Newgarden controla ritmo e vence quarta no ano no GP de Iowa. Rossi é 6º

O GP de Iowa teve momentos completamente distintos em uma longa noite. Uma coisa que não mudou foi o ritmo espetacular de Josef Newgarden, que segurou até um Scott Dixon com pneus novos no fim para vencer pela quarta vez em 2019 e dar um passo importante rumo ao bicampeonato. Alexander Rossi foi sexto, enquanto Tony Kanaan fez prova heroica com a Foyt para cruzar em décimo

Josef Newgarden teve um tremendo desempenho na madrugada de Newton. Em um GP de Iowa que parecia que não acabaria nunca, o americano venceu de forma dominante neste domingo (21). O piloto da Penske foi o mais veloz, encaixou a estratégia e conseguiu manter um rtimo forte até quando Scott Dixon parecia virar favorito com pneus novos.

Foi a quarta vitória de Newgarden na Indy em 2019 e em uma hora mais do que decisiva para os rumos do campeonato, pavimentando bem o caminho para buscar o bi. Josef precisou contar com um último stint muito forte, já que Dixon vinha engolindo o grupo da frente com seus pneus novos. 

O pódio ainda teve James Hinchcliffe, que repetiu o ótimo desempenho de 2018 e ficou em terceiro, ainda batalhando com Dixon nos metros finais. Simon Pagenaud teve uma corrida bem mediana e perdeu a chance de encostar em Newgarden, fechando em quarto.

Spencer Pigot foi outro que já havia andado bem em Newton e conseguiu impressionar mais uma vez, levando a Carpenter a um quinto lugar. Alexander Rossi bem que tentou a mesma tática de Dixon, mas parou em Pigot e teve de se contentar com um sexto lugar que pode custar caro lá na frente.

Zach Veach foi sétimo, seguido por um Graham Rahal que brigou bastante com o carro no fim para ser oitavo. Sébastien Bourdais completou em nono e Tony Kanaan, tirando leite de pedra, conquistou um suado décimo lugar, seu segundo top-10 em 2019.

Josef Newgarden venceu de forma impressionante em Iowa (Foto: IndyCar)

Saiba como foi o GP de Iowa

 

Demorou, demorou muito, mas a largada da Indy em Iowa finalmente aconteceu quando o relógio apontava 0h51 (em Brasília). Foram quase cinco horas de atraso no cronograma original, tudo isso por causa de uma chuva que caiu com força perto da hora da largada e que seguiu aparecendo durante a secagem da pista.

 
O público foi bem menor do que o esperado, muita gente não voltou ao circuito depois de tanto tempo, mas os carros estavam lá e a pista, ao menos no traçado veloz, estava seca e pronta para ação após nada menos que seis voltas de apresentação.
 
Simon Pagenaud saiu muito mal e foi engolido por Will Power, enquanto Josef Newgarden também não começou legal e perdeu terreno para Takuma Sato. Não demorou para que o japonês superasse também o pole francês.
 
As primeiras voltas eram de ótimas brigas e velocidade bem interessante de quem tentava andar mais na linha de cima. Power, Sato, Pagenaud, Newgarden, Alexander Rossi, Santino Ferrucci, James Hinchcliffe, Marcus Ericsson, Scott Dixon e Colton Herta formavam o top-10. Ferrucci, aliás, foi dono de uma largada surreal, passando cinco carros rente ao muro.
 
15 voltas foram suficientes para que as Foyt já ocupassem as duas últimas colocações e os dois levariam rapidinho a primeira volta de Power, mas foram salvos pela primeira amarela. Sage Karam rodou sozinho e, tentando não ir ao muro, acabou sendo acertado por Felix Rosenqvist.
 
Nenhum dos dois abandonou ali, mas os danos em ambos os carros foram grandes e a dupla teve de ir aos boxes. O mesmo rolou com outros carros, que já tentavam nova tática de corrida. Era o caso de nomes como Ryan Hunter-Reay, Graham Rahal, Spencer Pigot, Matheus Leist e Tony Kanaan.
A relargada aconteceu na volta 25, com Newgarden aproveitando que já havia tirado Sato da frente e atropelando Pagenaud para virar segundo colocado. A ação seguia interessante com Carpenter passando Dixon para ser nono, mas pegava fogo de verdade no grupo liderado por Hunter-Reay, dos que já tinham parado.
 
O ritmo de Dixon era bem lento. O neozelandês ou estava guardando equipamento ou estava rumando para virar um retardatário porque, na volta 40, já não aparecia nem no top-15.
 
