Prévia: na tradicional Long Beach, surpresas podem ameaçar meta da Penske

A Indy parte para a terceira etapa da temporada em um dos seus palcos mais tradicionais. Neste final de semana, os 3.167 m do circuito de Long Beach verão a Ganassi tentando quebrar um jejum de vitórias de cinco anos na pista, enquanto a Penske busca apenas o segundo triunfo nas últimas 14 edições, marcas que mostram o quanto a prova californiana costuma ser imprevisível.

 

São 11 curvas espalhadas pela pista que recebeu a F1 entre os anos 70 e 80 e, que com um formato diferente do usado na Indy, foi palco da sexta etapa da temporada inaugural da F-E.

 

O GP de Long Beach aparece como o primeiro grande desafio para a Penske provar que a supremacia apresentada em São Petersburgo não foi momentânea. Seria o segundo, mas o GP da Luisiana mal pode ser considerado, já que foi repleto de bandeiras amarelas, teve interferência direta da chuva e nem treino classificatório lá aconteceu.

 

A primeira ameaça clara à Penske é a Ganassi. Com um carro bem acertado – que vinha bem na Luisiana enquanto a chuva não caía – e os kits da Chevrolet, o time de Chip Ganassi chega forte sabendo que precisa de bons resultados para não repetir o começo ruim que teve em 2014. 

 

Na Califórnia, Scott Dixon, Tony Kanaan e Charlie Kimball recebem a companhia de Sebastián Saavedra no carro #8, que entra na vaga de Sage Karam. A Ganassi, porém, tem um problema: nenhum de seus pilotos venceu em Long Beach. Em 2009, ano do último triunfo da equipe, quem lá ganhou foi o já aposentado Dario Franchitti.

 

Enquanto isso, a Penske apresenta um quadro totalmente diferente. No time de Roger Penske, o único que jamais venceu no circuito foi Simon Pagenaud. Juan Pablo Montoya em 1999, Helio Castroneves em 2001 e Will Power em 2008 e 2012 já subiram no lugar mais alto do pódio em Long Beach.

Mas não é apenas a Ganassi que deve pensar em bater a Penske na Califórnia. A pista adora ter uma zebra no primeiro lugar. Apenas para dar exemplos recentes, os dois últimos vencedores eram de equipes menores. Em 2013, Takuma Sato ganhou com a Foyt, enquanto em 2014, em prova maluca, quem cruzou a linha final na frente foi o inglês Mike Conway, com a então solitária Carpenter.

 

Maior vencedor da prova no grid atual da Indy, Sébastien Bourdais quer mostrar que realmente vive boa fase e corre atrás do quarto triunfo em Long Beach. Vencedor das edições 2005, 2006 e 2007, ainda nos tempos de CART, o piloto da KV também defende o recorde da pista estabelecido em 2006: 1min06s886.

 

Na prova de 2014, Conway levou a modesta Carpenter à vitória em uma prova marcada por um acidente entre os quatro – isso mesmo, os quatro – primeiros colocados. Josef Newgarden, Ryan Hunter-Reay, James Hinchcliffe e Jack Hawksworth bateram, e a liderança caiu no colo de Dixon. Porém, o neozelandês teve de parar para reabastecer a duas voltas do fim e viu a vitória escorrer entre os dedos e parar nas mãos de Conway.

 

Falando em Hunter-Reay, o piloto da Andretti parte para a etapa com três pontos descontados na classificação do campeonato e sob observação pelo acidente que causou na Luisiana e envolveu os gauleses Pagenaud e Bourdais. Quem também está sob investigação é o italiano Francesco Dracone. Figurinha carimbada na última fila do grid, Dracone ficará sob os olhares atentos da Indy por seis etapas após atropelar um mecânico de sua própria equipe em Nova Orleans.

 

Apesar do histórico, por todo o potencial apresentado em São Petersburgo e durante a pré-temporada, a Penske é, mais uma vez, a favorita, mas, é claro, precisa ficar de olhos bem abertos a todas as possibilidades. A Schmidt, que venceu com Hinchcliffe na Luisiana, vai precisar de uma prova maluca – algo não muito incomum em Long Beach – para repetir o feito.

Prognóstico do GRANDE PRÊMIO:

1	1	WILL POWER	AUS	PENSKE CHEVROLET
2	11	SÉBASTIEN BOURDAIS	FRA	KV CHEVROLET
3	2	JUAN PABLO MONTOYA	COL	PENSKE CHEVROLET
4	67	JOSEF NEWGARDEN	EUA	CFH CHEVROLET
5	9	SCOTT DIXON	NZL	GANASSI CHEVROLET