Leve, mais feliz e melhor: com esperada renovação, Kanaan mostra que tem muito a oferecer à Indy e Foyt

Tony Kanaan não vive um ano espetacular ou o melhor da carreira, nada disso. Mas nem precisa disso. Tony vive um ano em que aparenta estar mais sereno, mais feliz e guiando melhor. Numa avaliação mais próxima, dá a sensação de que se encontrou mais nesses meses de Foyt do que nos quatro anos de Ganassi. Guiando bem, fazendo a Foyt crescer e trabalhando ao lado de um talento da próxima geração, Kanaan recebe uma renovação contratual que confirma que ele merece estar onde está

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Tony Kanaan vive um ano de certa catarse na Indy. Após quatro temporadas de decepções, problemas e desempenho constantemente abaixo do esperado, o campeão da Indy em 2004 teve de ouvir muito, certamente. Ouviu que não tinha mais o conjunto necessário entre talento e gana, que estava ocupando um lugar que estaria melhor vivido por um outro piloto, mais jovem, e que talvez fosse a hora de dar o salto para as corridas de longa duração. Avance o tempo para junho de 2018, e o que se tem é um piloto rejuvenescido, empolgante e de contrato renovado.

 
Fora do #10, assinou com a Foyt. É verdade que já em 2017, mudando a equipe de engenharia e passando a utilizar motores Chevrolet, o time de AJ Foyt tentava dar uma rasteira no status-quo que lhe foi imposto nos últimos anos na categoria. O plano existia para não ser mais a chamada baba do boi. Com Carlos Muñoz e Conor Daly, um ano ainda muito problemático custou a vaga dos dois.
 
Kanaan chegou como o capitão da equipe num ano em que a estabilidade era mais esperada. Com ele, trouxe uma nova equipe de engenharia, a experiência necessária para montar o quebra-cabeças que é uma escuderia problemática e o entendimento geral com os Foyt. Junto dele, a equipe decidiu por trazer um outro brasileiro: Matheus Leist, de 19 anos. Um adolescente que nasceu quando Tony já era piloto da antiga Cart.
 
Para ser bem preciso, aliás, Leist nasceu em 8 de setembro de 1998, dois dias depois de Kanaan terminar na 18ª colocação no circuito de rua de Vancouver e cinco dias antes daquele que seria o primeiro pódio do então novato na categoria: o terceiro lugar em Laguna Seca. 
Tony Kanaan (Foto: IndyCar)

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Em entrevista ao GRANDE PRÊMIO antes da temporada começar, Kanaan traçou um paralelo da diferença grande das estruturas de uma equipe pequena vindo de uma equipe grande, como fazia agora ao sair da Ganassi para Foyt, similar ao que fez anos atrás quando saiu da Andretti para a KV.

 
“Aprendi ao longo de todos esses anos na Indy que o que realmente importa é a qualidade do pessoal que temos ao nosso redor, não a quantidade. Trouxe o Eric Cowdin, engenheiro que ganhou comigo meu campeonato de Indy Lights em 1997, Indy em 2004 e a Indy 500 de 2013, além de outros bons mecânicos para a Foyt. O Eric além de ser o engenheiro do meu carro, também é o diretor técnico da equipe e isso me deixa muito tranquilo”, seguiu.
 
Na ocasião, Tony deixou claro que toda a conversa que travou com Larry Foyt, filho de AJ e presidente da equipe, indicava um acordo que poderia ser aumentado para dois anos. E desde o começo mostrava otimismo no trato com uma equipe que vem de anos muito ruins. “É possível ganhar uma corrida ou outra? Sim, vimos nos testes de Phoenix que dependendo da pista teremos chance. Mas sou realista, o primeiro ano é pra arrumar a casa e deixar a equipe em posição de batalhar por vitórias em 2019."
Tony Kanaan (Foto: Indy)

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O nível de melhora da Foyt não é tão assustador assim nos resultados, mas é inegável nos desempenhos. Especialmente nas pistas onde a equipe vai bem, como ovais e circuitos de rua. É visível que há uma evolução e que Kanaan se encontra mais leve e feliz que nos dias de cobrança e ser mais um na Ganassi.

 
A resposta para voltar a ver o Tony Kanaan de outros tempos passa por ter um papel diferente, mais central, para um time que busca se reencontrar com os tempos mais competitivos. Passar pelo bom ambiente da equipe, de conhecidos antigos e de um companheiro jovem que tem vivido experiências do noviciado e hoje funciona mais como um pupilo que como ameaça. Não entenda mal, leitor, Leist tem muito talento e teve seus momentos durante o ano, mas ainda tenta percorrer caminhos que Tony poderia mapear de olhos vendados. 
 
E, claro, um pouco tem também a ver com aquilo que Kanaan falou ao GP antes da temporada começar “Gostei muito [do carro]. É um carro que depende muito mais do braço do piloto do que da pressão aerodinâmica pra segurar na pista. Lembra o jeito que eram os carros no fim da década de 1990.”
 
São vários os fatores que tornam Kanaan, hoje 14º colocado do campeonato, dono de 173 pontos, em um sujeito mais solto no 2018 da Indy – mesmo aos 43 anos. E tudo isso está funcionando bem tanto para ele quando para a Foyt – e até para Leist.
 
É bom ver que seja esse o caso e que todas as partes terão ao menos mais um ano juntas.
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