale Coyne. Em um primeiro momento, Foyt, Carlin e Meyer Shank aparecem mais para o fundo do pelotão.

Entre os pilotos, favoritismo natural do atual campeão Josef Newgarden, mas Scott Dixon, Alexander Rossi e Simon Pagenaud são três nomes muito fortes e que não podem ser tirados do primeiro grupo de candidatos ao caneco. Herta, Will Power, Felix Rosenqvist e Ryan Hunter-Reay são alguns dos pilotos que podem correr por fora na disputa, mas que ficam devendo em alguns pontos para o quarteto da frente.

Um dos principais países da história da Indy, o Brasil vai viver uma temporada bastante atípica, mas que acompanha o que já acontece há alguns anos na F1: não terá piloto no grid da categoria em boa parte da temporada, com Tony Kanaan, naquela que é a sua ‘Última Dança’ na categoria, presente apenas nos ovais e ganhando a companhia de Helio Castroneves na Indy 500. A expectativa é que Felipe Nasr, pela Carlin, possa participar de algumas etapas.

Aliás, vale um parágrafo único para a principal corrida do calendário. É bem verdade que as 500 Milhas de Indianápolis sempre foram consideradas na programação da Indy, mas com os cancelamentos que vieram em série, houve o temor da não-realização da prova. Pela primeira vez na história a corrida não vai acontecer no último fim de semana de maio, mas sim em agosto, no dia 23. A ideia da organização da categoria é que a corrida aconteça com portões abertos, ou seja, com público nas arquibancadas, mas ainda não há uma definição. O que já está certo é que, na programação para a dobradinha Indy-Nascar, prevista para o fim de semana da Independência, em 4 de julho, os fãs só vão poder ver as duas competições pela TV.

Agora que a espera está prestes a acabar, anote aí na sua agenda: a Indy abre seus trabalhos na temporada 2020 com as atividades todas concentradas no sábado, com treino livre, classificação e o GP do Texas a partir das 21h10 (horário de Brasília). Tudo com ampla cobertura do GRANDE PRÊMIO.

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