Ericsson pede “padrão melhor” de pilotagem na Indy após terror em Detroit: “Só rezei”

Marcus Ericsson é mais enfático, enquanto Scott Dixon, vencedor da prova, explicou razões que dificultaram a pilotagem durante o GP de Detroit de 2024 da Indy

Marcus Ericsson e Scott Dixon reclamaram dos excessos cometidos pelos pilotos durante o GP de Detroit da Indy, que teve 47 das 100 voltas sob regime de bandeira amarela. O sueco foi mais veemente no discurso ao pedir um “padrão melhor” para os pilotos, que fazem parte de “uma das principais categorias do mundo”.

Por se tratar de um circuito de rua bem estreito e com bastante ondulações, a expectativa era de que a corrida tivesse a intervenção do safety-car em algumas ocasiões, mas os próprios pilotos demostraram que a realidade foi muito além das previsões. Para se ter uma ideia, entre as voltas 33 e 73, 38 giros foram com bandeira amarela em todo circuito.

“Tenho certeza de que foi dramático e divertido de assistir, mas em algum momento também precisamos ter um padrão um pouco melhor. Somos uma das melhores categorias do mundo. Não deveríamos estar uns sobre os outros a cada relargada”, apontou Ericsson, segundo lugar na prova.

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Marcus Ericsson conquistou primeiro pódio pela Andretti na Indy no GP de Detroit (Foto: IndyCar)

“Obviamente, não vi a corrida, estava no carro, mas via nos retrovisores nas relargadas. Eram quatro, cinco lado a lado. Apenas rezava para não ser atingido”, completou.

Na sequência, Ericsson admitiu que também comete erros, mas que é possível melhorar o nível de apresentação para não repetir o que aconteceu na etapa de domingo (2). O sueco sugeriu que mais dureza nas punições pode inibir os pilotos de arriscarem da maneira que fizeram em Detroit.

“Assisti a Indy 500, que também foi maluca. Tivemos sorte de não ter havido mais incidentes lá, porque parte da pilotagem também estava no limite. Vamos colocar as coisas dessa forma. Mais uma vez, somos alguns dos melhores pilotos do mundo correndo aqui. Não deveríamos ter incidentes como estes”, declarou Ericsson.

“Acho que também fiz minha parte. Também cometo erros. Não vou colocar o dedo na cara de todo mundo. Mas acho que, como um campeonato, podemos definitivamente melhorar”, continuou.

Scott Dixon venceu o GP de Detroit (Foto: Indycar)

Já Dixon, vencedor da corrida, foi um pouco mais comedido nas críticas. Chegou a dizer que não foi “vergonhoso” o espetáculo em Detroit, além de apontar algumas dificuldades enfrentadas durante a sexta etapa da temporada da Indy em 2024.

“Por conta da chegada do motor híbrido, o pneu estava bem duro aqui. Foi muito difícil fazer as curvas com os compostos de faixa preta, estava fácil fritar os dianteiros. As condições mais frias do que no ano passado também foram um fator importante”, destacou.

“Nunca acho que é vergonhoso. Se fizer uma enquete, a maioria das pessoas vai às corridas para ver acidentes. Quando assisto uma etapa da Nascar, o efeito é semelhante. É emocionante, mas, obviamente, você não quer ver as voltas em bandeiras amarelas”, encerrou.

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