Newgarden supera Dixon por 0s004 e lidera segundo treino livre para Indy 500. Alonso bate e é 29º

Josef Newgarden manteve a Penske no controle das ações, mas Scott Dixon se aproximou bastante no segundo treino livre para as 500 Milhas de Indianápolis. Fernando Alonso e Felix Rosenqvist bateram forte

A Chevrolet não reinou absoluta no segundo treino livre das 500 Milhas de Indianápolis de 2019, mas voltou a liderar. Nesta quarta-feira (15), Josef Newgarden, com a Penske, fez a melhor marca com 39s326, apenas 0s004 mais rápido que Scott Dixon, com sua Ganassi, da Honda.

A boa disputa entre Chevrolet e Honda seguiu no restante do pelotão da frente. Spencer Pigot ficou com a terceira melhor marca do dia, 0s03 mais lento que Newgarden. Santino Ferrucci foi a surpresa da sessão e se colocou em quarto com a Dale Coyne.

Helio Castroneves apareceu muito bem com a Penske e foi quinto, o último dentre os pilotos que ficaram menos de 0s1 atrás do líder Newgarden. Sébastien Bourdais foi o sexto colocado. Zach Veach, Charlie Kimball, Ed Jones e Ed Carpenter completaram o top-10, na frente de um guerreiro Kyle Kaiser, ainda sem patrocínios, e de Matheus Leist, bem veloz com a Foyt.

Fernando Alonso teve um dia muito difícil (Foto: IndyCar)

Outro brasileiro da Foyt que mostrou velocidade foi Tony Kanaan. Apenas 24º no geral, o brasileiro foi o segundo melhor sem vácuo, algo importantíssimo pensando na classificação do final de semana. Tony chegou a 224.630 mph, atrás apenas de Alexander Rossi, que andou a 224.648 mph. O top-5 ainda teve Charlie Kimball, Kaiser e Jack Harvey.

O segundo dia de treinos livres para a Indy 500 foi marcado por dois acidentes. O primeiro foi da grande estrela da edição. Ainda antes da metade da sessão, liderando em quilometragem e tentando tirar o atraso do primeiro dia, Fernando Alonso bateu na curva 3, indo parar apenas na entrada da 4. O resultado foi um carro muito danificado e mais um dia comprometido. O espanhol fez apenas 46 voltas e acabou em 29º, quase 0s6 mais lento que o líder.

A outra pancada ficou por conta de outro nome famoso do grid. Já no popular 'Happy Hour', os últimos minutos do treino livre, Felix Rosenqvist, da Ganassi, passou atravessado ao perder a traseira e deu com força no muro da curva 2. O sueco deu 95 giros no dia e conseguiu ficar no top-20.

Josef Newgarden liderou o segundo treino livre (Foto: IndyCar)

Confira como foi o segundo treino livre da Indy

O segundo treino livre da Indy para as 500 Milhas de Indianápolis começou pontualmente às 12h (em Brasília). Desta vez, sete horas direto de muita ação com todos os carros juntos na pista. Os primeiros minutos tiveram poucos pilotos se aventurando e Charlie Kimball era o primeiro a baixar de 41s.

 
Naturalmente, a pista foi enchendo e os tempos foram caindo em sequência naquelas voltas iniciais. Marcus Ericsson e Takuma Sato foram dois que chegaram a liderar antes que Graham Rahal rompesse a barreira dos 40s antes dos 15 primeiros minutos de ação se completarem.
 
E o processo de voltas mais rápidas atrás de voltas mais rápidas seguiu, com Kyle Kaiser voltando a colocar a Juncos no topo. As Carpenter – uma delas com a Scuderia Corsa – tornaram a atacar juntas, com Spencer Pigot cravando 39s4 e Ed Jones virando 39s5. 
 

 

Enquanto Scott Dixon conseguia duas boas voltas consecutivas e batia em 39s330, Fernando Alonso entrava para o jogo pouco atrás, 1s0 atrás do neozelandês em 11º. Mostrando que a Carlin queria apagar a impressão ruim do primeiro dia, Pato O'Ward era quinto e Kimball surgia em décimo. Rahal, enquanto isso, assustava ao passar muito próximo do muro.
 
