Na mais clássica versão de si mesmo, Dixon vê primeira grande refugada de Newgarden e vai para final no ‘zero a zero’

Nas situações mais ou menos favoráveis, Scott Dixon é sólido como uma rocha. O neozelandês é, no final das contas, sempre Scott Dixon. E foi na versão, sólida, livre de erros e constante de sempre que ele embarcou para garantir o segundo lugar mesmo não tendo o segundo melhor carro do pelotão. Com Josef Newgarden parecendo um dos três patetas na confusão com Sébastien Bourdais, Dixon agora tem uma desvantagem de somente três pontos

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Em todo o mundo do automobilismo, poucos são os pilotos tão cirúrgicos, tão letais, tão confiáveis quanto Scott Dixon. O tetracampeão da Indy está sempre à espreita, observando, esperando um movimento em falso, algo que possa usar para se aproveitar. E, ao mesmo tempo, marca os pontos que se oferecem para ele – até mais, visto que ele tira dos carros que tem mais do que normalmente seria possível. Neste domingo (3), em Watkins Glen, Dixon vencer seria altamente improvável. A Ganassi não dava essa oportunidade para ele, afinal. Ele operou da forma que faz melhor que ninguém: um 'undercut' eterno, com estratégia desenhada diligentemente e exercida com esmero na sua pilotagem clássica. 

 
O segundo lugar pode não parecer muito, mas a consistência de sempre que Dixon apresenta vence os adversários na competência mais sôfrega vista por aquelas bandas, quase um cansaço. Josef Newgarden foi quem se cansou, por exemplo, em Glen. O refugo que deu ao sair dos boxes, o erro grosseiro e a confusão que terminou com Sébastien Bourdais entrando em sua traseira foi o símbolo dos erros que Dixon não comete. 
 
Newgarden deixou de ter o lastro que carregava a seu favor ao errar na forma mais Lewis Hamilton 2007 que podia ter feito. Agora, em Sonoma, especialmente numa situação de pontuação dobrada, a situação é muito clara: terá que andar melhor que Dixon. É fácil entender, claro, mas é muito difícil de executar. Newgarden foi melhor durante a temporada e, em geral, tem o melhor carro. Mas a decisão é sempre diferente, o ar é rarefeito e as pernas pesam mais.
O pódio em Watkins Glen (Foto: IndyCar)

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Mesmo fora da briga pelo título, Alexander Rossi tem uma temporada digna de elogios. É, afinal, o melhor piloto da Andretti na classificação com certa sobra e mostrou consistência durante o ano. Se a primeira pole ainda faltava, não falta; se vencer depois das 500 Milhas de Indianápolis de 2016 estava demorando demais, agora desliguem o relógio. De contrato renovado, Rossi é, enfim, um piloto estabelecido na Indy. E nada melhor que uma vitória para provar.

"Foi um trabalho incrível de todos do time hoje. Tive um problema com o combustível no começo, mas a gente se recuperou. Foi demais", disse todo animado. "Muito esforço de todos. Estou feliz com tudo, melhoramos em tudo e agora finalmente pudemos vencer. Eu sabia que tinha carro para vencer e isso ficou claro na hora dos problemas do combustível. No fim, sabia que o Dixon iria acelerar como um doido, então foram 12 voltas de classificação. Tivemos tudo em cima para vencer. Tiro meu chapéu para a Andretti, estamos fortes para 2018", exclamou.

Após o resultado que o colocou de volta no 'zero a zero' para disputar a decisão em Sonoma, o contido Dixon se limitou a tratar de disputa pela vitória com Rossi. "Foi um dia muito bom. Na primeira parada, tivemos um problema nos boxes e eu realmente acho que não conseguimos pegar nada de combustível, então eu precisei economizar de verdade no stint seguinte. Consegui fazer várias ultrapassagens e tive uma briga bem legal com o Rossi, que venceu a corrida. Ele merece muito os parabéns. Bom ver a Honda tão forte aqui"
 
Feliz por estar no pódio após cercar mas viver continuamente atrás de dois de seus companheiros durante as atividades do fim de semana, Ryan Hunter-Reay parecia um menino inexperiente chegando na Indy – não o piloto campeão com longo currículo. 
 
