Pai de Rossi diz que lado financeiro pesa, mas vê “acerto próximo” para Indy 2025

Com contrato com McLaren caminhando para o final, Alexander Rossi ainda não tem confirmada permanência no grid da Indy para 2025

Alexander Rossi é um dos principais pilotos do grid da Indy sem contrato com nenhuma equipe para 2025 — a McLaren anunciou que Christian Lundgaard vai ocupar o lugar. Vencedor da Indy 500 de 2016, o norte-americano não tem o nome tão falado na silly-season da categoria, mas Pieter Rossi, pai e empresário do piloto, garante que está próximo de um acordo, apesar de admitir que o lado financeiro tem impactado as negociações.

O contrato de Rossi com a McLaren está entre os mais bem pagos da categoria, com vencimentos anuais na casa dos US$ 3 milhões (cerca de R$ 16,5 milhões), só atrás de Colton Herta, Josef Newgarden, Scott Dixon, Álex Palou e Pato O’Ward — é parelho ao acordo do bicampeão Will Power e Marcus Ericsson, vencedor das 500 Milhas de Indianápolis de 2022. O time liderado por Zak Brown propôs uma redução salarial na renovação de contrato, o que não foi aceito pelo norte-americano.

Com isso, Pieter Rossi está no mercado e tem conversado com diversas equipes para manter o filho na temporada 2025 da Indy, mas já sabe que o aspecto financeiro é um entrave. A maioria das vagas disponíveis na categoria carecem de um piloto que aporte junto de um patrocinador.

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Alexander Rossi (Foto: IndyCar)

“Acho que estamos chegando perto [de um acordo]. Há muita movimentação. Existem diversas vagas possíveis, não é desanimador”, declarou o empresário à revista norte-americana Racer.

“Temos conversas com Juncos, Prema, Carpenter, Ganassi, Meyer Shank e uma outra. Obviamente, estão em estágios diferentes. Dinheiro é um tópico. Não se trata de ‘será que querem o Alex?’. Eles querem, mas será que conseguem? O [assunto] orçamento está em todo lugar, desde o mais elevado até o ‘não temos dinheiro'”, completou.

Pieter, que também é empresário de Sting Ray Robb, da Foyt, revelou que o futuro do filho não será na Ganassi, onde ele mesmo admitiu ter conversado, e Penske, onde Alexander Rossi chegou a correr pela IMSA SportsCar e também recusou uma oferta para ocupar o quarto carro na Indy em temporadas passadas. O pai destacou a experiência do atual representante da McLaren, que pode ser importante para equipes médias saltarem ao pelotão principal da categoria.

“Ele [Rossi] sabe que é difícil vencer uma corrida na Indy. Todas as peças precisam se encaixar no fim de semana, o que acontece com duas equipes, enquanto só ocorre com o resto de vez em quando. Ele vai para uma dessas duas equipes? Não. Posso dizer que Penske e Ganassi, não. Ele ainda tem lenha para queimar na Indy. Um piloto veterano com muita experiência pode ajudar uma equipe a dar o próximo passo. Depois, é preciso encontrar a maneira de pagar por isso”, afirmou.

Alexander Rossi tem carreira gerenciada pelo pai, Pieter (Foto: Indycar)

O empresário lamentou a parada da Indy durante os Jogos Olímpicos de Paris, o que atrasou as conversas no paddock da categoria, e vê “90%” de chances do filho alinhar em temporada completa para 2025, apesar de relembrar que o lado financeiro está pesando nas negociações.

“Há um mês, diria que teríamos algo fechado até o final de julho. Isso não aconteceu. Acho que a pausa dos Jogos Olímpicos nos prejudicou, porque todo mundo tirou férias e perdemos três semanas por causa disso. As conversas estão muito ativas agora e estamos tentando chegar lá, é só tentar acertar o lado financeiro. Literalmente, estamos tentando descobrir o dinheiro. Não é que eles não queiram. É só acertar esse ponto, e estamos perto”, revelou.

“Ele estará em tempo integral. É difícil dar 100% para qualquer coisa da vida, mas posso dizer 90%”, finalizou.

Indy retorna já neste fim de semana com a etapa de Portland, no Oregon, marcada para o próximo domingo (25), com cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.

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