Dixon na frente e 7 brasileiros na pista: como foi última vez da Indy no oval de Nashville
Em 2008, Dixon venceu na última corrida da Indy em Nashville Superspeedway. Castroneves, Kanaan, Meira, Moraes, Junqueira, Bernoldi e Câmara representaram o Brasil na prova
Neste domingo (15), a Indy voltará a correr no Nashville Superspeedway, um oval com piso de concreto de 1,3 milha, após 16 anos. Muita coisa mudou na categoria, que passou a ter circuitos mistos predominando o calendário, além do próprio carro — o atual chassi é diferente, tem o aeroscreen e motores híbridos. No entanto, naquele dia 12 de julho de 2008, na última vez que a Indy esteve nessa pista, o resultado segue bastante comum aos dias de hoje: vitória de Scott Dixon.
Mas teve outra coisa que é bem distante à atualidade: a presença de brasileiros no grid. Enquanto Pietro Fittipaldi é o único em temporada regular da Indy, aquela etapa de Nashville de 2008 tinha Helio Castroneves, Tony Kanaan, Vitor Meira, Mario Moraes, Enrique Bernoldi, Jaime Câmara e Bruno Junqueira alinhados.
A classificação deu indicativo de que o Brasil poderia ter um sábado — dia da corrida — vencedor. Castroneves cravou a pole, desbancando Danica Patrick, que sairia na segunda colocação. Hideki Mutoh surpreendeu com o terceiro tempo, com Ryan Hunter-Reay e Scott Dixon na sequência. Dan Wheldon foi o sexto mais rápido, com Kanaan, Ed Carpenter, Ryan Briscoe e Graham Rahal no top-10.
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Castroneves foi o mais forte no início da corrida, liderando entre a primeira e a 54ª volta, quando Dixon assumiu a ponta. O neozelandês ficou na frente até o 62º giro, quando foi aos boxes. Com uma estratégia diferente, Oriol Servià tentou levar o #5 da KV ao limite do combustível e parou na volta 67. Após o fim da primeira janela, Dixon voltou à liderança.
Nesse momento, Kanaan cresceu na corrida e mostrou ser o carro com melhor ritmo no tráfego. Na 90ª volta, o brasileiro conseguiu ultrapassar Dixon e assumir a liderança da corrida. Na volta 138 de 200, Tony tinha 3s5 de vantagem para o representante da Ganassi e parecia que venceria pela segunda vez na temporada, quando uma leve garoa obrigou a direção de prova a acionar a bandeira amarela.
A Andretti, acreditando que a chuva pararia, chamou Kanaan para os boxes. Muita gente acompanhou o líder nessa chamada — como Vitor Meira, que estava em terceiro —, mas Dixon foi um dos que ficaram na pista. No entanto, isso ocorreu devido a um erro da Ganassi, que avisou ao #9 que deveria fazer a parada após a entrada dos pits. Para não cair para o fim do grid, Dixon — e também Wheldon, seu companheiro — ficou na pista durante toda a amarela.
A chuva parou e a dupla da Ganassi precisaria do imponderável para vencer, pois, fatalmente, teriam de reabastecer e trocar pneus mais uma vez. A bandeira verde veio na volta 152, com Dixon e Wheldon mantendo as duas primeiras colocações. Castroneves conseguiu superar Kanaan e assumiu o terceiro posto. Meira era o sexto, após a Panther enfrentar problemas no reabastecimento.
Na volta 166, Nelson Rodrigues diria que o Sobrenatural de Almeida entrou em ação em Nashville: uma forte chuva caiu na pista. Bandeira amarela até o giro 171, quando veio a vermelha.
O aguaceiro foi incessante, o que fez a Indy declarar a corrida por encerrada antes das 200 voltas programadas. Com isso, Dixon vencia a terceira seguida em Nashville e a quarta na temporada — depois levou mais duas, em Edmonton e Kentucky, para se sagrar bicampeão da categoria. Nas entrevistas pós-corrida, o próprio neozelandês admitiu que Kanaan era o piloto com melhor ritmo de prova, que a chuva acabou o ajudando no triunfo.
Com Dixon, Wheldon e Castroneves no pódio, Kanaan terminou em quarto, à frente de Danica Patrick. Meira ficou com o sexto posto, superando de Buddy Rice, Carpenter e Darren Manning, os únicos pilotos na volta do líder. O top-10 foi completado por Mario Moraes, que escalou bem o grid, saindo de 20º para o 10º lugar.
Will Power, que disputa o título nesse domingo contra Álex Palou, não teve muito destaque, concluindo em 11º, logo à frente de outro piloto do grid atual: Graham Rahal. O então novato na Indy, competindo pelo #06 da Newman/Haas/Lanigan, foi o 12º.
Sem muito destaque na corrida, Bruno Junqueira foi o 15º, duas voltas atrás de Dixon. Enrique Bernoldi ficou com o 20º lugar, após abandonar a prova no giro 66, enquanto Jaime Câmara terminou logo atrás, também depois de deixar a disputa, na volta 50.
A Indy retorna com a etapa final da temporada 2024 neste final de semana, com a corrida no oval de Nashville, localizado em Lebanon, no Tennessee. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa.
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