Indy anuncia parceria com Red Bull e passa a usar aeroscreen no cockpit a partir da temporada 2020

A Indy anunciou uma parceria com a Red Bull Advanced Technologies para a introdução do Aeroscreen, desenvolvido para proteção do cockpit, a partir da temporada 2020. Peça chegou a ser testada em 2018, mas não foi introduzida oficialmente na categoria, que acredita em um marco na segurança do esporte a motor

A Indy revelou uma parceria com a Red Bull Advanced Technologies para o desenvolvimento do aeroscreen, com finalidade para proteção dos pilotos no cockpit. O anúncio foi realizado nesta sexta-feira (24), em Indianápolis, e terá início na temporada 2020 da categoria.
 
O aeroscreen é desenvolvido para reduzir o risco de lesões causadas por peças de carro e outros objetos que podem atingir o cockpit, como no caso de Justin Wilson, piloto que morreu na etapa de Pocono, em 2015, ao ser atingido por parte da asa dianteira de Sage Karam, que colidiu contra o muro momentos antes. 
 
"Desde que os primeiros protótipos foram desenvolvidos e mostrados em 2016, o potencial do aeroscreen para melhorar a segurança para os pilotos em impactos na área do cockpit foram bem claros. Esta nova parceria com a Indy dá a Red Bull a carta para explorar o potencial e desenvolver uma proteção que ajudará a prevenir graves lesões e salvar vidas na principal categoria dos Estados Unidos. Nos próximos meses, estaremos trabalhando junto da Indy e dos pilotos para aperfeiçoar o aeroscreen, e estamos ansiosos para ver os resultados em 2020”, comentou Christian Horner, chefe de equipe da Red Bull e CEO da Red Bull Advanced Technologies.
Em parceria com a Red Bull, a Indy vai adotar o Aeroscreen a partir de 2020 (Foto: Indycar)
A Indy informa que o projeto concebido pela Red Bull Advanced Technologies compreende uma tela laminada de policarbonato que inclui um revestimento antirreflexo no interior do escudo, um dispositivo anti-embaçante por meio de um elemento de aquecimento integral, todos produzidos por empresas terceirizadas. Outro recurso para os pilotos vai ser a opção de resfriamento do cockpit, que vai ser desenvolvida pela Dallara, a fornecedora oficial de chassi da Indy, em conjunto com a Red Bull.
 
A estrutura de titânio vai ser montada em três áreas ao redor do cockpit: a linha de dentro do chassi, as montagens laterais traseiras e a integração com o arco de forma a suportar todo tipo de carga. A Red Bull projeta que a carga leve seja de 150 kilonewtons (kN, unidade de medida de força), que seria igual à carga projetada pela FIA para o Halo que é atualmente utilizado pela F1.
 
Um kilonewton é equivalente a aproximadamente 225 libras, que é uma força de gravidade, não o peso estático ou massa. A força, neste caso, é a massa multiplicada pela aceleração.
Em parceria com a Red Bull, a Indy vai adotar o Aeroscreen a partir de 2020 (Foto: Indycar)
A parceria com a Red Bull para o desenvolvimento do aeroscreen é a segunda medida promovida pela Indy para proteger o cockpit. Durante o GP de Indianápolis, realizado no circuito misto, a categoria estreou o dispositivo AFP (Proteção Frontal Avançada) nos carros, também para evitar que detritos parem no cockpit.
 
"O esforço conjunto no aeroscreen entre Red Bull, Dalara e Indy mostra o comprometimento e paixão para melhorar a segurança dos pilotos. Queremos agradecer a todos na Red Bull por criar um design que será uma significante evolução na segurança no esporte a motor, não só na Indy, mas em uma perspectiva global”, declarou Jay Frye, presidente da categoria.
Josef Newgarden testou o windscreen no IMS (Foto: IndyCar)

Wind que virou Aero

Assim como a F1, a Indy começou a desenvolver a ideia de adotar uma proteção à cabeça do piloto depois da trágica morte de Justin Wilson, ocorrida em 2015 depois de o britânico ter sido acertado por um detrito do carro de Sage Karam após acidente em Pocono. Desde então, vários estudos foram realizados para encontrar uma solução adequada ao chassi Dallara que compõe os carros da categoria.
 
A primeira solução testada foi o windscreen, que foi levada pela primeira vez à pista durante uma sessão de testes em Phoenix, no ano passado. A peça, no entanto, não agradou. “Não acho que seja bonito, essa é a minha opinião. É seguro, sim. Mas eu acho que parece legal? Não”, opinou Kanaan após os primeiros contatos do escudo com a pista.
 
No entanto, a Indy seguiu trabalhando na peça, ainda que sem mandá-la às pistas com a frequência antes imaginada. Sem conseguir completar todos os testes e verificações, resolveu lançar a AFP, mas seus dirigentes sempre avisaram que se tratava de um conceito apenas para fazer a transição para o escudo – agora aeroscreen e não mais windscreen – e garantir a segurança, principalmente, na Indy 500 de 2019.
 

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