GUIA 2025: Fecury troca equipe e tem bagagem como trunfo para título na USF2000
Lucas Fecury quer aproveitar experiência da temporada 2024 para brigar pelo título do campeonato da USF2000, categoria de base da Indy
Lucas Fecury mudou a rota dentro da caminhada rumo à Indy, apesar de ir para mais uma temporada na USF2000, categoria de base nos Estados Unidos. Ele deixou a DEForce para competir pela Exclusive. Antes de estrear no campeonato deste ano, o brasileiro falou com o GRANDE PRÊMIO e diz acreditar que vai brigar pelo título no final de 2025.
Fecury tem competido nos Estados Unidos há alguns anos. Antes de entrar nas categorias da USF Championship — antigamente conhecida como Road to Indy —, o maranhense competiu na F4 local, até que chegou à USF Juniors em 2023, onde foi nono colocado no certame e subiu ao pódio com o terceiro lugar no primeira corrida no Alabama.
Foi para a USF2000 em 2024, mas não teve uma temporada muito boa: 14º, com apenas cinco top-10 em 18 corridas. Para ter um ano melhor, a decisão foi migrar para a Exclusive. Após os primeiros treinos na nova equipe, o maranhense, com um ano de experiência na bagagem, acredita que pode brigar pelo título em 2025.
“Acho que são as melhores [expectativas]. Não tive o melhor dos resultados no ano passado, com certeza, não foi o que esperava. Não só eu, mas a equipe em si. Os cinco carros foram bem mal. Mas, enfim, a gente mudou de time. Fizemos dois testes com a Exclusive e tudo parece ser bom. Em pista de rua, parece que temos um carro muito competitivo, mas vamos saber sobre em St. Pete, mas as expectativas são melhores”, comentou Fecury com exclusividade ao GRANDE PRÊMIO.

“Com certeza [a experiência de uma temporada na categoria será importante], pois, principalmente nas pistas de rua, os fins de semana são muito rápidos: um treino, a classificação e duas corridas. Precisa encarar com tudo desde o trackwalk. Precisa estar ligado o modo competição”, prosseguiu.
“Aprendi bastante no ano passado e isso será uma vantagem. Por mais que eu esteja em uma equipe diferente, em um segundo ano, entro com uma bagagem. É cedo para falar, mas eu espero [estar na briga pelo título]. É uma categoria supercompetitiva, mas acho que tenho boas chances com o carro que a equipe está me dando”, completou Fecury.
O brasileiro relembrou que esta é a primeira vez na carreira que ele permanece em uma categoria, mas opta por mudar de equipe. Por enquanto, antes de entrar na pista para o GP de St. Pete, que abre a temporada 2025 da USF2000 neste final de semana, Fecury apontou que a mudança será bem sucedida.
“A Exclusive é bem mais americana. A gente até vê as coisas em milhas, então, tenho de estar sempre com o celular do lado para fazer a conversão. Mas me dei muito bem com o meu engenheiro, o Lou [Louis d’Agostino] e ele foi engenheiro do Oswaldo Negri na Indy Lights. Um cara superexperiente, sabe lidar com brasileiro e está sendo nota 10 comigo. Eu me entrosei bastante com a equipe até agora, a gente já fez dois treinos. Com certeza, teremos um período de adaptação em St. Pete, mas acho que nada muito radical”, disse Fecury.

“É a primeira vez que fico em uma categoria e mudo de equipe. Me surpreendeu bastante o carro deles, é bem diferente do que eu guiava. Não sei o quanto posso falar o que muda, mas com certeza muda bastante. São coisas de acerto do carro e linha de raciocínio da equipe. É mais como o time lida quando tem um problema, pois cada equipe tem sua forma de agir”, comentou.
“Nos testes, a gente mudou o acerto, treinamos para chuva, visto que choveu no segundo dia, quanto para o seco. Deu para a equipe entender como gosto do carro, assim como pude compreender como eles trabalham, como as coisas funcionam”, completou Fecury.
No entanto, Fecury fez questão de elogiar a DEForce, equipe dos mexicanos Ernesto e David Martinez. “As duas são ótimas equipes, querem o tempo inteiro saber como está o carro, ter feedback, desejam melhorar. A diferença está mais relacionada à filosofia de como encarar um final de semana de corrida, no que mexer ou não mexer”, apontou.
Com o alvo na Indy, Fecury indicou que precisa de mais experiência em circuitos ovais. Na carreira, tem somente uma prova nesse tipo de circuito, a etapa do Indianápolis Raceway Park, um oval curto, localizado em Indianápolis. O piloto espera que a corrida da USF2000 de 2024 sirva como experiência para este ano.

“Oval é outra modalidade, não tem como explicar. Não parece a mesma coisa que sempre fiz. Tive um pouco de dificuldade no começo, mas depois quando tu vai pegando, vai entendendo a dinâmica, as corridas são bem malucas. Às vezes, tem um retardatário, que vem, chega e passa… tudo acontece muito rápido, muda frequentemente. Não tem esse negócio de ‘ah, é só virar pra esquerda’. É mais difícil que circuito de rua. Mas, com certeza, vou andar melhor, agora que vou para minha segunda corrida em oval”, explicou.
Para o futuro, com a Indy como alvo, o desejo de Fecury é pular para a categoria de cima, a Pro 2000, em 2026. No entanto, não é uma obsessão nesse momento da temporada. O alvo é o campeonato que tem pela frente na USF2000. “Querer, a gente sempre quer. Vou viver um dia de cada vez. Focar nessa temporada. Não parei para pensar no ano que vem, mas é o desejo migrar para a Pro 2000 em 2026”, encerrou.
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