Indy fala em “administrar custos” e admite financiar novos carros para equipes

Mark Miles, CEO da Indy, trouxe à tona ideia compartilhada de modo preliminar com equipes, que seria financiar a aquisição dos novos carros prometidos para 2027

A Indy não esconde que o plano é ter novos carros a partir da temporada de 2027 da categoria. Entendendo que a aquisição dos modelos possa gerar um valor elevado para as equipes menores, principalmente, a Penske Entertainment, proprietária da Indy, cogita financiar os novos chassis.

Os novos carros da Indy são necessários na categoria, que utiliza o chassi do DW12 da Dallara desde 2012, que deve ser retirado de uso após 15 temporadas no fim de 2026. No entanto, a mudança chega em um momento em que boa parte das equipes consideram alto os custos com a categoria, cerca de um ano após a introdução dos componentes elétricos ao motor. As queixam passam pela aquisição das peças, mas também pelo peso extra, que contribuiu com aumento dos danos ao carro em caso de batidas, o que gera mais despesas no conserto.

Considerando que o objetivo da Indy é ter o carro novo já na temporada de 2027, os modelos precisam estar prontos, testados e aprovados ainda em 2026 para que sejam feitos os ajustes pelas equipes — um fluxo que poderia fazer alguns times sofrerem, enquanto possuem orçamentos entre US$ 8 e US$ 10 milhões (R$ 47 e R$ 58,7 milhões) para operar um carro por temporada.

Por isso, a Indy planeja criar um plano mais amigável de financiamento para as equipes pagarem esse novo carro em diversos anos, com juros, presumidamente, menores do que os bancários. Uma ideia que estaria em estágio inicial, mas que já tem sido falada abertamente entre categoria e chefes de equipe. Na primeira reunião sobre o carro de 2027, realizada em outubro do ano passado, a Penske Entertainment cogitou oferecer essa espécie de linha de crédito para um chassi, algo que já é considerado para diversos monopostos.

Roger Penske é o proprietário da Indy (Foto: IndyCar)

“A primeira coisa que penso quando falamos sobre esse assunto é conseguir ter o carro novo disponível para fazer todas as coisas que achamos que ele pode realizar por nós”, disse Mark Miles, CEO da Penske Entertainment, à Racer.

“O segundo ponto é administrar os custos, os valores do novo carro, e, finalmente, financiar ou conseguir acordos para que as equipes consigam gerir. Não tivemos conversas sobre bancos. Ter o financiamento é algo que estamos considerando”

Miles indicou que a intenção é voltar a falar sobre esse assunto assim que a Indy tiver um panorama mais claro sobre cronograma, tecnologia e custo do novo carro. “Não importa o quanto será bem administrado o custo geral. É um grande valor, pois se tem dois ou três carros contando os reservas”, explicou.

Ed Carpenter e Dale Coyne, donos das equipes que levam seus nomes na Indy, tiveram posições distintas com relação ao plano da Penske Entertainment. Vale destacar que Carpenter vendeu parte da sua equipe para Ted Gelov, magnata do ramo alimentício, no fim de 2024 para aliviar o caixa e planejar o futuro, enquanto Coyne precisou fazer um rodízio com muitos pilotos no último ano para manter a operação em pé, visto que não conseguiu um patrocinador.

Mark Miles, CEO da Penske Entertainment (Foto: IndyCar)

“Parece interessante. Falaram sobre isso na reunião [de outubro], mas preciso entender mais sobre o que estão pensando e como isso vai funcionar”, disse Carpenter.

“Posso ir ao banco e ter um empréstimo para comprar três carros e pagar em três anos. Isso não muda meu valor, e deveria ter mais valor para mim do que para qualquer um. Mas, ainda assim, vou ter de gastar o dinheiro”, encerrou Coyne.

Indy retorna neste fim de semana, entre os dias 11 e 13 de abril, com o GP de Long Beach, na Califórnia. Será a terceira etapa da temporada 2025.

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