Rei das poles, Power tem missão de frear avanço da Honda em Austin que promete corrida das melhores

Will Power superou sozinho uma tropa de Honda que ocupava o Fast Six. Na corrida, deve ter o apoio de Josef Newgarden, mas terá de lidar com possíveis disputas eletrizantes, tomando como base o que foi a corrida 1 da Indy Lights

A expectativa para uma grande corrida em Austin é gigantesca. Neste sábado (23), foi confirmado o equilíbrio quase que total entre as três principais forças do grid, um Colton Herta surpreendente ainda apareceu e, principalmente, a Indy Lights, termômetro quase sempre fiel, empolgou os fãs da categoria.
 
Por partes, comecemos falando da classificação da Indy. O trio-de-ferro apareceu mesmo muito forte e, tirando um apagado Simon Pagenaud – que levou azar com bandeira vermelha na primeira fase – e um cada vez pior Marco Andretti, chegou com todos seus pilotos aos momentos decisivos da briga pela pole.
 
No detalhe, Josef Newgarden acabou ficando pelo caminho e fora do Fast Six, largando Will Power em uma briga particular com cinco Honda, uma delas a do intruso Herta, que ocupou a vaga que seria, em tese, de Newgarden. 
Will Power cravou a pole em Austin (Foto: Indycar)

Assim, a briga pela pole ficou com apenas Power pela Chevrolet, as Andretti fortes de Ryan Hunter-Reay e Alexander Rossi e as Ganassi que voavam na segunda fase com Felix Rosenqvist e Scott Dixon. Herta partia em busca de um milagre.

 
E o que se viu no Fast Six foi Power em seu estado puro de classificação. O melhor de sua geração na definição da pole não decepcionou e, quando o cronômetro já estava zerado, bateu Rossi e levou a pole, a 56ª em sua carreira e uma das mais complicadas, como ele mesmo afirmou.
 
"Quando eu olhei o Fast Six e onde estávamos, pensei que a única chance de conseguir a pole seria se fizéssemos uma volta de combustível no carro, se fizéssemos a volta, trocássemos os pneus, mais uma volta de combustível e fazer a volta rápida. Foi o que fizemos e deu certo. Aquela última volta foi limpa e finalmente respirei fundo na hora que passei pela linha de chegada", disse o pole.
Alexander Rossi bateu na trave tentando a pole (Foto: Indycar)
Ao falar da definição da pole no detalhe, Rossi brincou com o fato de Power não sair mais da pole e reconheceu que não teve um giro perfeito, apesar de muito bom, para tentar desbancar o #12.
 
"O que irrita é que foi uma boa volta. O Power tem quase 60 poles por um motivo, certo? Errei um pouco na curva 19 na hora de abrir a volta, e sabia que seria uma batalha ali nos detalhes. Largar na primeira fila é bom, é um bom retorno para nós depois de St. Pete, quando não fomos muito competitivos", explicou Rossi.
 
A Ganassi ficou um pouco para trás e sai com seus dois pilotos da terceira fila, mas isso não pode ser uma preocupação tão grande assim. Primeiro porque o time mostrou muita performance até a segunda fase da classificação, mas, principalmente, porque a Indy Lights mostrou, com uma corridaça, que Austin tem tudo para ser um palco de fortes emoções.
Felix Rosenqvist sobrou na segunda fase da classificação (Foto: Indycar)

Isso, aliás, vai justamente na direção do que disseram os pilotos durante a semana, esperando uma prova recheada de disputas e ultrapassagens pelo que viram da pré-temporada.

 
"Foi um final de semana bem bagunçado até aqui. Fomos pegos em situações de bandeira vermelha e as coisas não fluíram para nós ainda. Porém, os carros ainda são rápidos, como o Felix mostrou. Só precisamos trabalhar um pouco mais, achar o acerto e esperar que a corrida seja boa", comentou Dixon.
 
E, ainda que o trio-de-ferro siga favorito e com cara de que vai dominar a disputa, uma briga mais aberta acaba possibilitando que zebras como Herta possam sonhar. E o garoto e a Harding sabem de suas possibilidades após liderarem quase a pré-temporada inteira.
Colton Herta (Foto: IndyCar)
"Hoje foi incrível. Depois do TL3, tínhamos um sentimento de que poderíamos ir para a pole hoje, porque o carro estava muito rápido. Estou muito feliz que o pessoal da Harding conseguiu preparar o carro rapidamente. Tenho que agradecer todo mundo neste time e na Honda por terem trabalhado tão duro neste final de semana", disse Herta.
 
Na Foyt, uma mesma bandeira vermelha mudou o destino dos dois pilotos. Tony Kanaan rodou, parou a sessão e, assim, perdeu suas duas voltas e ficou em último, mas atrapalhou quem vinha em volta rápida e acabou classificando Matheus Leist, que sai de 12º amanhã.
Tony Kanaan parte de último (Foto: IndyCar)
“Foi um dia de sorte para nós, conseguindo um lugar na sexta fila, que nos permite pensar em uma boa corrida amanhã. Ainda precisamos melhorar nosso ajuste em ritmo de prova, então vamos trabalhar bastante hoje à noite nas reuniões com os engenheiros para ter um bom acerto no carro e, com isso, trazer um bom resultado amanhã no Circuito das Americas”, falou Leist.
 
"Dia difícil para nós. Tivemos problemas com velocidade no final de semana inteiro. Na classificação, você sempre imagina que pode fazer melhor, que pode fazer a diferença, e eu deveria saber melhor com minha experiência. Me esgotei com o carro, mas tentando colocar este time no lugar que merece. Acho que pegar um top-14 seria bom, mas quando você roda, perde a volta mais rápida. Então, temos muitos carros pra passar, mas vamos manter o otimismo", explicou Kanaan.
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