Newgarden e Power jogam toalha após GP de Portland e só querem “terminar bem o ano” em Sonoma

O GP de Portland tinha tudo para ser dos melhores para a Penske, que tomou de assalto a primeira fila do grid com Will Power e Josef Newgarden. No entanto, os então postulantes ao título deram basicamente adeus à disputa por motivos diferentes. Power quebrou o câmbio e, depois, ainda bateu quando vinha se recuperando. Newgarden, por sua vez, entrou na estratégia errada por conta de bandeiras amarelas.

 

Assim, os dois passaram longe das primeiras colocações e, de quebra, viram Scott Dixon dar bastante sorte com as amarelas e chegar em quinto. Com uma prova pela frente, 87 pontos separam ambos de Dixon, com Alexander Rossi entre eles, 29 pontos atrás do líder.

 

"Que dia duro. Eu nem sei mais o que dizer. Lideramos voltas e acho que eu tinha carro para vencer, sim. Só não veio para nós. Não dá para prever corridas na Indy. Sempre parece que estamos na hora errada no lugar errado. Hoje, tudo deu certo para Dixon", disse Newgarden.

O atual campeão reconheceu que as chances de título basicamente acabaram apesar do ótimo trabalho da Penske em Portland.

 

"Eles fazem um grande ano e ainda dão sorte. Agora, precisamos tentar o que for e vencer essa corrida final, fazer nossa parte. Não acho que temos chance de título, mas é isso. A Penske fez um belo trabalho aqui, não dava para pedir mais", completou.

 

Power comentou a saga que viveu na corrida, com quebras de câmbio e batida no momento em que tentava voltar para a prova.

 

"Acredito que na volta de aquecimento, antes da largada, algo aconteceu com a caixa de câmbio. Mudou para neutro, fui para o modo emergencial e consegui mudar as marchas, então pensei ‘ok, tudo certo’. Então, na primeira relargada, pulou para o neutro novamente e todos que estavam atrás me passaram. Então, percebi que não conseguia usar a primeira marcha. Passamos para uma estratégia racional e cometi um erro ao tentar manter Leist atrás de mim. Então, a caixa de câmbio se foi. Não tenho certeza se conseguiria manter o câmbio a corrida toda, de qualquer maneira. Mas, cara, é um esporte duro. É muito ruim, pois seria um dia bom. Estávamos na estratégia de duas paradas, mas corrida é assim", falou.

O australiano, que também buscava o bicampeonato, adotou discurso bem próximo do de Newgarden, colocando Sonoma apenas como uma prova para cumprir tabela em relação ao campeonato.

 

"Agora, vamos para Sonoma, nos divertir e vencer. Espero ter um dia bom, terminar bem o ano, é tudo que podemos pedir agora", explicou.

 

A situação da dupla da Penske é realmente bem delicada. Com 104 pontos disponíveis em Sonoma, precisam da vitória, pole, liderar mais voltas e, ainda, torcer para Dixon não chegar entre os 21 primeiros colocados e Rossi entre os oito.