Promessa de grid mais cheio e Rosenqvist na Ganassi movimentam mercado para temporada 2019

A chegada de Felix Rosenqvista na campeã de 2018 Ganassi e a entrada de mais carros para a temporada e para a Indy 500 movimentaram o mercado da Indy, com equipes menores expandindo seus programas

Uma das principais notícias da semana é de que a McLaren vai usar motor Chevrolet nas 500 Milhas de Indianápolis. Aos poucos, a equipe vai dando detalhes de como vai ser a operação na grande prova da Indy, mas ainda resta saber, por exemplo, se vai atuar com dois carros na corrida. Durante o PADDOCK GP #148, os jornalistas especularam alguns nomes que podem ser companheiros de Fernando Alonso. ASSISTA
O grid da Indy para a temporada 2019 ainda não está pronto, mas algumas tendências já podem ser observadas antes da virada do ano. A primeira é que o grid deve aumentar, com as equipes médias e pequenas ampliando seus programas, a segunda é que pouco deve mudar nos times de ponta e, por isso, chama a atenção de cara o movimento que acontece na Ganassi.
 
Está certo que faz um tempo que a Ganassi foca todos seus esforços no carro #9 e em Scott Dixon, mas Ed Jones decepcionou muito em 2018. Tanto que acabou sobrando para ele, perdendo o emprego depois de um ano apático e do título do companheiro de equipe. Jones acabou dando lugar a Felix Rosenqvist e vai correr pela Carpenter nos mistos e nas ruas, além de fazer a Indy 500 em parceria com a Scuderia Corsa.
 
Rosenqvist, assim, acaba chegando com o status de um dos grandes reforços do grid para 2019. Não apenas por ser pela Ganassi, mas por se tratar de um campeão da F3 Europeia e dono de ótimas temporadas na Fórmula E. O sueco tem potencial para fazer sombra a Dixon.
Ed Jones deixa o carro #10 para Felix Rosenqvist na Ganassi (Foto: IndyCar)

Enquanto isso, as duas outras gigantes do grid seguem com as mesmas formações que tiveram em 2018. O campeão de 2017 Josef Newgarden, o campeão de 2016 Simon Pagenaud e o vencedor da Indy 500 2018 Will Power formam a fortíssima trinca da Penske, enquanto o quarteto da Andretti conta com o vice-campeão Alexander Rossi, o quarto colocado Ryan Hunter-Reay, Marco Andretti e Zach Veach – que fará, em 2019, seu segundo ano completo.

 
A Dale Coyne, a cada ano que passa, tem ficado mais forte e, por isso, deve seguir incomodando em 2019. A grande novidade é que o time volta a ter um piloto fixo no #19, Santino Ferrucci, que fez algumas corridas em 2018 e será titular ao lado do veteraníssimo Sébastien Bourdais.
 
A RLL ensaiou bastante colocar um terceiro carro em 2019, mas é bem possível que ele realmente só apareça na Indy 500 – com Jordan King, ex-titular da Carpenter -. Na dupla titular, Graham Rahal e Takuma Sato estão mantidos. Na Carpenter, aliás, pouco muda também, com Spencer Pigot titular no #21 e Ed Carpenter no #20 revezando com um jovem, mas Jones agora e não mais King.
Santino Ferrucci será titular em 2019 (Foto: IndyCar)
A Schmidt Peterson teve de fazer uma mudança forçada em sua escalação. Por mais que garanta que o carro #6 estará esperando Robert Wickens para quando o canadense se recuperar do acidente sofrido em Pocono, dificilmente Wickens terá condições em 2019, ou seja, James Hinchcliffe e a contratação de peso Marcus Ericsson devem ser os titulares o ano todo para a SPM. 
 
A chegada de Ericsson, aliás, é bem representativa de como o momento da Indy é bom e como pilotos de ponta de F1 e outras categorias estão vendo, nos EUA, um novo horizonte para brilhar. Ericsson tem tudo para andar bem na Indy, inclusive, aproveitando a boa fase que estava na Sauber e sua boa capacidade na parte de estratégia.
 
Apesar de um 2018 bastante decepcionante, a Foyt percebeu que a culpa pela falta de resultados não estava em seus pilotos e manteve os brasileiros Tony Kanaan e Matheus Leist. Novata em 2018, a Carlin segue com Max Chilton – um dos sócios do time – e ainda não confirmou quem vai ou até vão completar o time, já que pode botar um terceiro carro.
Pato O'Ward e Colton Herta: a dupla de novatos da Harding (Foto: Harding)
Na mesma turma de jovens na categoria que está a Carlin aparecem Harding e Juncos, mas em situações bem opostas para 2019. Enquanto a primeira já forma seu time com campeão e vice da Indy Lights 2018 – Pato O'Ward e Colton Herta -, a segunda não sabe ainda nem se terá mesmo um segundo carro no grid. 
 
Outras equipes – e parcerias – ainda podem aparecer, mas também constam no grid de 2019 um carro da Meyer Shank e um da McLaren. Jack Harvey, com a primeira, deve ampliar o programa que fez em 2018, enquanto Fernando Alonso, com o carro laranja, até agora só firmou presença na Indy 500.
 
Com mais carros podendo ser adicionados para o ano todo e, principalmente, para a Indy 500, a tendência é de um grid mais cheio e de um Bump Day de tirar o fôlego na principal prova do calendário em 2019. A Indy pode não ter tido uma dança das cadeiras como a da F1, mas tem boas peças movimentando seu tabuleiro.
 

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