O’Ward enaltece pilotos do passado após guiar McLaren de Senna: “Gladiadores da época”
Após viver experiência de pilotar McLaren de 1990 em Laguna Seca, Pato O'Ward destacou coragem de pilotos do passado na Fórmula 1, que costumava ser consideravelmente menos segura
Na última semana, Pato O’Ward teve a oportunidade de pilotar a McLaren MP4/5B de 1990, mundialmente famosa por ter o brasileiro Ayrton Senna no cockpit, e saiu de Laguna Seca feliz e irritado ao mesmo tempo. Primeiramente, ficou animado pela oportunidade de guiar um dos carros mais icônicos da história da F1, com o qual Ayrton conquistou as seis vitórias que lhe deram o bicampeonato mundial. Por outro lado, Pato terminou a sessão um pouco triste por não ter tido a chance de ver o carro disputando corridas ao vivo.
“Eu estou realmente muito grato por poder pilotar esse carro de F1 em Laguna Seca”, disse O’Ward ao portal inglês The Race. “Que besta incrível. A distância entre eixos é curta, ágil, adora se mover de um lado para o outro. A caixa de marcha em formato de H, a leveza, a quantidade de aerodinâmica comparada aos carros de hoje em dia…”, destacou.
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“É muita potência”, salientou Pato. “Quero dizer, é tão bruto. Foi incrivelmente fenomenal”, classificou o mexicano, que também pilotou o modelo de 2021 da equipe no Red Bull Ring, na Áustria.
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Apesar de se derreter com a potência do carro, Pato admitiu o incômodo por nunca ter tido a oportunidade de ver o monoposto da McLaren na pista. Enquanto Senna fez história no início da década de 1990, o mexicano nasceu apenas em maio de 1999. E O’Ward fez questão de destacar o nível de perigo ao qual os pilotos do passado se submetiam na F1.
“Me deixa irritado o fato de não ter estado vivo para poder ver esses carros de corrida em ação”, admitiu Pato. “Porque você vê como as pessoas falam sobre ele, mas eu nunca experimentei e nunca vi isso”, lamentou.
“O mais perto que tive foram as onboards que ainda circulam [pela internet]”, afirmou. “Mas cara, depois de entrar no carro e pilotá-lo, entendo o respeito que existia no passado. Você sente como se estivesse domando uma fera, você estava encarando a morte diretamente nos olhos toda vez que entrava no carro”, destacou.
Para o titular da McLaren na Indy, a “grosseria” do conjunto faz com que o piloto tenha uma sensação preocupante, de que tudo precisa dar certo para não terminar em acidente. Assim, Pato destacou novamente a coragem que os pilotos do passado precisavam ter para encarar as disputas — consideravelmente menos seguras do que as atuais.
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“Minhas costas estavam diretamente sobre a carenagem. Você está literalmente em um foguete e pensa: ‘se as coisas saírem do controle, estou ferrado’. Isso só enfatiza o quanto as corridas eram insanas no passado — carros de corrida adequados e gladiadores de sua época”, elogiou.
Por fim, Pato ressaltou a forte exigência do veículo, já que os carros que corriam antigamente na Fórmula 1 possuíam muito menos tecnologia do que os atuais. Além de classificar o bólido como o “mais especial” que já pilotou na vida, O’Ward afirmou ter se sentido “em casa” no cockpit da McLaren.
“Me senti emocionado dentro do carro, foi um sentimento muito diferente de tudo que já senti na vida”, disse. “Assim que fui [para a pista], por alguma razão, me senti… não sei se ‘em casa’ é a palavra certa. Mas do jeito que o carro balançava brutalmente e por você conseguir simplesmente apertar o acelerador e ir, foi uma das melhores experiências que já tive”, avaliou.
“Com certeza, foi o carro de corrida mais especial que já pilotei na vida”, destacou Pato. “Apenas pelo que ele significa e o que representa para o automobilismo. É simplesmente bruto. Sem assistências, sem botões, nada, simplesmente pilotando pela linha da vida e aproveitando. E eu aproveitei”, finalizou.
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