Primeiro oval do ano, Texas deve desenhar temporada e ditar rumos para Indy 500

A rodada dupla do GP do Texas chega cheia de expectativas pelos dois grandes aspectos envolvidos: o campeonato em si, que tem seu primeiro oval, e a Indy 500, que pode começar a ter seu destino decidido já no fim de semana

O GP do Texas chega como a etapa mais importante do início da temporada 2021 da Indy. O GP do Alabama foi a abertura, a corrida em St. Pete foi a primeira na rua, mas o oval inaugural do campeonato tem um peso ainda maior. E os motivos são óbvios: é uma rodada dupla que pode começar a indicar o futuro do campeonato e, principalmente, vai ser um teste fundamental para as 500 Milhas de Indianápolis.

Em linhas gerais, não é exagero algum dizer que o inclinado oval texano vai ser peça crucial nas duas frentes que compõem a Indy. Para o campeonato, uma etapa dois em um, em que fatalmente quem sair de lá líder da temporada vai ter andado bem em Fort Worth. Para a Indy 500, uma oportunidade de verificar qual é, mais ou menos, a ordem das forças em ovais até aqui.

Comecemos pelo campeonato, pois. A temporada 2021 se iniciou de forma completamente aberta. Por mais que Ganassi, Andretti e Penske estejam nitidamente na frente das demais rivais, nenhum piloto conseguiu se destacar fortemente nas duas corridas disputadas. Vitórias para Álex Palou e Colton Herta, mas ambos tropeçaram feio na outra prova.

O GP do Texas da Indy 2020 foi melancólico (Foto: Indycar)

Scott Dixon foi o mais regular, o único a conquistar dois top-5. Destaque-se também Will Power, Sébastien Bourdais, Rinus VeeKay e Marcus Ericsson, os outros que conseguiram ao menos ficar no top-10 nas duas corridas. Para a tabela de pontos, porém, tudo ainda muito tímido. A prova disso é Palou liderando com apenas 67 pontos e com direito a um fraquíssimo 17º lugar em St. Pete.

Por isso, é quase que garantido dizer que o líder da Indy 2021 na próxima segunda-feira vai ser o piloto que mais se destacar no Texas. E o peso é grande, afinal, são mais de 100 pontos em jogo, com corridas nas noites de sábado e de domingo. Tudo isso em um tipo de pista em que ainda não se correu na temporada.

Aí que já entra também a parte das 500 Milhas de Indianápolis. É que, nas temporadas mais recentes, era a coisa mais normal do mundo, por mais absurdo que pareça, a Indy 500 ser o primeiro oval do calendário, ou seja, os testes para ela eram os treinos livres e meio que só. Com o Texas na frente, por mais que sejam pistas com características diferentes, ao menos se tem um parâmetro.

Scott Dixon e Chip Ganassi na festa da vitória em 2020 (Foto: Indycar)

É uma boa oportunidade para se trabalhar alguns pontos do acerto, para pilotos pegarem a mão de pistas inclinadas, bem como é excelente para os fãs e especialistas notarem como está, mais ou menos, a ordem das forças em ovais. Quem vencer no Texas pode até não repetir a dose em Indianápolis, mas dificilmente vai ficar tão para trás da briga. E quem for muito mal em Fort Worth vai precisar de uma revolução dentro de um mês para tentar levar a corrida suprassumo da categoria.

Justo dizer que 2020 foi um ponto fora da curva, afinal, o GP do Texas, vencido por Dixon, foi deprimente. Não lembrou em nada um oval, foi uma procissão causada por um asfalto diferente que impossibilitava qualquer traçado que não fosse o convencional, na linha de dentro. Mesmo assim, apesar daquele show de horrores, foi possível identificar que a Honda estava bem melhor que a Chevrolet. Semanas depois: dito e feito, os japonseses lavaram a alma em Indianápolis e tomaram a briga só para eles, com Takuma Sato triunfando.

Com isso tudo, o GP do Texas se torna imperdível. As expectativas são de que as corridas sejam bem melhores que as de 2020, mas, ainda que não virem um primor de emoção, ao menos vão ser fundamentais para os dois pilares que importam: o título e a Indy 500.

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