Senhores, façam suas apostas. O campeonato da Indy promete este ano. E por que mais que nos outros? Bem, é o primeiro que as três grandes equipes começam em completa igualdade de condições. A Penske resolveu seguir Ganassi e Andretti e incluiu um quarto carro em sua esquadra. E para tal, chamou o piloto que reúne jovialidade e experiência, Simon Pagenaud.
Junto ao campeão Will Power, ao vice Helio Castroneves e ao quarto colocado do ano passado, Juan Pablo Montoya, o time mais tradicional da categoria tem um belo passo à frente. Por mais que tenha passado oito anos num jejum de títulos, nunca que a Penske deixou de brigar por eles. E com um quarteto destes, é impossível não colocá-la como postulante no fim da temporada em Sonoma.
SÃO PETERSBURGO VAI SER, mais uma vez, o palco da primeira corrida da temporada da Indy. Porém, a intenção da categoria não era esta. A prova que abriria o calendário de 2015, em Brasília, foi cancelada, uma sondagem em Goiânia não deu resultado e, assim, a temporada terá apenas 16 etapas em 15 pistas diferentes. A Penske é a equipe a ser batida, e agora com um reforço de peso. A Ganassi, revigorada, vem para a briga. E a Andretti sonha em voltar a incomodá-las na briga pelo título da temporada. Leia tudo no especial do GRANDE PRÊMIO.
Maior rival, a Ganassi tem uma operação diferente: são duas equipes de dois pilotos. A principal manteve Scott Dixon e Tony Kanaan e a segunda seguiu com Charlie Kimball e decidiu apostar, com contenção, o novato Sage Karam. Estes dois últimos não podem ser considerados como ameaças às pretensões maiores, de forma que, separada ou não, a esquadra depende da liderança do tricampeão neozelandês e do campeão brasileiro.
A Andretti tenta se recolocar como força atuante depois de uma temporada em que só ficou com as 500 Milhas de Indianápolis. O vencedor Ryan Hunter-Reay, campeão em 2012, é o líder destacado e a aposta natural de Michael Andretti – que sabe que não pode contar com seu filho Marco. Carlos Muñoz mescla esperança e dúvida, e Simona de Silvestro precisa garantir bons resultados para fazer o ano todo depois de um ano sabático da Indy.
Daí, estes ingredientes são levados para São Petersburgo. E com o retrospecto da prova, fica praticamente impossível apontar um favorito destacado. Tudo porque, em dez anos de história, apenas em uma oportunidade um piloto que não corria por estas três equipes venceu – Graham Rahal, em 2008, pela finada e gloriosa Newman-Haas.
Helio Castroneves durante os testes coletivos da Indy em Barber (Foto: IndyCar)
É claro que Power tem ligeira vantagem por ser o atual vencedor e campeão. O australiano enfim começa uma temporada sem o duro fardo de provar que não nasceu para ser vice. Outro que tem de ser considerado é Castroneves, maior ganhador da prova na última década. E os outros dois pilotos da Penske entram no balaio porque a equipe levou 60% das corridas em St. Pete.
Há, também, outro fator a ser plenamente analisado: os kits aerodinâmicos. Se em um primeiro momento pareceu que a Chevrolet havia feito um melhor trabalho, os últimos testes coletivos da Indy em Barber acabaram por equiparar as equipes parceiras da Honda. Dentre as três citadas, Penske e Ganassi são empurradas pela montadora norte-americana, enquanto a Andretti é a principal da japonesa.
Pintam como zebras a CFH, junção da Carpenter com a Fisher Hartman, que tem dois pilotos interessantes e em ascendência, Luca Filippi e Josef Newgarden; e a SPM, que agora conta com James Hinchcliffe, ganhador da corrida em 2013.
A etapa de abertura do campeonato certamente terá algo em torno de duas horas de duração. Nestes anos todos, a prova mais rápida acabou em 1h56min. As bandeiras amarelas são uma constante num traçado de rua ondulado e com muitas curvas de 90º. E haverá um outro item a ser observado: o que haverá de fazer este Francesco Dracone, que não andava num carro da categoria havia cinco anos, e volta, não por sua qualidade, pelas mãos da Dale Coyne.
Prognóstico do GRANDE PRÊMIO
1 |
1 |
WILL POWER |
AUS |
PENSKE CHEVROLET |
2 |
6 |
HELIO CASTRONEVES |
BRA |
PENSKE CHEVROLET |
3 |
10 |
TONY KANAAN |
BRA |
GANASSI CHEVROLET |
4 |
77 |
SIMON PAGENAUD |
FRA |
PENSKE CHEVROLET |
5 |
9 |
SCOTT DIXON |
NZL |
GANASSI CHEVROLET |
RAPIDINHAS…
1) Ao lado de Scott Dixon, Tony Kanaan é o piloto que mais vezes disputou provas nas ruas de St. Pete. A corrida deste fim de semana é a 11ª para os companheiros de Ganassi. Vitórias? Nenhuma para ambos. 2) São os parceiros de Penske que mais vezes ganharam nas ruas de St. Pete. Helio Castroneves aparece com três triunfos e Will Power, dois. Os outros dois pilotos que venceram lá foram Graham Rahal, da RLL, e James Hinchcliffe, agora na SPM.
3) Se quebrar a escrita, Dixon chega a 36 vitórias na história da Indy, desempatando com Bobby Unser e se tornando o quinto maior ganhador de todos os tempos.
4) Cinco pilotos vão estrear neste fim de semana na pista urbana: Stefano Coletti, Sage Karam, Gabby Chaves, Francesco Dracone e Luca Filippi.
5) O GP de St. Pete é disputado desde 2005. Somente em três oportunidades, o piloto que ganhou a corrida foi campeão da temporada: justamente no primeiro ano, com Dan Wheldon; em 2011, Dario Franchitti; e no ano passado, com Will Power.
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