O 47º giro foi quando Power colou em Karam e Andretti para começar a dar voltas, mas ficou um tempinho preso atrás da dupla e perdeu toda vantagem que tinha para Newgarden. O americano passou de passagem e foi tentando abrir na liderança.
 
Só que aí, para voltar a complicar tudo, a garoa voltou. Bandeira amarela no ato e ainda restavam quase 100 voltas para que a corrida pudesse ser concluída. A chance de adiamento voltava a ficar grande com a vermelha sendo acionada.

A bandeira amarela voltou a ser acionada quando o relógio marcava 1h40 (em Brasília) e foram três voltas atrás do safety-car até que os boxes fossem abertos e, assim, todo mundo entrasse para a primeira rodada de paradas. Apenas Rosenqvist e Karam ficaram na pista para descontarem giros.

 
O reposicionamento na pista antes da relargada indicava Newgarden, Power, Pagenaud, Rossi, Sato, Hinch, Ferrucci, Ericsson, Pigot e Herta. Carpenter era quem se dava pior ali, caindo para 14º

A bandeira verde voltou a balançar no 66º giro e Newgarden conseguiu responder bem, segurando a liderança dos ataques de Power. Os demais líderes seguiram nos mesmos lugares também, com destaque para Ferrucci brigando firme contra Hinch para continuar em sexto. 

 
Só que aí Rossi começou a demonstrar alguns probleminhas de ritmo, perdeu Sato e, na sequência, deu diversas voltas lado a lado com Ferrucci, que conseguia se segurar mesmo andando o tempo todo na linha alta. 
 
Enquanto Dixon voltava a perder rendimento e deixava Carpenter escapar para o 11º lugar, Newgarden lá na frente colava em Karam para começar a deixar os retardatários para trás. Era a chance de Power dar o troco na mesma moeda no companheiro.
O bicho voltava a pegar entre Ferrucci e Rossi, mas era impressionante como o piloto da Andretti sofria para conseguir passar o compatriota da Dale Coyne. Mais atrás, Carpenter limpava Herta da frente e voltava ao top-10 depois de uma parada péssima de sua equipe. 
Spencer Pigot fazia uma senhora corrida (Foto: IndyCar)
Com um terço completado, Newgarden botava 0s5 em Power e 4s0 em Pagenaud. Sato, que era quarto, ficou preso atrás de Karam e quase causou um acidente imenso com Ferrucci e Rossi, que foram muito vivos para escapar e ainda tirar o japonês do caminho. Hinch também passava Sato, com Ericsson, Pigot e Carpenter fechando os líderes.
 
Power pressionava Newgarden, que se defendia bem, mas o pelotão intercalado com os retardatários começava a ver uma série de brigas e ultrapassagens. Rossi finalmente se livrava de um Ferrucci que ainda perdia lugar para Hinch. Pigot e Carpenter cresciam juntos e passavam Ericsson e Sato que, por sua vez, parava nos boxes na volta 121 ao estar bem lento.
 
Nem metade da corrida havia sido superada e já estava lá Dixon uma volta atrás de Newgarden, dando toda pinta de que nem no top-10 conseguiria chegar na madrugada de Iowa. Pigot, com fome, era mais um a bater Ferrucci.
A disputa de estratégias ganhava contornos interessantes quando o resto do pelotão ia todo para os boxes a partir da volta 138 e voltava todo mundo menos Newgarden atrás de Sato. O japonês tirou muito tempo com os pneus novos, mas ia ter um desgaste muito mais rápido no fim do stint.
 
No reposicionamento após as paradas, Newgarden liderava com 2s5 para Power, que não demorou para superar Sato. Pagenaud vinha em quarto, mas era sufocado por Pigot e Carpenter, que não paravam de crescer na corrida. Hinch era sétimo, na frente de um Rossi que teve de salvar o carro para não dar no muro. 
 
O que estava ruim foi ficando pior para Pagenaud, que passou muito perto de bater no muro e desacelerou tanto que caiu para sexto, atrás das duas Carpenter e pressionado por Hinch e Rossi. Aliás, eram apenas oito pilotos na mesma volta abrindo a segunda metade da corrida.
A fase de Marco Andretti não é boa faz tempo, mas o americano tem caprichado. Na volta 178, já atrás até de Karam, Marco tomou a ordem para ir aos boxes por estar muito lento. Enquanto isso, Sato parava de novo, saindo da briga e Newgarden dava uma volta em Rossi, um duelo direto pelo título.
 
Faltavam 114 voltas quando a bandeira amarela voltou a pintar. Era Sato ali rodado após, bastante lento na linha alta, tomar uma bela pancada por trás de Karam. Momento ficava interessante do ponto de vista de táticas, com Newgarden puxando a fila nos boxes.
 
