Indy tem classificação digna de final, e Herta faz Newgarden dar novo passo para bi

A definição do grid da última prova da Indy foi espetacular, com os candidatos ao título brigando duro até o final. Só que Colton Herta se meteu na briga, bateu os postulantes e, assim, ajudou Josef Newgarden, cada vez mais perto do bicampeonato

Se os treinos livres da última prova da Indy em 2019 davam a impressão de que os coadjuvantes tomariam os primeiros lugares do grid de assalto, a classificação foi diferente. Tudo bem que teve o intruso Colton Herta dando um show, mas foi um sábado (21) com cara de final e com um excelente confronto direto entre os postulantes ao caneco.
 
A gente já fala sobre as implicações da pole de Herta, mas o primeiro ponto importante do dia foi ver que o trio de candidatos reais – e ainda Scott Dixon, de chances remotas – conseguiu ir inteiro para o Fast Six, superando todos os problemas enfrentados nos treinos livres.
 
"Eu e o time estamos fazendo algo certo. Obviamente tínhamos um bom carro para o fim de semana, e após liderar o teste, o TL1 e ser competitivo no TL2, no TL3 e anotar a pole, isso só mostra o carisma do time e que tudo que estamos fazendo caminha na direção certa. E é claro que é bom, agora são duas poles em dois fins de semana", disse Colton após a terceira pole da carreira.
Josef Newgarden deu mais um passo rumo ao título (Foto: Indycar)

Comecemos com Josef Newgarden, que lidera o campeonato e é o grande favorito ao título. O americano larga de quarto, um pouco na frente do que parecia capaz nos treinos livres, sendo o melhor dos carros da Penske e iniciando a corrida em uma posição que, se for a final, garante a taça. Já estaria bom, certo? Mas pode melhorar.

 
Melhora porque Herta fez a pole, com impressionante personalidade e, mais do que se colocar forte na briga pelo Novato do Ano, ainda ajudou bastante Josef, afinal, roubou ponto extra dos rivais e vai ser um obstáculo duro de ser superado na prova para quem precisa vencer de qualquer forma.
 
"Na nossa situação, é bom estar próximo, especialmente dos candidatos ao título. Temos caminho livre amanhã. Você gostaria de vencer todas as corridas e ter um carro para vencer, certamente sinto que tenho capacidade, mas precisamos de um dia limpo, tentar não se envolver em nada e correr normalmente. É nisso que focaremos", comentou Newgarden.
Alexander Rossi está em posição de ataque (Foto: Indycar)
Vice-líder, Alexander Rossi não pode se queixar muito de sair de terceiro do grid. Tudo bem, precisa de mais e de maior distância para Newgarden, mas estamos falando de alguém que teve muitos problemas na sexta-feira e foi último e penúltimo nos primeiros treinos livres. Está em boa posição de ataque, é fazer a parte dele e secar um pouco Josef.
 
"Tivemos alguns dias desafiadores, com altos e baixos, mas a tarde foi boa. É duro quando você perde por 0s700. Você pode subir vários lugares em uma volta que desiste. Tem apenas que continuar trabalhando e vir com uma boa estratégia para amanhã", declarou Alex.
 
De quem briga de fato pelo campeonato, Simon Pagenaud foi o pior. E mesmo assim não foi um dia péssimo para ele, afinal, o francês foi alguém que sofreu o ano todo com performances ruins de classificação, sair de sexto não é tão ruim. Agora, na corrida, terá de ser bem agressivo.
 
"Foi um treino intenso. Tentamos o máximo que poderíamos. Foi animador para o meu gosto, especialmente a primeira parte. O problema é que estamos muito atrás no pit lane, e é difícil aquecer os pneus quando todos estão na frente. É um efeito acordeão e o Q1 foi complicado. Nossa volta seria a mais rápida e alcancei o Sebastien. Para ter certeza que teria uma boa volta, precisei abortar para ter a segunda. Foi estressante, queria estar na pole. Acho que todos queriam, mas foi apertado. Pleo menos conseguimos entrar no Fast Six e acho que tentamos de tudo, atacamos tudo, talvez até demais, mas é a hora de tentar. Não me arrependo de nada, fizemos o melhor", avaliou Simon.
Simon Pagenaud precisa quase que de milagre (Foto: Reprodução)
Scott Dixon conseguiu um lugar na primeira fila, mas precisava do ponto extra da pole para tornar menos complicada a missão quase impossível. Deve ser uma atração da corrida pela gana de mostrar que poderia ser campeão, bem como o parceiro Felix Rosenqvist, que não aceitou uma punição por causar uma amarela na primeira fase da classificação e soltou o verbo. Deve vir com raiva atrás do troféu de Novato do Ano.
 
"Foi definitivamente uma grande recuperação para nós. Tivemos dificuldades o fim de semana inteiro para conseguir tempos com os novos pneus. Felix fez um trabalho fantástico. Eu não sei o cenário completo, mas acho que ele teria uma boa chance de pole, foi rápido o fim de semana inteiro, mas é assim que as coisas acontecem. Acho que fizemos um bom trabalho. Sei que nosso ritmo com pneus usados foi bom o fim de semana inteiro, só não consegui tirar tempos dos novos. Foi uma boa surpresa, vamos ver o que acontece amanhã", afirmou Scott.
 
Na Foyt, Tony Kanaan e Matheus Leist foram os mais lentos do grupo 1 da classificação e vão precisar de uma grande corrida de recuperação se quiserem fechar o ano em alta.
Matheus Leist larga do fundo do grid (Foto: Indycar)
"Estamos lutando contra a falta de ritmo em todo o fim de semana. Não conseguimos achar ainda, o que é frustrante, mas vamos continuar trabalhando. O carro não funciona na pista, esperamos melhorar para amanhã", disse Kanaan.
 
"Parecia que seria a melhor classificação do ano. Tínhamos um bom carro, nos preparamos bem, mas na minha volta mais rápida em vermelhos, tivemos um problema na última curva. Perdemos um segundo que acabou com nosso dia. Aquele segundo nos colocaria no top-12. É triste porque é a última do ano e o time queria estar ali, tinha que estar ali. Vamos focar amanhã e espero ter uma boa corrida", comentou Leist.

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