Olin Galli vence seletiva brasileira e garante presença na decisão mundial da vaga na USF2000 em 2018

 

Seis vezes campeão brasileiro de kart, Galli será o representante brasileiro na final mundial, que acontecerá em dezembro, nos EUA. O carioca de 21 anos vai concorrer ao lado de pilotos de diversos países ao prêmio de $ 200 mil (aproximadamente R$ 630 mil) que dá ao campeão a chance de disputar a USF2000, primeiro passo no caminho para a Indy.

 

Na tomada de tempos, a pole ficou com o campeão da disputa de 2016, o paulista Marcel Coletta. Na primeira corrida, que teve 15 voltas, Coletta administrou bem a ponta, até ser ultrapassado por Galli, que havia partido de terceiro lugar e faturou a vitória. André Nicastro foi o segundo e Marcel chegou em terceiro.

 

Na segunda prova, com o grid invertido para os cinco primeiros, Murilo Coletta administrou bem a vantagem por ter largado na frente e venceu a bateria após 16 voltas. Galli, que partiu de quinto, chegou a estar em segundo, mas terminou em quarto. Marcel ameaçou o rival no início, mas no final também perdeu rendimento e terminou em quinto.

“A disputa foi muito boa. Vim justamente para conquistar a vaga e consegui. Na primeira corrida, foi uma briga intensa com o Marcel, mas consegui levar vantagem no final e venci. Na segunda corrida, fui com uma estratégia diferente de neutralizar os ataques do Marcel e não deixar ele pular na minha frente, pois o que valia era realmente o prêmio. Cheguei em quarto, que não foi uma posição tão boa, mas estrategicamente foi perfeito para garantir a vaga, sem correr muitos riscos”, disse Galli.

 

“Estou muito feliz com a chance de concorrer a um prêmio tão importante e estou confiante. Espero mostrar o meu valor lá fora, conseguir andar bem e tentar ser campeão para correr na USF2000 no ano que vem”, continuou Galli, que ainda tem pouca experiência fora do kart. O piloto fez alguns testes de F3, F-Renault e disputou duas corridas da Sprint Race.

 

Galli vê o caminho da Indy como o ideal atualmente para os pilotos brasileiros. “A F1 é o sonho da maioria dos pilotos, mas é praticamente inviável chegar lá hoje em dia. Já a Indy é um caminho com mais oportunidades. Se você ganhar as categorias de base, você consegue seguir com as premiações até a Indy. Na F1, vale mais o dinheiro, não tem um programa assim”, finalizou.

 

Ainda não está certa qual será a data em que Galli vai brigar por uma vaga no grid da USF2000 em 2018, bem como o circuito em que a decisão será realizada, mas tudo acontece em dezembro.