Power brilha com ultrapassagens, dribla estratégia de Rossi e vence GP de Gateway. Dixon é 3º

Alexander Rossi bem que tentou repetir a Indy 500 de 2016 e pegar os rivais de surpresa com uma parada a menos, mas Will Power brilhou com grandes ultrapassagens e um ótimo ritmo para se livrar da tática do rival e vencer o GP de Gateway. Scott Dixon chegou em terceiro, perdendo alguns pontos para Rossi na tabela do campeonato

Will Power teve uma de suas noites mais brilhantes na Indy. Neste sábado (25), o australiano deu um show de manobras ousadas e, com um ritmo muito bom, driblou uma estratégia ousada de paradas de Alexander Rossi para triunfar no GP de Gateway e manter vivas as chances de título. Foi a 35ª vitória da carreira do #12 e a terceira no ano, primeira desde a Indy 500.

A corrida em Gateway foi uma das melhores do ano, com uma segunda metade de prova de tirar o fôlego. Além de muitas trocas de posição no primeiro pelotão, Rossi surgiu para dar um molho diferente. Ao melhor estilo Indy 500 2016, o americano tentou dar o bote com uma parada a menos que os rivais e até se deu bem, só não conseguindo superar Power.

Rossi ainda teve uma disputa bem interessante com Scott Dixon no fim e soube segurar bem o rival mesmo com o combustível minguando. Aliás, pode-se dizer que sua tática foi de sucesso por isso: bateu o líder do campeonato, que completou o pódio.

Simon Pagenaud chegou na quarta colocação em uma de suas melhores corridas de 2018. Inspiradíssimo, Zach Veach ficou em quinto, na frente de um brilhante Spencer Pigot e de um apagado Josef Newgarden, cada vez mais longe do bicampeonato.

Ed Jones chegou em oitavo e teve um importante papel de escudeiro para Dixon durante boa parte da reta final. Takuma Sato e Graham Rahal nunca estiveram entre os líderes, mas fecharam o top-10 para a RLL. Pietro Fittipaldi teve sua melhor corrida na Indy e foi 11º, com Tony Kanaan em 13º e Matheus Leist em 16º.

Will Power venceu em Gateway (Foto: Team Chevy)

Confira como foi o GP de Gateway

A largada da Indy em Gateway veio às 21h45 (em Brasília), com os pilotos alinhando muito bem nas filas de dois carros. Tony Kanaan se destacou, partindo coladinho no muro e pulando para 12º. Na frente, as Penske saíram muito bem, mas Will Power foi ainda melhor que Josef Newgarden e, dando o troco por 2017, cortou o ar do companheiro, que quase foi para o muro.

 
Power pulou para segundo com a boa largada e até poderia passar Scott Dixon, mas veio a bandeira amarela com Sébastien Bourdais, sozinho, encontrando o muro. Alexander Rossi saiu mal, mas pulou para terceiro com Newgarden quase indo ao muro. Marco Andretti deu show de largada e voou para sexto. 
 
A relargada veio na oitava volta e, mais uma vez, Power saiu bem, mas encontrou um resistente Dixon. Newgarden também saiu bem e passou Rossi, depois segurando o piloto da Andretti com bastante eficiência. Ryan Hunter-Reay fechava o top-5. Lá atrás, Pietro Fittipaldi superava Max Chilton, os dois já com um pit-stop.
Dixon mantinha sua vantagem de cerca de 1s2 para Power, enquanto Newgarden continuava tendo bastante trabalho para segurar Rossi. Isso fazia os dois pilotos da Penske ficarem separados por 3s9. Os brasileiros não tinham ritmo muito bom, Tony já recuava para 15º, com Matheus Leist em 17º e Pietro em 19º.
 
A corrida começava a ter mais cara de Phoenix que de Iowa, entrando num modo procissão. Talvez, o consumo de combustível explicasse isso, com os pilotos tentando fazer uma parada a menos que o programado. 

Na volta 49, quando Hunter-Reay começava a colar em Rossi, o #27 resolveu arriscar uma grande manobra. Rossi colou no muro interno, na parte suja, e mergulhou para superar Newgarden e reassumir o terceiro lugar.

Perto da volta 60, começou, de fato, a primeira janela de paradas. Newgarden e Hunter-Reay foram os primeiros. No giro seguinte entrou Dixon, então Rossi e, por fim, Power. 
 
Dixon voltou ainda na frente do restante, mas Power e Rossi cortaram distâncias no pit-stop. Will vinha 1s7 atrás do líder, enquanto Alex aparecia 2s9 atrasado. Newgarden, Pagenaud, Hunter-Reay, Ed Jones, Andretti, Zach Veach e James Hinchcliffe fechavam o top-10. Kanaan era 12º, com Pietro em 17º e Leist em 18º.

Os pilotos se aproximavam da 100ª volta e o trio de frente resolvia começar a brigar. Dixon não tinha ritmo muito bom e parava atrás de retardatários, com Power e Rossi finalmente aparecendo colados. Newgarden também crescia e ficava 2s3 atrás do líder, enquanto Pagenaud vinha bem atrás em quinto. 
 
E tudo isso só acontecia porque Hinchcliffe vinha muito lento e não conseguia abrir para os rivais. Isso criava um imenso pelotão do décimo até o 17º colocado, com o top-4 logo atrás.
 
A segunda rodada de paradas começou com Hunter-Reay indo para os boxes. Enquanto isso, o bicho pegava nas primeiras posições. Na volta 120, Power finalmente mergulhou para cima de Dixon, mas o neozelandês espremeu o australiano nos dois lados do muro e Will ainda caiu para trás de Rossi. 
 