A Carlin e sua parceira McLaren seguiram evoluindo aos poucos. Pato, por exemplo, subiu mais um pouco e foi parar em quarto, 0s4 mais lento que Dixon. Alonso, por sua vez, finalmente rompeu a barreira de 40s e se posicionou em sétimo com 21 voltas completadas, mais do que qualquer um na pista.
 

 

O final da primeira hora ia se aproximando e com ela mais uma leva de boas voltas. É verdade que ninguém mexeu em Dixon, mas, logo atrás, quase tudo mudou. Santino Ferrucci saltou para segundo, apenas 0s04 atrás do neozelandês, com Pigot, Josef Newgarden e Jones fechando o grupo dos cinco primeiros. James Davison também evoluía e virava oitavo.
A segunda hora era mais lenta, com menos ação de pista e, principalmente, menos voltas rápidas. Simon Pagenaud e Conor Daly eram dois que cresciam e encostavam no top-5, enquanto JR Hildebrand colocava a Dreyer & Reinbold entre os dez primeiros. Alonso já caía para 16º, mas apenas 0s59 atrás de Dixon.
 

Só que o principal acontecimento do dia veio justamente quando o marasmo parecia instaurado. Alonso, tentando recuperar o tempo perdido no TL1, exagerou, perdeu o carro e deu no muro da curva 3, parando apenas na entrada da curva 4 após bater três vezes no muro, com o #66 quase sendo lançado.

 
Apesar do impacto duro e da natural primeira bandeira amarela do dia, Fernando saiu tranquilo do carro, assumiu o erro e pediu desculpas para a equipe. De todo modo, era mais um revés significativo para a McLaren na Indy 500 2019. Para a sessão, bons minutos sem ninguém na pista.
 

A bandeira verde nem demorou tanto assim para voltar, mas absolutamente nada em termos de tempo de volta mudou por mais de hora. Na verdade, a pista nem tinha um contingente tão significativo de pilotos, talvez até em reflexo do que foi a batida de Alonso. 

Fernando Alonso danificou bastante seu carro (Foto: IndyCar)

Para se ter uma ideia, veio uma amarela de seus 15 minutos para a tradicional inspeção de pista e, depois dela, quase nada seguiu acontecendo. Daly era um que andava bastante, mas mais superando a quilometragem dos demais do que propriamente andando rápido.

Depois de bastante tempo sem qualquer movimentação no grupo da frente, Sage Karam tratou de colocar o outro carro da Dreyer & Reinbold no pelotão principal, virando a 13ª melhor marca com 0s5 de atraso para Dixon. 

A sessão passou da metade com Dixon, Ferrucci, Pigot, Newgarden, Jones, Pagenaud, Daly, O'Ward, Kaiser e Hildebrand nas primeiras colocações, mas a ação voltou com força e muita gente embolou legal a disputa pelos primeiros lugares.
 

O primeiro foi Newgarden, que roubou a dianteira de Dixon, que dominava havia algumas horas. O americano da Penske fez 39s326, apenas 0s004 mais veloz que o neozelandês da Ganassi. Junto dele apareceram Bourdais, saltando para quinto, Ed Carpenter, entrando na nona colocação, e Will Power, que assumia o 12º posto. Alonso já descia para o 19º, sem a menor previsão de volta para a pista.

Enquanto Felix Rosenqvist finalmente aparecia bem e virava em 39s7, a Penske seguia colocando seus carros nas primeiras colocações. Power melhorou um pouco, mas logo deixou o top-10 para a entrada justamente do companheiro Helio Castroneves, que virou quarto colocado com 39s398, entre Ferrucci e Pigot. Alonso já caía para 21º.

As primeiras cinco horas do TL2 se foram com Marco Andretti entrando para o grupo dos primeiros colocados e a clássica amarela posicionada para sinalizar detritos na pista. O top-10 tinha Newgarden, Dixon, Ferrucci, Castroneves, Pigot, Bourdais, Jones, Carpenter, Andretti e Pagenaud. Alonso era 23º, enquanto Kanaan vinha em 26º e Leist era 32º. Apenas o 30º melhor no geral, Rossi liderava sem vácuo.

Veio o famoso período do Happy Hour e Kimball e Veach fizeram as honras, subindo para oitavo e sétimo, respectivamente. Impressionava o equilíbrio, com os cinco primeiros separados por menos de 0s1.

