McLaren mantém mistérios sobre volta à Indy 500, mas chefe avisa: “Queremos que Alonso beba o leite”

Zak Brown, chefe da McLaren, foi o responsável pelo anúncio de que a equipe vai estar nas 500 Milhas de Indianápolis em 2019. Mas não se permitiu dar muitas dicas sobre parcerias e pessoal responsável pela aventura. Porém, mesmo assim, prometeu: quer que Fernando Alonso vença. Será possível?

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A entrevista coletiva em Interlagos na qual a McLaren anunciou sua participação nas 500 Milhas de Indianápolis de 2019, com Fernando Alonso como personagem principal da aventura, foi dominada pelas demonstrações de amor e conhecimento do piloto para com a Indy — mas houve mais o que tirar dos 15 minutos em que Zak Brown, ao lado do #14, comentou sobre as razões que fizeram a equipe topar uma nova tentativa de vitória nos Estados Unidos.

O GRANDE PRÊMIO estava presente e observou não só reações de Alonso, como também as entrelinhas em cada frase de Brown, chefe da McLaren. Depois, questionou o dirigente sobre a participação na icônica corrida ano que vem. E, agora, conta sobre os mistérios que ficaram –  e também a única certeza.

Fernando Alonso, Gil de Ferran e Zak Brown (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

Mistérios

Brown evitou entrar em detalhes naquele sábado à tarde em São Paulo. Dias depois, a McLaren anunciou que Bob Fernley, ex-Force India, será o comandante do projeto. Mas foi só: nada mais forte foi divulgado desde então.

Por exemplo: o chefe evitou de qualquer forma assuntos como tecnologia, parceria e até mesmo se Alonso terá algum companheiro na empreitada americana.

"Ainda há bastante trabalho a ser feito para ficarmos prontos até maio, mas anunciaremos esses tipos de parcerias tecnológicas com o tempo", disse, ao  ser questionado sobre fatores como equipes parceiras, chassi e motor.

"Não vou comentar sobre isso agora" também foi a resposta quando perguntado sobre número de carros que a McLaren levará para Indianápolis. "Não vou dar detalhes mais profundos sobre como competiremos lá. Mas posso dar a certeza de que daremos a Fernando chance de vitória", completou.

E a presença nos EUA pode afetar a continuidade e a força da McLaren na F1, onde vem sofrendo há anos? Para Brown, não: "A Indy, como série, é atrativa para a McLaren. Temos grandes ambições em termos de voltar a ganhar mundiais, a ganhar corridas na F1. Achamos que a Indy, o mercado de corridas, como eles fazem, é interessante para a McLaren. Então, a longo prazo, estar na Indy continua a ser observado. E gostaríamos de, no futuro, estar lá por todo o campeonato."

"Definitivamente não (afeta a F1). É um setor completamente diferente, uma equipe diferente que estará na criação. E somos uma equipe bastante grande, com muitos recursos, e estou extremamente confiante de que dará certo, se fosse diferente não teríamos entrado nesse desafio da Indy, e daremos o máximo em ambos. Nenhum projeto irá comprometer o outro", completou.

Fernando Alonso, Gil de Ferran e Zak Brown (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

O assunto, então. passa a ser outro: por que o anúncio da volta foi feito durante um final de semana péssimo para a McLaren na F1 (Alonso e Stoffel Vandoorne não só terminaram no fungdo do grid como ainda foram punidos)? Seria uma maneira, apressada, de disfarçar os problemas da equipe na categoria em que tem seu foco?

"Estamos prontos. A gente sabia que o anúncio seria feito próximo ao final da temporada, mas as estrelas se alinharam e estamos preparados, então acreditamos que essa é a hora certa de contar ao mundo sobre nossos planos."

"Foi uma decisão prontamente tomada, mas no senso de que sabíamos que queríamos voltar à Indianápolis com Fernando. Mas houve uma variedade de critérios que tivemos que alcançar, para nós mesmos, que não tirasse de nossas operações na F1, de maneira alguma, para termos certeza de que daremos a Fernando, porque temos certeza que tornaremos esse carro capaz de vencer. E, claro, patrocinadores e parceiros do lado comercial, sempre quisemos fazer, sempre conversamos sobre isso, só queríamos ter certeza de que teríamos tudo pronto e de que estaríamos felizes com a situação para fazermos o anúncio", finalizou Brown.

Fernando Alonso (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

Certeza

Desta forma, com tantos mistérios rondando a empreitada na Indy, ficou apenas uma afirmação positiva: a de que a McLaren promete ir para a vitória com Alonso. E como isso funcionará na prática? O fator fundamental é o planejamento antecipado e o aumento nos testes.

"Faremos todo o calendário de testes, mas nos comprometemos a dar a Fernando, e a nós, toda chance de sermos competitivos, queremos vencer a corrida. Aumentaremos os testes e nosso pessoal, tudo isso será do maior calibre para que Fernando possa beber o leite", cravou Brown, citando a famosa bebida distribuída ao vencedor da prova.

Essa afirmação, porém, coloca a McLaren em posição de pressão – ainda mais para uma equipe que não vence há anos na F1 e que vem de série de problemas que parecem que nunca serão solucionados. Seria uma boa ideia se colocar como candidata já, meses antes da prova? Não se sabe. Mas a McLaren faz questão de afirmar: a responsabilidade de qualquer resultado será toda dela.

"Da última vez fizemos com tempo curto, foram apenas seis semanas entre o anúncio e a corrida. E não dá para formar uma equipe tão rapidamente. Essa foi uma das coisas que nós pensamos, queríamos ter uma equipe McLaren, e fazer o anúncio agora nos dá tempo para montar uma equipe nossa", finalizou Brown.

As 500 Milhas de Indianápolis de 2019 acontecem dia 26 de maio e serão a sexta etapa da próxima temporada da Indy.

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