Retrospectiva 2021: Palou vira estrela, Newgarden se consolida e Dixon decepciona

Josef Newgarden e Scott Dixon dividiram foco e taças nos últimos anos da Indy, mas em 2021, foram surpreendidos por um jovem espanhol que não parecia incomodar ninguém

Se a Fórmula 1 viu seus dois principais pilotos em combate equilibrado até o fim do ano, a Indy teve um cenário diferente. Josef Newgarden e Scott Dixon, que dividiram os quatro títulos anteriores e foram os grandes concorrentes em 2020, foram ofuscados pelo surgimento de Álex Palou. O espanhol comeu pelas beiradas no ano de estreia, ganhou um lugar na Ganassi e surpreendeu com o título. A RETROSPECTIVA INDY 2021 relembra a trajetória dos três.

Rei da regularidade e um dos principais pilotos da história da Indy, Dixon teve um surpreendente ano abaixo na categoria, o seu pior desde 2016. A única vitória veio na corrida 1 no Texas. Além disso, teve poucos brilhos e não virou um fator determinante por vitórias na maior parte das corridas.

A grande decepção do neozelandês veio nas 500 Milhas de Indianápolis. Mais rápido em praticamente todos os treinos livres e pole com sobras, teve qualquer chance de vitória arrasada por uma bandeira amarela na hora errada, justamente no momento em que tinha pouco combustível. Com apenas o 17º lugar, ficou muito atrás no campeonato e teve dificuldades de se recuperar na briga pelo título, e viu Palou tomar o protagonismo na Ganassi.

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Scott Dixon teve ano frustrante (Foto: Indycar)

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Não existem muitas dúvidas de que Josef Newgarden é o melhor piloto norte-americano da atualidade, e ao mesmo tempo um dos mais azarados do esporte a motor, ao menos em 2021.

Com exceção do erro logo na primeira corrida do ano, quando causou um strike no Alabama, Josef teve temporada consistente mesmo com uma Penske longe dos melhores dias. O primeiro triunfo de 2021 veio apenas em Mid-Ohio e depois de duas derrotas traumáticas: foi superado em Detroit por Pato O’Ward nas voltas finais, e viu um problema de câmbio entregar o triunfo nas mãos de Álex Palou em Road America.

Newgarden voltaria a vencer em Gateway, mas a distância para Palou ficou grande demais na reta final da temporada. Ainda conseguiu se contentar com um merecido vice-campeonato, superando o mexicano Patricio O’Ward na pontuação final.

No fim, o título ficou nas mãos daquele que ninguém apostava no começo do ano: Álex Palou. Sentado no #10 da Ganassi, que desde a aposentadoria de Dario Franchitti não via um piloto brigando pelo título, o espanhol tratou de mandar uma mensagem logo na primeira corrida do ano, no Alabama, frustrando os concorrentes e saindo com a vitória.

A partir daquele ponto, o catalão deu um show de consistência ao longo da temporada, sempre na briga pelo pódio e se aproveitando das oportunidades que surgiram em seu colo. A vitória nas 500 Milhas de Indianápolis quase veio, mas definitivamente jogou o piloto para as cabeças da Indy. Nem os frustrantes abandonos no misto de Indianápolis e Gateway mexeram com Palou, que respondeu bem na hora certa e saiu com a Astor Cup com certa tranquilidade.

PALOU É PREMIADO POR QUEBRAR EUROCENTRISMO NO ESPORTE A MOTOR | GP às 10
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