Penske vê chances remotas e diz que “só problemas” tiram título de Palou na Indy

Álex Palou está cada vez mais próximo de entrar ao panteão dos tricampeões da Indy nessa temporada. Até os rivais já admitem que o espanhol vai conquistar o terceiro título na categoria. Tim Cindric, presidente da Penske, reconheceu que destronar o representante da Ganassi será uma missão muito difícil em 2024: apenas se o #10 tiver problemas nas quatro etapas restantes do campeonato.

Apesar do 1-2 com Josef Newgarden e Scott McLaughlin, a Penske viu diminuir as chances de ter um piloto campeão em 2024 após o GP de Gateway, no último sábado. A vitória ficou com o representante pior colocado na tabela de pontuação, praticamente sem chance de título, além de ter visto Will Power, que entrou como vice-líder do certame, se envolver em um acidente com Alexander Rossi na penúltima relargada de prova. O australiano caiu para o quarto lugar na classificação, com a desvantagem para Palou subindo de 49 para 66 pontos — entre eles, Colton Herta e Scott Dixon, 59 e 65 tentos atrás.

O que dá margem para imaginar que o campeonato vá esquentar na reta final é que a Penske venceu em todos os circuitos ovais da temporada. Newgarden levou a Indy 500 e Gateway, com McLaughlin e Power conquistaram uma prova cada em Iowa. Ainda restam a rodada dupla de Milwaukee, nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, bem como Nashville, em 15 de setembro, que serão neste tipo de traçado. Apenas Portland, neste final de semana, resta como circuito misto.

A expectativa da Penske — e dos demais rivais — eram descontar muitos pontos para o bicampeão nas corridas em circuitos ovais, mas Palou tem se mostrado um competidor eficiente nesse tipo de traçado. Se ainda não pode ser apontado como um especialista, os resultados tem sido bons. Em que pese o erro na corrida de Iowa 1, quando rodou e bateu sozinho, o piloto da Ganassi terminou no top-5 em todos os demais ovais da temporada — quinto na Indy 500, segundo em Iowa 2 e quarto em Gateway. Até por isso, a Penske entende que vai ser difícil desbancar o espanhol.

“Com tantas pessoas na briga, não é realista falar em título. Acho que Will está decidido a tentar terminar a temporada com uma nota alta. Há três ou quatro caras atrás de Palou, que, se o #10 tiver problemas, vão ter a oportunidade de entrar na diferença de pontos de uma corrida. Mas, faltando quatro corridas, alguém teria de dominar as últimas três ou quatro provas, com Álex tendo dificuldades em uma ou duas para ter chance”, admitiu Tim Cindric, presidente da Penske, à revista norte-americana Racer.

Com desempenho dominante nos ovais até aqui, a expectativa é que a Penske possa fazer um jogo de equipe para Power levar as três últimas corridas para disputar o título contra Palou. A ideia foi arrefecida por Cindric, mas acabou deixando escapar a possibilidade.

“Na Indy, acho que nunca impedimos ninguém de disputar. Talvez isso tenha nos prejudicado em alguns anos, mas deixamos nossos pilotos correrem pelas vitórias — e continuaremos a fazer isso. Se [depois de Portland] houver apenas um ou dois competidores na frente dele [Will Power] no campeonato, talvez seja possível dizer que exista uma chance remota [de ser campeão] se vencer o restante das corridas.

A Indy retorna já neste fim de semana com a etapa de Portland, no Oregon, marcada para o próximo domingo (25), com cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.

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