De Rossi para trás, todo mundo esperava um pouquinho para recuperar o atraso e, depois, ir aos boxes. Assim, 16 carros voltavam a andar no mesmo giro, com destaque para um heroico Kanaan em 15º.
 
Karam recebia um drive-through pela batida em Sato e aí vinha a relargada, com 100 voltas pela frente. Newgarden e Power seguiram na frente, mas as Carpenter saíam mal e Pigot perdia terreno para Pagenaud, enquanto Carpenter era superado por Hinch. Mas o destaque mesmo foi Ferrucci, aproveitando que todo mundo ficou preso em Andretti e passando nada menos que oito carros entre rivais e retardatários.
Os primeiros abandonos não demoraram muito. Karam ficou com o carro danificado e recolheu, assim como Andretti, que tinha sido novamente chamado para os boxes após quase causar um big-one segurando todo mundo na relargada.
Outro que recolhia o carro instantes depois era Sato, com o carro também bem danificado do choque com Karam. Restavam 19 pilotos na prova e 16 na mesma volta, com Newgarden colado em Dixon para dar nova volta no neozelandês.
 
Ericsson tentava um bote parando antes do resto, mas o pit-stop foi todo atrapalhado e o sueco ainda tomou um stop & go, saindo total da disputa. Os demais foram na sequência, pela ordem: Pigot, Pagenaud, Power, Newgarden e Carpenter.
 
E aí que Power aprontou mais uma em 2019. O australiano quase deu no muro nos boxes, perdeu muito tempo e ainda a posição para Pagenaud, que voltava ao segundo lugar mesmo sem fazer uma grande corrida.
 
Power, então, recebeu ainda um stop & go pela barbeiragem e, quando estava lá cumprindo sua punição, Carpenter rodou sozinho, perdeu a traseira e deu no muro na saída da curva 2. Bandeira amarela que podia custar a vitória que estava encaminhada para Newgarden.
 
Dixon deu uma sorte absurda. Totalmente fora da prova, o neozelandês voltou pro jogo com a amarela e foi aos boxes sem tomar volta, retornando em sexto e como o melhor piloto com pneus novos, ou seja, em posição excepcional para atacar e até triunfar. Atrás vinham Rossi, Veach e Herta na mesma situação de pneus. Newgarden, Pagenaud, Hinch, Pigot e Rahal lideravam, mas com pneus um pouco mais usados.
 
Não demorou nada para que Pigot ficasse para trás de Dixon e Rossi, com Rahal sendo engolido ainda antes pelos dois e ficando no meio do pelotão. Newgarden tentava fugir do jeito que dava e ainda contava com um Hinch inspirado ao passar Pagenaud.
 
Faltavam 19 voltas quando Dixon tirava Pagenaud do caminho e logo grudava em Hinchcliffe. O neozelandês rendia como nunca antes na prova e tinha toda cara de que venceria.

A manobra em Hinch não demorou nadinha, mas Newgarden estava tão rápido e decidido que ia rebocando quem estivesse em sua frente. Assim, abriu margem suficiente para que Dixon começasse a desgastar os pneus e não o alcançasse. Nem duelo teve no fim, vitória maiúscula de Josef.

Indy 2019, GP de Iowa, Final:

1 J NEWGARDEN Penske Chevrolet 1:56:53.575 300 voltas
2 S DIXON Ganassi Honda +2.853  
3 J HINCHCLIFFE SPM Honda +3.394  
4 S PAGENAUD Penske Chevrolet +7.563  
5 S PIGOT Carpenter Chevrolet +10.968  
6 A ROSSI Andretti Honda +12.131  
7 Z VEACH Andretti Honda +17.127  
8 G RAHAL RLL Honda +1 volta  
9 S BOURDAIS Dale Coyne Honda +1 volta  
10 T KANAAN Foyt Chevrolet +1 volta  
11 M ERICSSON SPM Honda +1 volta  
12 S FERRUCCI Dale Coyne Honda +1 volta  
13 C DALY Carlin Chevrolet +1 volta  
14 F ROSENQVIST Ganassi Honda +1 volta  
15 W POWER Penske Chevrolet +1 volta  
16 M LEIST Foyt Chevrolet +2 voltas  
17 R HUNTER-REAY Andretti Honda +2 voltas  
18 C HERTA Harding Honda +24 voltas NC
19 E CARPENTER Carpenter Chevrolet +38 voltas NC
20 T SATO RLL Honda +84 voltas NC
21 M ANDRETTI Andretti Honda +95 voltas NC
22 S KARAM Carlin Chevrolet +107 voltas NC
 

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