A pista começava a lotar e não demorou nada para que a confusão voltasse a rolar. Desta vez, Rosenqvist perdeu a traseira do carro e foi atravessado bater na curva 2. Na volta, com o impacto, quase levou Power e Harvey junto. Apesar de ter ficado tudo bem com o sueco, trabalho grande para os fiscais e amarela novamente acionada.

A bandeira verde voltou com 40 minutos pela frente e, obviamente, a pista foi atacada. Destaque inicial para Pigot, que rapidamente já cravava a terceira melhor marca e mostrava toda a força da Carpenter, que também tinha Jones em nono e Ed em décimo.

Quando Leist crescia na sessão e botava a Foyt no bolo, em 12º, a famosa inspeção de pista entrou em cena, em mais uma aparição de bandeiras amarelas. E elas ali ficaram até os últimos 20 minutos do dia.

Só que não teve muito tempo de bandeira verde, logo a direção de prova acionou nova amarela e aí foi realmente o fim do treino livre, com Newgarden e Dixon colados em primeiro e segundo.

Indy, 500 Milhas de Indianápolis, TL2:

1 J NEWGARDEN Penske Chevrolet 39.326   82
2 S DIXON Ganassi Honda 39.330 +0.004 109
3 S PIGOT Carpenter Chevrolet 39.360 +0.034 108
4 S FERRUCCI Dale Coyne Honda 39.377 +0.051 90
5 H CASTRONEVES Penske Chevrolet 39.398 +0.072 68
6 S BOURDAIS Dale Coyne Honda 39.427 +0.101 104
7 Z VEACH Andretti Honda 39.464 +0.138 107
8 C KIMBALL Carlin Chevrolet 39.565 +0.239 94
9 E JONES Scuderia Corsa Chevrolet 39.595 +0.269 91
10 E CARPENTER Carpenter Chevrolet 39.614 +0.288 90
11 K KAISER Juncos Chevrolet 39.634 +0.308 79
12 M LEIST Foyt Chevrolet 39.641 +0.315 85
13 M ANDRETTI Andretti Honda 39.641 +0.315 80
14 G RAHAL RLL Honda 39.646 +0.320 100
15 S PAGENAUD Penske Chevrolet 39.677 +0.351 85
16 F ROSENQVIST Ganassi Honda 39.685 +0.359 95
17 T SATO RLL Honda 39.689 +0.363 120
18 C DALY Andretti Honda 39.703 +0.377 112
19 O SERVIÀ SPM Honda 39.703 +0.377 88
20 J HILDEBRAND DRR Chevrolet 39.710 +0.384 86
21 W POWER Penske Chevrolet 39.716 +0.390 97
22 P O'WARD Carlin Chevrolet 39.746 +0.420 70
23 J HARVEY Meyer Shank Honda 39.754 +0.428 58
24 T KANAAN Foyt Chevrolet 39.759 +0.433 63
25 J DAVISON Dale Coyne Honda 39.812 +0.486 106
26 S KARAM DRR Chevrolet 39.849 +0.523 37
27 R HUNTER-REAY Andretti Honda 39.877 +0.551 99
28 M ERICSSON SPM Honda 39.879 +0.553 111
29 F ALONSO McLaren Chevrolet 39.923 +0.597 46
30 M CHILTON Carlin Chevrolet 39.924 +0.598 114
31 J KING RLL Honda 39.948 +0.622 132
32 J HINCHCLIFFE Meyer Shank Honda 39.954 +0.628 112
33 C HERTA Harding Honda 40.053 +0.727 111
34 A ROSSI Andretti Honda 40.063 +0.737 46
35 P MANN Clauson-Marshall Chevrolet 40.098 +0.772 55
36 B HANLEY DragonSpeed Chevrolet 40.114 +0.788 90

 


 

Apoie o GRANDE PRÊMIO: garanta o futuro do nosso jornalismo

O GRANDE PRÊMIO é a maior mídia digital de esporte a motor do Brasil, na América Latina e em Língua Portuguesa, editorialmente independente. Nossa grande equipe produz conteúdo diário e pensa em inovações constantemente, e não só na internet: uma das nossas atuações está na realização de eventos, como a Copa GP de Kart. Assim, seu apoio é sempre importante.

Assine o GRANDE PREMIUM: veja os planos e o que oferecem, tenha à disposição uma série de benefícios e experências exclusivas, e faça parte de um grupo especial, a Scuderia GP, com debate em alto nível.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Indy direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.