Prema diz que “plano está em dia”, mas admite “não ter previsão” para teste de estreia na Indy

A chegada da Prema ao grid da Indy é uma das grandes novidades para a temporada de 2025. O time italiano, chefiado por Rene Rosin e Angelina Ertsou, continua a construção da estrutura dedicada à categoria nos arredores de Indianápolis. Apesar de garantir estar com o cronograma em dia, a equipe admitiu que ainda não tem prazo para colocar os carros na pista.

A Prema anunciou que entraria na Indy em abril deste ano e, desde então, começou a trabalhar na formação do grupo. De imediato, anunciou Piers Phillips como CEO da operação nos Estados Unidos e que teria os propulsores Chevrolet nos dois carros. Meses mais tarde, confirmou que Callum Ilott, ex-Juncos e McLaren na Indy, e Robert Shwartzman, que estava Mundial de Endurance [WEC], no #83 da AF Corse formariam a dupla de pilotos.

Sete meses após o anúncio de que competirá na Indy, a Prema ainda tem detalhes a resolver, como finalizar toda a obra na sede.

“A equipe está em progresso. A montagem está indo muito, muito bem. Estamos felizes com isso, o que é muito positivo. A sede está sendo finalizada e devemos nos mudar para lá em breve, mas temos um espaço provisório, que estamos usando atualmente e, obviamente, já começamos a trabalhar na montagem dos carros e tudo mais, porque não é algo que se faz da noite para o dia”, disse Ertsou à revista norte-americana Racer.

“Estamos bem termos de contratações. Tudo está dentro do cronograma. Estamos praticamente completos. Talvez ainda faltem algumas posições a serem preenchidas, mas está praticamente tudo pronto. São cerca de 40 pessoas. Serão mais no futuro, mas garantimos o que achamos ser uma boa quantidade de pessoas para ter os dois carros operando adequadamente. E depois, talvez, possamos aumentar um pouco, mas acho que estamos pensando em um total de 50 pessoas para as 500 Milhas de Indianápolis”, prosseguiu a dirigente da Prema.

“Obviamente, gostaríamos de estar na sede um pouco mais cedo, mas sabe como é uma construção. É preciso ter paciência. Preferimos fazer tudo corretamente do que simplesmente nos apressar. Queremos construir da maneira que planejamos desde o início, então, está indo muito bem”, completou.

A Prema já recebeu da Dallara os chassis comprados para a disputa das próximas temporadas da Indy e, como ressaltou Ertsou, o trabalhou de montagem já está sendo feito. No entanto, não existe previsão para colocar os carros na pista. Pelo indicativo, só em 2025 a esquadra italiana vai conseguir testar os monopostos.

“Ainda não temos uma data específica [para shakedown], mas isso depende, obviamente, de fornecedores, motores e tudo mais, portanto, não é algo que decidimos por conta própria”, comentou a dirigente da Prema.

“Mas não acho que será no próximo mês — vai ser um pouco mais tarde, mas vamos ver. Vamos nos esforçar ao máximo para fazer isso o mais cedo possível. Mas, obviamente, também não queremos testar por testar. Queremos algo que faça sentido. Os dias de testes são limitados, portanto, não queremos usá-los de forma inadequada”, continuou.

Ertsou também aproveitou e destacou a parceria que tem sido feita entre a Prema e a Indy, ressaltou a receptividade que tem recebido da categoria nessa nova jornada.

“A Indy tem nos ajudado bastante, devo dizer. Temos uma comunicação aberta. Toda vez que temos alguma dúvida ou algo do gênero, eles têm nos apoiado muito. Estamos muito, muito felizes em começar essa nova aventura. Tem sido ótimo até agora, e não tenho dúvidas de que será excelente no próximo ano”, encerrou.

A expectativa é que a Prema esteja na pista no próximo dia 2 de março, quando a temporada 2025 da Indy terá início, com o GP de St. Pete, circuito de rua montado na Flórida.

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