Não era de graça, afinal, desde que havia sido campeão, Pagenaud vivia de lampejos. Em 2017, isso foi o suficiente para um vice-campeonato em ano de domínio completo da Penske e da Chevrolet. Em 2018, com mais equipes na disputa, despencou e foi figurante, fechando a temporada em sexto e sem vitórias.
O início de 2019 era melancólico, com eliminações precoces nas classificações e desempenhos apáticos nas corridas. Até que chegou a maratona de maio. E foi no mês em que completou 35 anos que
Pagenaud virou a chavinha e desenterrou uma personalidade que parecia perdida.
Spencer Pigot, Ed Carpenter e Simon Pagenaud formam a primeira fila (Foto: IndyCar)
Na chuva, foi brilhante no GP de Indianápolis e venceu com muitos méritos, inclusive ultrapassando Scott Dixon na penúltima volta. Simon, ali, encerrava um jejum de 1 ano e 8 meses sem triunfos na Indy e dava a entender que poderia ser uma quarta força em um ano dominado por Dixon, Josef Newgarden e Alexander Rossi, tido, inclusive, como favorito para roubar sua vaga na Penske em 2020.
E Pagenaud levou o momento do misto para o oval de Indianápolis. Como em 2018, fez ótima classificação, mas desta vez suficiente para
subir um degrau e cravar a pole. Agora, tem uma chance mais do que real de vencer, somar os pontos dobrados e, sem dúvida, crescer na luta pelo caneco.
Só que, para vencer as 500 Milhas de Indianápolis, Pagenaud vai ter de derrubar o que já virou quase uma maldição. Sim, a França, que hoje só tem Simon e Sébastien Bourdais no grid, é o quarto país com mais triunfos na Indy 500, acontece que isso não rola desde simplesmente 1920. Ou seja, o jejum vai virar centenário se qualquer um dos outros 31 pilotos vencer no próximo domingo.
Simon Pagenaud tenta tirar a França da fila (Foto: IndyCar)
Na história, os três triunfos franceses foram conquistados por Jules Goux (1913), René Thomas (1914) e Gaston Chevrolet (1920), que era o irmão mais novo de Louis Chevrolet, fundador da fabricante que pode ajudar Pagenaud a encerrar este incômodo período de seca do país no Brickyard.
Falando em tempos mais recentes, Pagenaud tenta basicamente reproduzir o que fez Will Power em 2018, com o diferencial de ainda ter cravado a pole. Se vencer as duas provas do IMS como fez o companheiro australiano, tem tudo para embalar atrás do bicampeonato. Basta não perder o fôlego como aconteceu com Power, que fez tudo errado para sequer chegar com chances na decisão em Sonoma.
Com ou sem vitória na Indy 500, é fato que
Pagenaud reencontrou a melhor forma e voltou para o jogo, voltou a ser um dos grandes do grid. Por outro lado, pensando em título, em possibilidades maiores, é bom que aproveite o fato de sair na pole em uma prova com mais de 100 pontos em disputa.
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