Na última vez como palco da decisão, modorrenta Sonoma dá ligeira vantagem para Rossi

Sonoma vai receber a final da Indy pela última vez em 2017. Em um traçado bem pouco empolgante, Alexander Rossi leva pequena vantagem, especialmente falando da definição do grid de largada, o Calcanhar de Aquiles de Scott Dixon e sua Ganassi nos circuitos mistos

A Indy volta a fechar sua temporada em Sonoma neste final de semana. No entanto, será a última vez da pista como palco da decisão, já que Laguna Seca volta ao programa da categoria em 2019. E dá para dizer que poucos fãs da Indy vão sentir muita falta.
 
Sonoma não é a pior pista do mundo, mas não tem o apelo suficiente para receber uma decisão de campeonato do porte da Indy. O traçado é bem pouco empolgante e as críticas especialmente ao fato de ser o palco da última etapa foram corriqueiras.
 
A verdade é que Sonoma dificilmente seria questionada se estivesse no meio do calendário, algo como Alabama ou Mid-Ohio. É um misto bem mediano que poderia, tranquilamente, compor bem as 17 corridas. Acontece que, pela concorrência geográfica com a própria Laguna Seca, Sonoma ficou sem espaço e, ao menos em 2019, não receberá a Indy.
Scott Dixon tem histórico de altos e baixos em Sonoma (Foto: IndyCar)

A prova de despedida, no entanto, deve ser bem movimentada. É verdade que é uma final diferente dos últimos anos, com apenas dois protagonistas e outros dois quase figurantes que só seguem vivos matematicamente, mas Scott Dixon e Alexander Rossi vivem fases fabulosas.

 
A diferença entre os dois é de apenas 29 pontos, distância quase que irrelevante em uma corrida com pontuação dobrada – são 104 pontos em disputa – e que pode ser facilmente contornada por Rossi caso chegue ao menos duas posições na frente do rival.
 
O histórico de Dixon em Sonoma é completamente contrastante com sua carreira. Rei da regularidade, o neozelandês vive nos altos e baixos quando visita o misto californiano. Em 13 provas, venceu três, fez quatro pódios, tem sete top-5, mas já ficou cinco vezes do top-12 para trás, algo bem raro para ele em outras pistas.
 
A amostragem de Rossi é muito menos, já que este é apenas o terceiro campeonato do americano na Indy. Em duas edições, fez um top-5 e teve um 21º lugar em Sonoma. Ainda muito pouco para se concluir algo.
Alexander Rossi tem pouquíssima experiência no misto californiano (Foto: IndyCar)
O que pode ser analisado, no entanto, é o desempenho de ambos – e de suas equipes – nos demais circuitos mistos da temporada 2018. E aí, principalmente falando de classificação, Rossi tem uma ligeira vantagem.
 
Dixon tem sido de uma regularidade absurda em 2018 e isso explica como está com tantos pontos a mais que Josef Newgarden estava em 2017, quando foi campeão. O neozelandês só não fez top-10 em duas provas e consegue os resultados mesmo quando tudo parece que vai dar errado – como na largada em Portland.
 
No entanto, não dá para ignorar o fato de que Dixon tem como posição média de largada nos mistos a 10ª colocação e que, fatalmente, partindo do meio do pelotão, está mais vulnerável a confusões. Além disso, até aqui conseguiu tirar muito mais do que a Ganassi tem a oferecer em circuitos do tipo, mas o desafio é sempre maior em Sonoma, palco de poucas ultrapassagens.
Josef Newgarden buscou o título de 2017 em Sonoma ao chegar em segundo (Foto: IndyCar)
Rossi também é muito regular, mas oscila um pouquinho mais que Dixon. O americano, porém, tem na Andretti um carro mais competitivo para os circuitos mistos e basicamente só chega atrás de Scott na final por puro azar. Em Portland, outra pista de traçado misto, deveria ter vencido, mas as amarelas o jogaram para trás até do próprio Dixon.

Se existe um certo equilíbrio entre os dois, Josef Newgarden e Will Power têm tudo para disputarem a vitória em Sonoma. Isso porque a Penske sobra nos circuitos mistos. Desta forma, Rossi e Dixon devem festejar o fato dos pilotos do time de Roger Penske não terem chances mais que remotas.
 
Basicamente, Rossi deve chegar com performance melhor que Dixon no final de semana, mas não seria nenhuma novidade se Scott descontasse essa ligeira desvantagem no braço e na cabeça. A decisão tem tudo para pegar fogo.
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