A Indy está estudando a introdução de proteções nos cockpits dos carros num futuro próximo. As coberturas — chamadas de canopy, em inglês — podem ser vistas já na temporada do ano que vem se houver tempo de desenvolvimento a tempo. A medida visa proteger os pilotos, sobretudo a região da cabeça.
Os chassis do DW12 passam por repetidos testes desde 2012, quando foram introduzidos na categoria. Ainda que não tenham acontecido acidentes fatais desde então, a incidência de lesões ainda é grande.
Derrick Walker, presidente de competições da Indy, explicou a ideia da implantação da cobertura nos carros.
“É algo que está sendo cogitado. Na verdade, desde que entrei na Indy. Já tive algumas conversas com a Dallara para desenvolvermos uma cobertura parcial nos cockpits. Não uma completa, mas algo que protegesse os pilotos de objetos de aço e pneus voadores, por exemplo. É uma possibilidade”, disse.
Walker detalhou o longo desenvolvimento, caso o projeto entre em vigor.
“Primeiro seria feito o desenho e, desenvolvido, iria passar por uma bateria de testes no simulador, vendo como ficaria a visibilidade para os pilotos. Também teríamos de analisar se seria melhor a utilização de um material de super-plástico ou um tipo especial de vidro”, completou.
Campeão da categoria em 2012, Ryan Hunter-Reay, da Andretti, é um dos principais defensores da novidade.
“Acho que deveria ser uma prioridade. Nós e a F1 somos as únicas grandes categorias com pilotos com a cabeça totalmente exposta. Precisamos começar com isto urgentemente, já que corremos em ovais em altíssimas velocidades”, falou.
A Indy estuda implementar cobertura nos cockpits dos novos carros (Foto: Getty Images)
Walker deixou claro que a medida deve ser tomada rapidamente e que o projeto já será discutido com a Dallara.
“Isto é algo que temos de trabalhar em um curto prazo. Me parece algo simples de produzir, mas a Dallara também tem algumas outras opções para nos apresentar. Vamos discutir isto”, explicou.
A Indy deve tomar atitudes quanto à proteção dos pilotos de maneira rápida. Após o acidente que vitimou Dan Wheldon em 2011, já aconteceu o choque entre Takuma Sato e Dario Franchitti, que encerrou a carreira do escocês. O ano terminou com o forte choque de Mikhail Aleshin, que fez com que o russo passasse mais de duas semanas internado.