Power, aliás, quase perdeu a posição até para Newgarden, mas fechou de novo o companheiro, que despencou de ritmo e foi se arrastando aos boxes seguindo o top-3. Dixon voltou na frente e com mais de 3s para Rossi e, surpreendentemente, Pagenaud. Power e Hunter-Reay também apareciam próximos, enquanto Newgarden surgia 7s atrás do ponteiro. Jones, Veach, Andretti e Kanaan vinham no grupo dos dez primeiros.
Enquanto Rossi voltava a encostar em Dixon com o pelotão de retardatários novamente atrapalhando, Pagenaud deu adeus ao grupo de líderes. O francês subiu muito para se defender de Power e despencou, caindo para nono, na frente de Kanaan e atrás de Andretti.
 
E Power seguia brilhando, com a faca entre os dentes, extremamente agressivo. Primeiro, mergulhou na zebra para tirar Rossi da frente – e jogar o americano atrás de Hunter-Reay. Logo depois, voou para cima de Dixon e atropelou o rival, assumindo a ponta antes da volta 150. 
 
Rossi, por sua vez, conseguia uma correção espetacular. Ao escapar, o americano saiu muito de traseira e corrigiu no detalhe para não estampar o muro e, ainda, segurar Newgarden. A corrida pegava fogo no início da segunda metade.

Power sumia na frente, rapidamente abrindo mais de 4s para Dixon. Hunter-Reay tentava encostar, mas tinha retardatários na frente. Newgarden, enquanto isso, era apertado por Veach e Jones.

Charlie Kimball resolveu aparecer para a corrida batendo no muro, mas foi tão de leve que a amarela não veio. Mas veio por causa de Hunter-Reay, que viu o carro apagar do nada e o deixar na mão, saindo da briga pela vitória e perdendo as chances já remotas de título.

O americano até tentou voltar, mas o carro não ligava de volta e Hunter-Reay se juntava a Kimball e Chaves, que do nada também teve problemas mecânicos, entre os pilotos totalmente fora da disputa, mas sem abandonar como Bourdais.

Aí veio a rodada mais esperada de paradas, com todos os líderes juntos. A Ganassi brilhou, mas Power saiu com uma asa de vantagem para Dixon. Rossi, Newgarden, Veach, Jones, Pagenaud, Sato, Hinch e Pigot fechavam o top-10. Pietro vinha em 12º, enquanto Tony caía para 14º, prejudicado pela amarela fora de hora. Leist era 16º.

Veio a relargada e Veach partiu para cima de Newgarden, ganhando a quarta posição. Os primeiros seguiam todos juntos, com Pigot crescendo para oitavo e colando em Pagenaud. Jones também superou Newgarden na volta 195. Aliás, Josef caía muito e já via Pagenaud e Pigot na sua frente no giro seguinte.

E Jones se inflamava e partia para cima de todo mundo. O #10 passou Veach e também Rossi, ajudando muito Dixon ao virar quase um retardatário escoltando o segundo colocado. Rossi, aliás, perdeu posição também para Veach e teve de jogar duro contra Pagenaud.

Rossi claramente vinha poupando muito combustível e não demorou para cair para trás de Pagenaud, Pigot e Newgarden, controlando muito sua velocidade. Lá na frente, Power abria 6s7 de Dixon e Jones escoltava o colega dos fortes ataques de Veach.

Só que Veach finalmente passava Jones e ainda cortava o ar do rival, que despencava para trás até de Newgarden, que fazia boa manobra para ir para sexto. Pigot, vindo do fundo do grid, já era top-5.

Jones parava com 22 voltas para o fim e Power ia três giros depois, indicando que Rossi precisaria de um milagre para aguentar até o final. Aliás, Will voltou dos boxes colado em Rossi e, após se livrar do retardatário Andretti, tirou Alex do caminho sem problemas.

Aquela ultrapassagem se tornou a da corrida. Isso porque Rossi realmente foi vendo seus rivais irem aos boxes e foi ficando, ficando, até chegar ao final com uma gota de combustível, mas o suficiente para segurar Dixon e buscar um valioso segundo lugar, mantendo-se muito vivo no campeonato.

Indy, GP de Gateway, Classificação final

1 W POWER Penske Chevrolet 2:02:00.000 248 voltas
2 A ROSSI Andretti Honda +1.312  
3 S DIXON Ganassi Honda +2.809  
4 S PAGENAUD Penske Chevrolet +3.134  
5 Z VEACH Andretti Honda +7.269  
6 S PIGOT Carpenter Chevrolet +10.551  
7 J NEWGARDEN Penske Chevrolet +10.600  
8 E JONES Ganassi Honda +22.136  
9 T SATO RLL Honda +1 volta  
10 G RAHAL RLL Honda +1 volta  
11 P FITTIPALDI Dale Coyne Honda +1 volta  
12 E CARPENTER Carpenter Chevrolet +1 volta  
13 T KANAAN Foyt Chevrolet +2 voltas  
14 M ANDRETTI Andretti Honda +2 voltas  
15 J HINCHCLIFFE SPM Honda +2 voltas  
16 M LEIST Foyt Chevrolet +2 voltas  
17 M CHILTON Carlin Chevrolet +4 voltas  
18 G CHAVES Harding Chevrolet +6 voltas  
19 C KIMBALL Carlin Chevrolet +13 voltas  
20 R HUNTER-REAY Andretti Honda +76 voltas NC
21 S BOURDAIS Dale Coyne Honda +248 voltas NC

 

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