"O pessoal fez um ótimo trabalho no pit-lane hoje – incrível. Nos deu posições na pista. Foi estranho onde as bandeiras amarelas vieram. Tivemos de passar pelo pelotão algumas vezes, também. No geral, o carro era bom, só faltava um pouco de aderência para acompanhar Dixon e Rossi. Estamos felizes com o pódio. Parabéns ao #98 pela vitória e Alexander pessoalmente, ele certamente estava no auge neste fim de semana", parabenizou.
Josef Newgarden (Foto: IndyCar)

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Apesar de ver a desvantagem para Dixon aumentar, Helio Castroneves terminou na quarta colocação – isso quer dizer que está mais perto agora da ponta do certame. São 22 pontos atrás de Newgarden e 19 atrás de Dixon, diferenças completamente alcançáveis. Não há motivo para Castroneves deixar Watkins Glen pessimista com suas chances, e de fato não é assim que ele está encarando o fim da etapa. 

 
"O carro estava incrível hoje, grande trabalho do pessoal do #3", disse. "Éramos rápidos – fazia tempo que não pudia acelerar totalmente no meio de pelotão numa corrida. Tivemos problemas com os pneus pretos da Firestone, mas deu para recuperar disso e forçamos até o fim para terminar em quarto. Me sinto mal por Josef [Newgarden] com o incidente dele. É uma pena para o time, mas os sentimentos são misturados porque a luta pelo campeonato apertou. Temos uma boa chance em Sonoma", seguiu.
 
Ainda briga pelo campeonato, Simon Pagenaud ficou com a nona colocação. O francês está 34 tentos atrás de Josef, seu agora inimigo, na tentativa de conquistar o bicampeonato. Foi o nono em Glen, o que é uma pena do ponto de vista do que poderia ter sido para ele. Seu rendimento foi, de fato, muito ruim – o pior entre o quarteto da Penske. 
 
"Lutei do jeito que deu para sair com o melhor resultado possível daqui hoje", afirmou. "Nós estávamos muito bem preparados para a pista molhada, acho que se tivesse chovido seria muito difícil de nos derrotar. Mas não choveu e ficamos cheios de downforce para uma pista seca, deu tudo errado. No fim, todo mundo fez um bom trabalho para salvarmos um nono lugar e continuarmos sonhando com o título. Sabemos do que precisamos para Sonoma", comentou.
 
Will Power terminou na sexta colocação e apenas por conta da trapalhada de Newgarden ainda pode sonhar – são 68 distantes pontos, porém. "Foi uma corrida muito cheia de altos e baixos para mim. Algumas horas eu estava muito rápido, mas tive momentos bem lentos. Talvez meu carro estivesse com algo quebrado no começo, não me respeitou várias vezes. Não posso ficar triste com a recuperação e o sexto lugar. Não sei minhas reais chances de título, mas coisas estranhas acontecem, então, quem sabe? Vou dar tudo de mim em Sonoma"
Tony Kanaan e Helio Castroneves (Foto: IndyCar)

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Toda essa situação só foi possibilitada porque Newgarden emulou Curly, Larry e Moe, todos ao mesmo tempo. Newgarden nem tentou defletir a culpa da tenebrosa situação que provocou.

 
"Foi um dia complicado para mim. Acho que eu estava em uma boa posição para tentar um resultado positivo no fim da corrida, mas aí veio aquela última parada. Não tem desculpa. Culpa toda minha. Vi o Will me passando, tentei mergulhar do lado e aí escorreguei e fui parar no muro. Aí o Sébastien ainda veio e me acertou por trás. É uma pena, mas agora já foi. Vamos atrás dessa taça em Sonoma", falou.
 
Para Tony Kanaan, que fez seu penúltimo fim de semana pela Ganassi, mais um dia para esquecer completamente. Com uma batida no muro para encerrar uma sequência melancólica em Watkins Glen, Kanaan abandonou quando já andava atrás – como fez desde o primeiro treino livre. Segundo ele, acabou sendo uma vítima do incidente entre Newgarden e Bourdais.  
 
"Não é um jeito legal de terminar nosso fim de semana aqui em Watkins Glen. Infelizmente fui pego no incidente no pit-lane na última rodada de paradas. Tudo aconteceu na minha frente, e eu cravei nos freios com pneus frios. Estávamos tendo um dia bem bom, o carro até estava bom naquele momento. Acho que podíamos ter terminado no top-10", lamentou.
 
A Indy volta em duas semanas, 17 de setembro, quando decide o campeonato de 2017 em Sonoma. 
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